CALOCA - Entrevista em 01/ 2000

• Meu nome é Luis Carlos M. da Silva, eu sou de Pelotas, lá eu desfilava na Girafa da Cerquinha, na Gen. Telles, na Gen. Osorio e depois na Academia de Samba Fica Aí, então em 58 vim pra cá, onde com outros colegas, Giba, Garoto... fundamos a Praiana.
• As Baterias daqui eram menores que as de Pelotas, lá a gente tinha 30 , 40 numa Bateria.
• O que eu gostava daqui era os Indios, batida diferente, coisa que eu nunca tinha visto, eu ficava parado, olhando, vendo aquilo.
• A Praiana já começou com 80 na sua Bateria.
• Já tive no Floresta, Imperador, nos Gondoleiros...e toquei no Café, Som e Leite, junto com o Roxo, Wilson Ney, Delmar Barbosa, Clao, Garoto, Volney e o Lua.
• A Praiana já me deu troféu por 38 anos de carnaval em Porto Alegre, e eu tenho um da ZH Ano 20, pelo melhor do carnaval 84.
• Em Pelotas eu tocava frigideira, e quando cheguei aqui vi o pessoal tocado cubana com baqueta, aí eu peguei, reafinei e toquei com as mãos. Ficou todo mundo, assim, me olhando.
• Lá em Pelotas o Contra-Tempo, a gente tocava, colocando ele em cima do ombro. E lá o pessoal de bateria não pagava fantasia.
• Eu só não fui campeão na Praiana, no ano da Janaina; os outros campeonatos, todos eu tava lá.
• No 1º ano, a Praiana saiu sem solista, era toda a escola cantando junto. E era Samba, aqui o pessoal só tocava Marcha.
• Sopapo, olha! quem toca bem Sopapo, é o Giba, eu, o Dunga, o Vassourinha, o Sonrisal, o Mão-de-Ferro... atualmente o Donça.
• Olha! o problema da Praiana é que ela nasceu grande demais, não foi crescendo aos poucos como as outras.Ela só podia ir prabaixo, já nasceu lá em cima.
• O 1º Porta-estandarte da Praiana foi o Cigano, que desfilou durante as muambas, a 1º Porta-bandeira foi a Nadir, irmã do Miguelzinho.
• Não posso suporta um componente de Bateria caminhando! pô! sera que o samba não sobe pelo sangue dele, tem que vibra, sambá !!!
• A Vera Regina!? ela começou na Bateria tocando Caxeta.. lá em Pelotas Caxeta é Jamelão, no Rio Tamborim. A Filha da Vera Regina é boa Passista.
• Eu trabalhei na CEEE, me aposentei lá; tambem trabalhei no Banco da Lavoura ... ih ! num monte de lugar.