Ambos na época, aplicavam tais materiais como combustível, uma vez que são inflamáveis. Mas nem sempre o petróleo foi usado assim. Existe uma série de histórias sobre como o petróleo foi descoberto. A que parece ser mais plausível é baduínos que encontravam ao acaso, manchas escurecidas na areia do deserto. Essas manchas eram afloramentos de petróleo, que vazavam na superfície do solo do Oriente Médio. Diz-se que esses habitantes do deserto usavam tal pasta como se fosse um cimento, que unia pedras e tornavam possível a construção de paredes, muros e até casas inteiras. Como ele não se misturava a água, ainda podia impermeabilizar, evitando que uma chuva destruísse tais obras.
Mais adiante existem relatos do seu uso para acender fogueiras, lamparinas e tochas.
Todos esses usos dados para o petróleo até então não tinham finalidade econômica, afinal, só mais a frente na história da humanidade criou-se os motores movidos a combustão, e é claro, só se tornou possível tais descobertas depois que percebeu-se que do petróleo podia-se extrair muitos produtos como a gasolina, a benzina, a querosene, o óleo diesel etc...
Tais produtos são obtidos através da destilação fracionada, onde se aquece a matéria bruta, que ao evaporar separa, a cada temperatura específica, um produto diferente. Nesse processo ainda se obtém materiais como o GLP (o gás de cozinha), a vaselina, a parafina e o piche (usado como revestimento asfáltico).
Hoje, muitos outros produtos são ainda retirados do petróleo: o isopor, alguns tipos de plásticos, tintas etc... o que torna tal matéria-prima essencial para o conforto que a modernidade nos traz.
Entretanto, o petróleo está longe de ser "o símbolo máximo de nosso futuro". A queima dos combustíveis a base de petróleo são responsáveis pela emissão de grande quantidade de gás carbônico na atmosfera terrestre, sendo o maior contribuinte para a ocorrência do efeito estufa e em escala planetária, do aquecimento global.
Atualmente, as grandes instituições que discutem os problemas ambientais da Terra querem que o petróleo seja substituído por outras substâncias mais limpas. Sem falar do fato que o petróleo é um bem finito, ou seja, um dia ele vai acabar e se ainda formos seus dependentes diretos (como somos agora), o mundo inteiro entrará em colapso. Palavras como biodiesel e etanol da cana-de-açúcar e do milho são cada vez mais comuns e representam futuros concorrentes eficientes do petróleo.
Esse produto que leva milhões de anos para se formar, feito a partir de matéria em decomposição de seres expostos a condições de pressão e temperatura ideiais, agora podem ser substituídos por produtos menos poluentes e que podem ser produzidos em minutos em laboratórios e até no fundo de quintais.
Mas essa é outra história, e o futuro tratará de desenhá-la para que eu possa dar detalhes para você em um instante próximo. Eu espero.
Pirapozinho/SP - Brasil
