(São Paulo) A Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),
lança um manifesto condenando a volta do pesadelo dos planos de demissões
no Banco do Brasil. O plano de reestruturação divulgado na segunda-feira, 7
de maio, que prevê fechamento de agências, programa de demissão voluntária,
plano de adequação de quadros etc., lançado no governo Lula, é similar aos
que marcaram a gestão de Fernando Henrique Cardoso.
“A diferença é que
desta vez pessoas que o Movimento Sindical julgava ter algum compromisso
com os empregados, que fizessem valer posições históricas, que cerrassem
fileiras contra mais um ataque ao pessoal e se contrapusessem aos que
mandam no banco há anos, estão do mesmo lado dos algozes de sempre”, aponta
o texto.
Confira a íntegra:
MANIFESTO
Banco do João Batista Camargo, Banco do
Lima Neto, Banco do Luiz Oswaldo
Volta o pesadelo dos planos de demissões no
Banco do Brasil
O funcionalismo acordou nesta segunda-feira com
outro pesadelo para atormentá-lo. O filme de terror é o mesmo. A diferença
é que desta vez pessoas que o Movimento Sindical julgava
ter algum compromisso com os empregados, que fizessem valer posições
históricas, que cerrassem fileiras contra mais um ataque ao pessoal e se
contrapusessem aos que mandam no banco há anos, estão do mesmo lado
dos algozes de sempre.
A reestruturação que será feita no governo Lula
(fechamento de agências, PAQ, PDV e redução de comissões) é similar ao do
governo FHC. E é similar porque é capitaneada e pensada por muitos dos que
foram cúmplices e ajudaram na formatação do programa daquela época.
Em 1995, o banco estava com prejuízo acumulado
de R$ 4 bilhões. O então diretor de RH, João Batista
Camargo, publicou no dia do lançamento do plano:
“Temos uma
comunicação importante: Banco do Brasil está lançando um plano de redução
do seu quadro de pessoal através do Programa de Desligamento Voluntário...
...Aceitar o desligamento pode viabilizar a realização de um sonho.
Encare o programa dessa forma.
O desligamento voluntário é um procedimento que
tornou usual em empresas que precisam reduzir seus quadros de pessoal e
querem fazê-lo em condições altamente respeitosas para com seus
colaboradores.”
Agora, em 2007, quando o banco apresenta lucro de R$ 6
bilhões, o vice-presidente de pessoal, Luiz Oswaldo, expõe
nos documentos que deram sustentação à decisão lançar novo PDV:
“Pensando nas pessoas, criamos condições
para escolhas individuais, que conciliam os interesses dos funcionários e
da Empresa. Alternativas que oferecem soluções caso a caso e que revelam cuidado
e atenção com os funcionários..
Alternativas: remoções, PAQ – Plano de adequação de
quadros (transferências compulsórias); PAA – Plano de Afastamento
Antecipado (demissões)”
A linguagem é diferente, mas o resultado é o mesmo: demissões
de pessoas que deram a vida ao banco.
Afirmam estar pensando no funcionalismo, na possibilidade de
um novo desafio e outros sofismas úteis nessas horas, na tentativa de
esconder o que não se pode, que á brutalidade desse tipo de medida. Pois todos somos sabedores do destino que tiveram mais de 90%
dos mais de 30 mil funcionários demitidos em 1995. É comum em muitas
cidades encontrarmos esses ex-colegas sem emprego, fazendo bico ou sendo
dependendo de ajudas de familiares.
Naquele ano, as medidas foram uma em cada mês: primeiro o PDV,
depois o PAQ, e finalmente demissões compulsórias sem nenhum direito
adicional ao previsto na legislação. Tudo para se adequar ao que diziam ser
necessário para concorrer com o mercado.
Desta vez o pacote é completo e em linguagem de baixo nível: ou dá
ou desce.
Novamente, alegam
que precisam manter a rentabilidade do banco, rentabilidade que no ano
passado superou os 30% sobre o patrimônio líquido em um único ano. Como se
o papel do banco fosse o de apenas competir com o HSBC, Bank
of América, JPMorganchase,
Bradesco e Itaú — exemplos de comparação usados para justificar a
reestruturação.
Lança novo plano para os altos comissionados, de novo como no
ano de 2002, quando se deram mais de 150% de reajuste a uma turminha da DG,
que vai se dar bem melhor que os mortais comuns
das agências e dependências espalhadas pelo Brasil afora. Para estes, a
perspectiva de crescimento será a cada três anos. Já para a turma da DG a
possibilidade de ascensão será a cada seis meses. Isso mesmo: seis meses,
mas somente para poucos 250 considerados de alto nível (o melhor seria
baixo nível, pelo tipo de atitude).
O programa é o mesmo e as conseqüências serão parecidas, pois
nos locais de trabalho instala-se o “salve-se quem puder”. Alguns administradores
despreparados poderão ser novamente algozes de muitos funcionários pelo
país afora.
O pior de tudo isso é que, desta vez, os que preparam há anos
o banco para possível privatização não estão sozinhos na missão. Contam com
colaboradores que no passado diziam defender o funcionalismo do banco.
Colaboradores que pensam mandar e ter poder na empresa.
Aos
que já estiveram ao lado dos funcionários e pensam ter poder atualmente no
BB resta uma saída: denunciar essas medidas e seus objetivos, pois os
tucanos que continuam mandando no banco já começam a trabalhar com o
cenário pós 2010, mesmo sem ninguém saber quem ascenderá ao poder. A
alternativa à denúncia a esse novo golpe no funcionalismo é o lixo da
história, mesmo lugar que foram colocados Camargo e seus seguidores,
executores da maior história de destruição no funcionalismo do BB.
É isso que se espera daqueles que tenham o mínimo de
coerência: juntar-se ao funcionalismo e denunciar, cobrando mudança de rumo
e o fim da gestão dos tucanos no Banco do Brasil. cobrando mudança de rumo e fim da gest o mcion no banco
jsandose comsmo do banco. sofismas na tentativa de esconder o que n
Até
na “demissão incentivada” a discriminação é gritante. Para alguns
executivos, os incentivos podem superar a cifra de R$ 1 milhão. (Pelos
corredores do BB em Brasília é comum ouvir que o ex-presidente Rossano Maranhão recebeu um incentivo de R$ 1,4 milhão
para deixar o banco e ir trabalhar na concorrência). Para nós, mortais
comuns, três míseros salários de incentivo.
Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro
Sindicato dos Bancários de Brasília
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Secretário do Ministro da Justiça
recebe moção em defesa sobre BB
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(Porto
Alegre) O secretário nacional de Justiça, Antonio Carlos Biscaia, recebeu nesta sexta-feira, dia 25, a
Moção pela Suspensão da Reestruturação do Banco do Brasil, assinada por
mais de 80 deputados de vários estados, durante a 11ª Conferência da
União Nacional dos Legislativos Estaduais, que ocorre no Teatro Dante Barone, no centro de Porto Alegre.
A
entrega ocorreu na mesa dos trabalhos do evento. Estiveram presentes o
presidente da Assembléia Legislativa do RS, deputado Frederico Antunes
(PP), os deputados estaduais Adão Villaverde
(PT), Raul Carrion (PCdoB)
e Edson Brum (PMDB), o presidente do
Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Juberlei
Bacelo, e os diretores Ronaldo Zeni, Júlio
César Vivian e Ademir Wiederkehr.
Falando
para todos os participantes da conferência e na condição de
representante do Ministério da Justiça, Biscaia
lembrou que foi funcionário do BB ao longo de oito anos e prometeu
levar o documento para o ministro Tarso Genro, comprometendo-se
publicamente em agendar uma audiência e marcar uma reunião com o
presidente do BB.
A
moção foi um dos encaminhamentos aprovados ao final da audiência
pública ocorrida na última quarta-feira, dia 23, na Comissão de
Economia e Desenvolvimento da Assembléia Legislativa do RS, que contou
com a participação de deputados, funcionários do BB, Sindicato dos Bancários,
Federação dos Bancários do RS, representantes do BB, entidades
associativas e pequenos empreendedores.
"Não
são simplesmente os empregos diretos no Banco do Brasil, mas também de
milhares de empresas de pequeno e médio porte, em todas as regiões, que
são afetadas pelas medidas. Os estados perdem importância política,
receitas e ganham aumento do desemprego. O Banco aumenta seu lucro e a
sociedade perde", aponta a moção.
“Cabe
ao governo federal intervir na política do Banco para
que esta lógica neoliberal seja abandonada e o Banco do Brasil assuma
seu papel social como banco público que promove o desenvolvimento
regional e seja realmente o banco dos brasileiros e não mais um banco
de mercado, cujo único objetivo é o lucro”, destacam os parlamentares.
Ao
final da moção, os deputados propõem as seguintes medidas:
-
imediata suspensão do plano de "excelência na gestão -
reestruturação" do BB;
-
abertura de negociação com as entidades representativas dos
funcionários;
-
fortalecimento do caráter público e social do Banco do Brasil, enquanto
instrumento de fomento da economia e de desenvolvimento nacional.
Para
o Sindicato dos Bancários, o documento amplia o apoio parlamentar,
fortalece a mobilização e reforça a luta contra a reestruturação do
Banco do Brasil.
Fonte:
Seeb PoA
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24/05/2007
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Bancários
fecham onze agências do BB por 24 horas em João Pessoa
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(João
Pessoa) Nesta quarta-feira, 23, Dia Nacional de Luta,
os bancários fecharam 11 agências do Banco do Brasil na capital paraibana,
por 24 horas, em protesto contra o Pacote da Maldade implantado pela
diretoria do Banco. As paralisações foram reforçadas pelos protestos
realizados por diversas entidades classistas, sob a liderança da
Central Única dos Trabalhadores – CUT.
Em
estado permanente de mobilização, os funcionários do BB vêm resistindo
bravamente à implantação dessas medidas que precarizam
os serviços, reduzem postos de trabalho, fecham unidades, acaba com as
substituições e incentivam à aposentadoria antecipada.
Lançado
o Pacote, os bancários reuniram-se em assembléias e partiram para a
organização da resistência. Na semana do lançamento do Pacote da
Maldade, na sexta-feira, 11 de maio, os bancários retardaram até o meio
dia a abertura do expediente no condomínio do BB na Praça 1817, em João Pessoa.
Utilizando carro de som, faixas e
distribuição de carta aberta à população, os bancários protestaram
contra a implantação do Pacote da Maldade em frente ao prédio onde
funcionam quatro agências, Ajure, URR, Gepes Paraíba, AAFBB, Cantina e auditório.
Na
ocasião, o presidente do Sindicato, Lucius Fabiani denunciou à sociedade que “dessa forma, o
Banco do Oswaldo realmente ficará bem pior do que o Bradesco, caso os
bancários não resistam à implantação desse pacote perverso”. E
ressaltou que a principal arma a ser usada em defesa dos funcionários
do BB é a mobilização, com paralisações e greve; outra é criar o
impasse nas negociações com a Cassi
e Previ. “Agora, se todo o País rejeitar a reforma do Estatuto da Cassi, fortaleceremos
esses impasse e forçaremos o Banco a suspender as medidas que estão
sendo implantadas”, concluiu.
Na
semana seguinte, fecharam oito agências do BB por 24
horas: Torre e Varadouro, na quarta-feira,
16; Cruz das Armas, UFPB, Manaíra Shopping e
Parque Solon de Lucena, na quinta-feira, 17;
e na sexta-feira, 18, foi a vez das agências Epitácio Pessoa e Tambaú. A
resistência crescente culminou com o fechamento de 11 agências neste
Dia Nacional de Luta.
E
não bastasse o esforço para mobilizar a categoria, o Sindicato dos
Bancários da Paraíba ainda teve de repudiar a atitude do Sr. José
Marcelo de Souza, ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio
Grande do Norte e atual Gerente de Relações Trabalhistas do BB, que
ameaçou os bancários da Paraíba.
Fonte:
Seeb PB
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BB:
Comissão de Empresa se reúne com Lima Neto na sexta, dia 18/05/2007
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(São
Paulo) A Comissão de Empresa da Contraf se
reunirá nesta sexta-feira com a direção do Banco do Brasil, às 17h, em
Brasília, para discutir o pacote de reestruturação do banco. O
presidente do BB, Lima Neto, deverá estar presente. O encontro foi
solicitado pela representação dos trabalhadores durante a reunião
ocorrida nesta segunda-feira, intermediada pelo secretário de Relações
Trabalhistas do Ministério do Trabalho, Luiz Antônio Medeiros.
O
presidente do banco terá a difícil tarefa de justificar cortes de
funcionários num cenário tão positivo quanto o demonstrado pelos
resultados do BB neste primeiro trimestre. Se considerados os ganhos
extraordinários do ano passado (créditos tributários de R$ 1,4 bilhão),
houve queda de 40% no lucro líquido. No entanto, descontando-se esse
fator, o lucro líquido de R$ 1,41 bilhão no primeiro trimestre foi 50%
superior ao obtido no mesmo período do ano passado.
Outros
números que se destacaram foi o aumento de 33% na carteira de crédito,
passando para R$ 140,38 bilhões. O retorno recorrente sobre o
patrimônio líquido médio anualizado foi de
29,4%, contra 22,5% em igual período de 2006.
“Os
números mostram mais uma vez que a direção do banco do Brasil não tem
nenhum motivo para as medidas que vem tomando de corte de pessoal, descomissionamento, terceirização, além do terror
que vem implantando nos locais de trabalho. Está indo na contramão dos
objetivos de um banco público e da diretriz do governo Lula, de
fomentar o crescimento e melhorar o atendimento à população”, afirma
Marcel Barros, coordenador da Comissão de empresa dos Funcionários.
Mentira nos números – Em comunicado interno
divulgado ontem a direção do Banco do Brasil afirmou que “... Em
relação à Rede Varejo, as mudanças nas dotações levaram ao crescimento
no número total de comissões na Empresa...” Na tabela divulgada no
mesmo documento fica claro que ocorreu o inverso. A própria direção do
banco escreveu que as dotações anteriores eram 58.848 (total na coluna
Dotação Anterior) e passaram para 58.246 (total da
coluna Dotação Nova), diminuição de 602 postos. “Será que a
direção do banco acha que o bancário não sabe ler ou está tão acostumada
a mentir em relação aos números que divulga que nem percebe essas
bobagens?”, questiona Marcel. “Sem contar que alega que está
‘centralizando’ com o objetivo de mandar as pessoas para as agências,
argumento que cai por terra com os números apresentados.”
Semelhanças
Nesta segunda-feira, dia 14, o banco
divulgou a reclassificação das agências e a lista de excedentes. São
duros golpes para os funcionários do banco, que vêm, no primeiro caso,
suas comissões reduzidas e, no segundo, seu nome numa lista que, na
prática, diz “você deveria pedir demissão”.
O tratamento desrespeitoso mostra a
contradição dos administradores do banco em relação à política
propalada pelo governo de valorização dos trabalhadores, ao definirem
como idade para ficar no banco o marco de 50 anos, como se não
existisse legislação exigindo 35 anos de trabalho para aposentadoria
por tempo de serviço.
Se assemelha a atitudes tomadas pela
diretoria em momentos do governo FHC. Em 1995, quando se cobrava
negociação a direção do banco, em comunicado confidencial aos gestores,
Ximenes dizia: “...a gente pode ajudar as
pessoas a administrar isso aqui, ou pode ser vítima de alguém que vai
administrar por nós: sindicatos, igreja, até clientes...”. A atual
diretoria do banco, em resposta ao jornal O Globo, afirma que “não
vamos negociar, pois não estamos na data-base”.
Os administradores do
BB demonstram falta de respeito aos trabalhadores e suas entidades de
representação. Além disso, mostram despreparo para lidar com as
questões envolvendo interesses dos empregados, pois não é possível
alguém pensar que um pacote envolvendo fechamento de
unidades, transferências compulsórias e demissões de trabalhadores não
mereça ser objeto de discussão com os sindicatos e funcionários.
Pesquisas
A prova de que o banco não sabe
o que pensa o funcionalismo está em pesquisa realizada pelo Sindicado
de Brasília revelando que 65% dos entrevistados naquela cidade são
contra o plano, ressalte-se que Brasília é uma das cidades onde o
impacto é menor que em outras regiões. Na mesma trilha caminha
pesquisa virtual da ANABB, no seu “site”, mostrando que 52% são contra
o plano. Os dados mostram o erro dos dirigentes do banco ao adotar
medidas já aplicadas e condenadas em tempos passados, ações que levaram
o funcionalismo ao fundo do poço no que diz respeito à solidariedade,
estima, valorização e cumplicidade e dedicação. Os funcionários BB não
merecem isso.
Fonte: Contraf-CUT
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BB
segue na contramão de seu papel de banco público (18/05/2007)
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(São
Paulo) O anúncio do plano do governo de criar um grupo para acompanhar
a atuação dos bancos públicos federais mostra que o Banco do Brasil
está na contramão da linha buscada pelo Poder Executivo. A intenção foi
divulgada pela da presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda
Ramos Coelho em seminário a respeito do papel dessas instituições.
No
seminário, os representantes de bancos públicos defenderam “uma atuação
eficiente na área comercial para gerar lucros e manter os bancos
capitalizados”. Esse tipo de pensamento vai na
contramão do próprio projeto de governo.
Na
reportagem do Valor Econômico, o vice-presidente de finanças do
Banco do Brasil, Aldo Mendes, sustenta que os bancos públicos precisam
ser mais eficientes porque, se “atuassem apenas nessas áreas (ambiental
e social), haveria a corrosão de seu capital e ficaria limitado para
continuar a operar”. Para ele, a atuação em segmentos do crédito em que
não há concorrência comercial, como o da agricultura familiar,
subsidiado pelo Poder Público, dá conta do papel de banco público.
As
declarações do diretor mostram o quanto o BB está desalinhado com a
orientação pró-desenvolvimento com distribuição de renda. O pacote de
reestruturação lançado no dia 7 de maio que propõe terceirização e
demissões é um exemplo disso.
Comunicado
Com
assunto “estrutura organizacional”, um comunicado interno de 16 de maio
de 2007 foi divulgado afirmando que as medidas de 7 de maio não tinham
por objetivo a privatização da empresa. O texto, porém, defende a opção
pela terceirização adotada pelo banco como estratégia de mercado,
ignorando o papel do banco público.
O
texto fala de fatores que motivam a terceirização além do econômico,
“como a qualidade dos serviços, a confiabilidade do fornecedor ou do
parceiro e a abrangência”. Uma das empresas contratadas pelo Banco para
soluções em processamento de dados, a Cobra Tecnologia, “quarteiriza”
serviços, quer dizer, contrata trabalhadores como pessoas
jurídicas, precarizando ainda mais a
mão-de-obra e comprometendo a qualidade do serviço.
Na
edição de outubro de 2006 do Espelho, o funcionário Idário Antiqueira
relatava que a qualidade da carteira de crédito do BB evoluiu de um
cenário em que era uma das de inadimplência mais crítica do mercado
para ser referência no mercado. Parte do sucesso, Idário
atribuía à valorização do funcionalismo no setor.
O
Comunicado chega à ousadia de afirmar que a terceirização só atingiria atividades
meio, e insiste em incluir processamento de envelopes em Campo Grande,
Goiânia, Vitória e Brasília como exemplos. A medida afronta parecer do Ministério do Trabalho e Emprego
que apontam a terceirização de retaguarda bancária (inclusive
processamento de envelopes) como atividade fim. Sendo assim, a
terceirização da área é, além de tudo, ilegal.
Fonte:
Contraf-CUT, com
informações do jornal Valor Econômico
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Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro
Sindicato dos Bancários de Brasília
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