Macaquices na Inauguração do “Instituto” FHC
Sebastião Nery
Jornal Tribuna da Imprensa, 28/05/2004
 

Na inauguração do Instituto Fernando Henrique, semana passada, a atriz Ruth Escobar, portuguesa-paulista, levou um pito de FHC porque falou em português:

- Fala em inglês, Ruth!

Ela ainda não sabia que tinha que falar na língua dos financiadores. Fernando Henrique achou pouco o colonialismo imposto a Ruth Escobar e quis enquadrar o ex-primeiro-ministro francês Lionel Jospin, que não é um americanóide desbundado como ele e lhe deu um chega pra lá de público:

- O presidente Cardoso me obriga a falar em inglês, isto não está certo. França e Brasil são países de língua latina.

Fernando Henrique enfiou a cara no tacho.

Até os urutus

O pior é que essas macaquices colonizadas já entraram até nos quartéis, onde as Forças Armadas sempre primaram pela defesa da soberania nacional.

Os jornais publicaram a foto de blindados do Exército brasileiro embarcando para a missão da força internacional de paz no Haiti, organizada pela ONU, que o Brasil, com 1.200 soldados brasileiros, e mais tropas da Argentina e do Chile, vai comandar, sob a responsabilidade do Ministério da Defesa.

Nos Urutus pintados de branco, está escrito, em grandes letras, UN. UN (United Nations) é a sigla da ONU em inglês. Ora, na ONU, ONU é ONU. No Brasil, ONU é ONU. No Haiti, que fala francês, ONU é ONU. Na Argentina e no Chile, ONU é ONU. Por que em inglês, se nem haverá tropas americanas?

Observações do jornalista Hélio Fernandes

Brizola, um humanista que nunca foi acusado de corrupção nas três vezes em que foi governador, foi um grande inventor de frases. Das melhores: "Se eu estivesse em um tribunal para julgar o Fernando Henrique, votaria em favor de por passar fogo nesse sujeito".

Sempre sem grandeza, provavelmente orientado pela Fundação Ford, FHC se omitiu inteiramente, não disse uma palavra sobre Brizola. Que foi sem qualquer dúvida, muito maior do que ele, em todos os momentos.

 

Hosted by www.Geocities.ws

1