Na inauguração do
Instituto Fernando Henrique, semana passada, a atriz Ruth Escobar, portuguesa-paulista, levou um pito de FHC porque falou em
português:
- Fala em inglês, Ruth!
Ela ainda não sabia que
tinha que falar na língua dos financiadores. Fernando Henrique achou pouco o
colonialismo imposto a Ruth Escobar e quis enquadrar o ex-primeiro-ministro
francês Lionel Jospin, que não é um americanóide desbundado como ele
e lhe deu um chega pra lá de público:
- O presidente Cardoso me
obriga a falar em inglês, isto não está certo. França e Brasil são países de
língua latina.
Fernando Henrique enfiou
a cara no tacho.
O pior é que essas
macaquices colonizadas já entraram até nos quartéis, onde as Forças Armadas
sempre primaram pela defesa da soberania nacional.
Os jornais publicaram a
foto de blindados do Exército brasileiro embarcando para a missão da força
internacional de paz no Haiti, organizada pela ONU, que o Brasil, com 1.200
soldados brasileiros, e mais tropas da Argentina e do Chile, vai comandar, sob
a responsabilidade do Ministério da Defesa.
Nos Urutus pintados de
branco, está escrito, em grandes letras, UN. UN (United
Nations) é a sigla da ONU
Brizola, um humanista que nunca foi acusado de corrupção nas três vezes em que foi governador, foi um grande inventor de frases. Das melhores: "Se eu estivesse em um tribunal para julgar o Fernando Henrique, votaria em favor de por passar fogo nesse sujeito".
Sempre sem grandeza, provavelmente orientado pela Fundação Ford, FHC se omitiu inteiramente, não disse uma palavra sobre Brizola. Que foi sem qualquer dúvida, muito maior do que ele, em todos os momentos.