CARAPINA ON LINE


CARAPINA, SERRA, ES


DADOS  GERAIS DE CARAPINA

Carapina é um Distrito da Serra.

 

Possui uma área de 151 quilômetros quadrados.

No Dicionário Histórico, Geográfico e Estatístico da Província do  Espírito Santo, de Cesar Marques, consta que Carapina foi elevada à categoria de Freguesia (Paróquia) de São João, pela Lei Provincial N.º 5, de 16 de dezembro de 1857.

Passou a Vila em 11 de novembro de 1938. Teve sua 1ª escola pública em 29 de julho de 1847.       

Atualmente, muitas indústrias de grande porte estão instaladas no Distrito.

 

FUNDADORES DE CARAPINA

 

Os fundadores e colonizadores de Carapina são:

1 - Jesuíta Braz Lourenço,  padre Fundador;

2 - Araribóia (Cobra Feroz),  Fundador;

3 - Manoel de Paiva, padre Carapina, o Caarpinteiro que deu origem ao  nome da região;

4 - Pedroda Costa, o  Evangelizador;

5 - José de Anchieta, o Santo, autor do MMilagre em Carapina.

 

FAZENDA DOS JESUÍTAS EM CARAPINA

 

Muita fartura e ouro escondido.

Em 1610, na região de Carapina existia uma grande Fazenda destinada a Policultura, sendo propriedade do Governador Geral Francisco de Aguiar Coutinho que, não podendo desenvolvê-la, entrega-a, por doação, para Miguel Pinto Pimentel que ali construiu um Engenho de Açúcar. Miguel falece em 1644, quando na região existia a importante Igreja de São João, inaugurada em 1586. Não tendo herdeiros, Miguel Pinto Pimentel deixa as terras para os Jesuítas do Colégio de Vitória.

Esta é pois a origem da Grande Fazenda dos Jesuítas que existia em Carapina e cujas ruínas a Princesa Teresa Carlota vira em sua visita ao local, em 1888.

Em 31 de janeiro de 1860 existia perto de Carapina a Fazenda Itapucu (hoje Calogi), que pertencia naquela época  ao Major Henrique Augusto de Azevedo e que foi visitada pelo Imperador Dom Pedro II.

Em Carapina os escravos da Fazenda dos Jesuítas, cujas ruínas a Princesa Teresa relatou em  seu Diário de Viagem, construíram um Canal. O chamado Canal dos Escravos. O Canal feito pelos escravos, era meio de utilização para o transporte de mercadorias e produtos do Rio Santa Maria para a região e entre as fazendas e propriedades de Carapina. O canal iniciava-se próximo a Senzala da Casa Grande dos Jesuítas e terminava na baixada próximo ao Rio Santa Maria.

 

TESOURO EM CARAPINA

 

O escritor Adelpho Poli Monjardim, ex-prefeito de Vitória, no seu livro "Contos Fantásticos", na página 133, refere-se a uma casa, morada de frades, que teria existido segundo um dos personagens do seu livro, “ao pé do Mestre Alvo”, ou seja, nas proximidades do Mestre Álvaro.

Segundo o relato constante no livro, a Casa seria mal-assombrada onde estaria enterrado um grande tesouro e não propriamente seria uma residência de Frades, mas um Colégio, onde se congregavam os Jesuítas.

livro de Adelpho resgata crenças populares dando uma visão fantástica dos casos e situações.

A simples publicação da estória no livro não significa que a mesma seja verdadeira. Há quem acredite que seja. O livro é intitulado “Contos Fantásticos”, o que nos leva a crer na existência de coisas fantásticas e de fantasias.  No prefácio da obra o Editor do Rio de Janeiro, já falecido, Francisco Igreja, afirma: “Aliás, quando menino, ainda no casarão solarengo da Fazenda Jucutuquara, admirado com a facilidade de Adelpho engendrar histórias, seu pai, o Barão, costuma dizer: - Este menino ou vai ser um escritor ou será um muito  grande mentiroso.” (Página 3).

Casarão da obra "Contos Fantásticos" é na verdade a Grande Casa da Fazenda dos Jesuítas, que em 1888 estava abandonado e em ruínas, conforme relata a Princesa da Baviera, Teresa Carlota.

Costuma-se dizer que em obras  antigas de padres, casas, fazendas e igrejas,  sempre existem ouro escondido e as construções antigas e em ruínas levam fama de mal-assombradas. Outro detalhe, a Grande Casa da Fazenda, que fica próximo a Igreja São João Batista de Carapina, fica próxima ao Mestre Álvaro.

 

CARAPINA JÁ FOI DE VITÓRIA

 

Há quem afirme que o nome Carapina deriva de uma madeira que se chama Carapa e que existia em abundância na região. O Carpinteiro por trabalhar com a Carapa teria denominado o lugar de Carapina.

Trata-se de uma invenção fantasiosa, até porque nenhum dicionário moderno registra a palavra Carapa como Madeira

A versão correta e verdadeira é a do Padre Carapina, que existiu e esteve na região rezando Missas e ensinando Carpintaria.

Os bairros Goiabeiras, Jardim da Penha, Jardim Camburi  e  Praia de Camburi já pertenceram ao Município da Serra, cujo limite histórico e natural com Vitória era no Canal da Passagem.

Com a criação  e fundação do Porto de Tubarão, na Ponta de Tubarão e a instalação do Aeroporto de Vitória em  Goiabeiras, o Governo do Estado, à revelia das tradições e documentos históricos,  elaborou uma nova divisão territorial.

Carapina já pertenceu também à Vitória por volta de 1938, quando então voltou a ser do Município da Serra.

 

RESTAURAÇÃO DA IGREJA

 

Em 18 de outubro de 1989 foi realizada sob a Coordenação do Conselho Estadual de Cultura - CEC, a  1ª reunião de uma Comissão destinada a promover a restauração da Igreja de São João Batista de Carapina. Um ano depois a Comissão já estava com o Projeto Arquitetônico de Restauração pronto, mas não havia verbas.

A Comissão era presidida por Clério José Borges e contou com a participação de membros das Comunidades, Vereadores e inclusive um representante da Companhia Siderúrgica de Tubarão. Várias reuniões foram realizadas na sede do CEC em Vitória e  em Carapina e Serra sede.

O Engenheiro do Departamento Estadual de Cultura do Espírito Santo, Valdir Castiglioni elaborou um projeto Arquitetônico, ficando a obra sem ser iniciada por falta de verbas. Integravam a Comissão, entre outras, as seguintes pessoas: Valdir Castiglioni (DEC) ; Clério José Borges (CEC) ; Brice Bragatto e Márcia  Lamas (Câmara Municipal da Serra) ; Delson Pereira Aguiar, Paula Bastos e Antônio Sobrinho (Representantes das Comunidades).

Em 1995, graças aos esforços da Vereadora Lourência Riani; da Associação de Moradores e da comunidade local a firma Andrade Gutierrez, que realizava obras na região, promoveu a restauração da Igreja com o apoio e orientação do Departamento Estadual de Cultura, DEC e do Conselho Estadual de Cultura, CEC. A Igreja foi então restaurada, preservando-se assim um Patrimônio Cultural Secular da Serra.

 

CONFUSÃO ENTRE  MESTRE E  CARPINTEIRO

 

O Jornal  “A Gazeta”, de 25 de abril de 1994, no Caderno especial sobre Municípios do Espírito Santo publica que o nome Mestre Álvaro surgiu de um Carpinteiro.

É evidente a confusão do Jornalista autor da matéria, já que  o nome Carapina é que surgiu por causa de um Carpinteiro e não Mestre Álvaro.

O Álvaro do Mestre Álvaro foi uma homenagem do fundador da Serra, Braz Lourenço a Álvaro da Costa, filho do Segundo Governador Geral do Brasil, Dom Duarte da Costa.           

Álvaro era o Comandante Mestre  de um navio que combatia Índios rebeldes e que passou pelo Espírito Santo, entre 1556 a 1560, após diversas vitórias na Bahia.

Álvaro da Costa e Braz Lourenço eram amigos e tinham vindo juntos de Portugal para o Brasil, na mesma Caravela de Dom Duarte da Costa.

 

IGREJA SÃO JOSÉ

 

Em 1747, João de Souza Clara doou terreno à Igreja de São José de  Carapina Grande. A doação é de 24 de Junho de 1747. É o primeiro registro oficial de uma Igreja São José em Carapina.  O escritor Elmo Elton no livro “São Benedito sua devoção no Espírito Santo”, de 1988, na página 43, relata que:  “Iniciando-se, então, a construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em substituição à capela de São José, que ali existia, sabendo-se que dita construção só se concluíra em 1756.”

Pelo texto de Elmo Elton observa-se que o escritor dá a idéia de que na sede haveria, antes da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, uma Igreja São José.

A Igreja São José nunca se situou na Serra. Serafim Leite que conta a história dos Jesuítas no Brasil não registra nenhuma Igreja  São José na sede. A Igreja São José aparece mais tarde nas proximidades da atual Rodovia federal BR 101 Norte.

A Igreja de São José Operário, nos dias atuais, localiza-se em Carapina Grande, no bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima às margens da BR 101. Oficialmente a Igreja São José está no bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Um bairro que fica entre Manoel Plazza e Eurico Salles. O bairro Nossa Senhora do Rosário de Fátima é um e o bairro de Fátima é outro totalmente diferente. A Igreja de São João Batista fica mais distante no sentido Carapina - Mestre Álvaro.

 

MONITORANDO A LEITURA

 

RESUMO

 

Os Temiminós estavam distantes da sede da Capitania. Assim vieram em 1556 para a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição. Em 1562, o filho de Maracajaguaçu, Araribóia resolve morar com sua família mais próximo da sede, fixando-se em Carapina, com o apoio do Padre Braz Lourenço, que ali fundou uma capela em homenagem a São João Batista. Com Araribóia se juntam alguns Tupiniquins, atraídos pelas atenções que os líderes da Capitania dispensavam aos Temiminós.

 

ATIVIDADES

 

1.      O que significa Carapina?

 

2.      Relacione os fundadores e primeiros padres evangelizadores de Carapina.

 

3.      Qual a confusão existente sobre o Carpinteiro e o mestre Álvaro relatado no presente Capítulo.

 

 

 


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