Caderno V

O seu jornal de Dança do Ventre

Informativo Cultural

São Paulo, setembro / 99 - Ano I - no. 10

...........PRODUÇÃO: Estrela e Claudia Cenci (Jornalista responsável, Reg. 46219)

Tel.:(0xx11) 9932-4662, e-mail: [email protected]

APOIO: Milton Saldanha - Jornal Dance

VEJA AS EDIÇÕES ANTERIORES

Estrela

Claudia Cenci

Ventre livre

Impressionante como o mercado da dança tem seus altos e baixos, ... numa época temos muitos shows, restaurantes, workshops, e em outras, temos pouquíssimos eventos. Pois é, acho que agora estamos entrando num daqueles picos onde toda comunidade envolvida, sejam dançarinas, alunas, professoras, costureiras e empresários estão se preparando para o final de ano e as opções tanto para estudar como para dançar estão aparecendo, vamos aproveitar !! Nossa intenção é agitar o mercado, ver o progresso e o crescimento de todos que contribuem para a arte da dança do ventre.

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Se você tem interesse em participar, comunicar qualquer trabalho ou evento, entre em contato conosco !!

 Ponto de encontro

Entrevista com Patrícia Bencardini

1) Apesar de bastante jovem, você dança há bastante tempo, conte-nos um pouco da sua história.

R. Conheci a dança do ventre aos onze anos de idade, através de uma amiga de minha mãe chamada Leila Khadij, egípcia que estudou dança oriental em sua infância. Eram tardes divertidas dançando e comendo "falafel", que ela preparava como ninguém. Não esperava me tornar uma bailarina profissional, estudei jornalismo e trabalhei em diversas emissoras de rádio. Em 1988/1989, não havia muitas bailarinas profissionais disponíveis, os músicos começaram a me convidar para dançar e nunca mais parei. Em 1995 deixei o jornalismo para me dedicar à dança e em 1997 abri a academia Oriental Mix.

2) Você também é professora de yoga, quais os benefícios que ela proporciona às praticantes de dança do ventre?

R. Todos os sete tipos de yoga clássico e as sete principais danças clássicas indianas têm sua origem nos textos antigos como o Baghavad Gita, Mahabharata, Ramayana, etc. Existem registros desta época de mulheres executando movimentos bem semelhantes aos das dançarinas de dança do ventre de hoje em dia. As técnicas orientais se interligam de certa forma, quanto mais conhecimento a mulher tem, mais rica fica sua dança.

3) Você lançou uma fita de vídeo onde aborda a dança de uma forma muito especial, pois há uma grande preocupação com a postura da bailarina.

R. Minha principal preocupação nas aulas é corrigir a postura das alunas. Às vezes os corpos chegam doloridos, sofridos e tensos. Com a dança e todo trabalho de alongamento e consciência corporal, a mulher vai se soltando, ficando mais leve e aprende a controlar a própria postura. No vídeo tentei passar toda essa idéia de uma boa postura na dança , com o objetivo de evitar lesões, fazer um bom trabalho corporal e dar mais beleza à dança.

4) Você também dá aulas particulares, qual o perfil da aluna que solicita esse tipo de aulas e quais as vantagens que obtém?

R. O atendimento personalizado tem suas vantagens: a pessoa economiza tempo; tem toda a atenção da professora só para ela, chegando a resultados mais rápidos; pode contar com toda a experiência da professora, eu, por exemplo, aplico alguns conhecimentos de massagem oriental com o objetivo de trabalhar melhor o corpo da aluna.

5) Com certeza você é uma das bailarinas mais requisitadas de São Paulo, quais os conselhos que daria para quem está começando?

R. Uma bailarina na minha opinião deve ser autêntica. Deve ter bom conhecimento técnico da dança, além de beleza, graça, simpatia e humildade para encarar os altos e baixos da profissão.

Serviço: Oriental Mix, Av. Pompéia 1539,(3865-4937) Fita de Vídeo: R$ 20,00

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Sua Voz

"A arte da vida consiste em três básicas coisas, a verdade, o respeito e a felicidade" K. Marx. Ângela, Pirituba/SP

Meu amor pela dança e pelo Egito vem desde criança, algo inexplicado. Acredito que está no sangue. Passei por vários tipos de dança, mas nunca cheguei a concluir, era como uma busca incessante do que realmente eu queria, fazem dois anos que levada pela falta de amor a mim mesma encontrei-me na dança do ventre, passei então a ler mais sobre histórias egípcias e árabes, como numa verdadeira busca, e cada vez mais estou próxima de ser mais feliz. Sinto que é um maravilhoso caminho sem volta. Quero doar um pouco do que sei, por isso resolvi escrever-lhes. No filme "A múmia" o nome de Imhotep é citado e muitas pessoas não sabem realmente que é ele, assim como o livro ed Amon-Rá, Livro dos mortos. Ângela Cristina (Halima), São Bernardo do Campo/SP

E aí, como estão as coisas? Bom por aqui tá tudo legal, é como eu sempre digo: Tirando o que tá ruim o resto tá bom.... Meu nome é Carlos Eduardo, tenho 23 anos, e quero parabenizá-las pelo excelente JORNAL, é muito 10! Ainda não tive tempo de ler inteiro o deste mês, mas não vou perde mais esta oportunidade de ficar por dentro de uma coisa que me fascina! Um super Beijo, e bom trabalho! Ass: Viver. PS: Não parem de me deixar atualizado ok? E é claro: PARABÉNS!

Primeiramente, gostaria de agradecer a resposta de vocês, saiba que eu fiquei muito honrada e muito feliz por receber uma mensagem de uma bailarina tão renomada como você. Depois eu queria elogiar mais uma vez o caderno V, a edição de julho está realmente imperdível e é ótimo para nós bailarinas ficarmos informadas sobre essas coisas que vocês escrevem. Aliás queria também parabenizar a matéria sobre maquiagem, muita gente pensa que é só um detalhe, mas muito pelo contrário, a maquiagem é essencial, pois faz parte da figura que a bailarinavai incorporar. E eu aprendi muitos truques com a matéria, obrigada!! Entrei no site do jornal, pois eu já fiz muitos shows mas tenho muito o que aprender por isso quanto mais informações eu tiver mais eu irei aprender, e eu amo a cultura árabe. Vou terminando por aqui, mais uma vez muito obrigada mesmo !!! Priscila,São Paulo/SP

Parabéns !! Que ótima idéia ! Adorei o jornal, vocês estão de parabéns ! Sou bailarina de Dança do Ventre há 6 anos e sou completamente apaixonada por essa arte. Sou fã da Claudia desde que comecei a dançar e agora junto com a Estrela, vocês vão brilhar ainda mais ! Gostaria de sempre receber o jornal com as novidades do mundo da dança e se fosse possível, eu queria entrar em contato com a bailarina Sadyra aqui do Rio de Janeiro para trocarmos umas idéias e quem sabe uma amizade futura. Cristiane Fonseca, Rio de Janeiro/RJ

Olá meninas, gostaria de parabenizar o trabalho sério e de grande qualidade que vocês realizam. Sou paulista e descendente de libaneses mas moro em Aracaju desde a infância. A dois anos e meio estudo dança oriental, duas ou três veses ao ano vou à SP onde faço aulas particulares e pesquisas sobre tudo o que for relacionado a dança ou cultura árabe. tenho muito orgulho de ter tido grandes mestra, entre elas Cláudia Cenci co que fiz meu primeiro curso emSP e herdei o gosto por movimentos leves e delicados, além de ter aprendido demais com seus vídeos; Gisele Bomentre, minha mentora intelectual (acho que ela nen sabe disto) que me ensinou a dicernir entre a dança "árabe" e a ocidentalizada e me aconselhou a tc para o caderno v. Atualmente faço cursos com a Fádua Chuffi, que mesmo se eu tentasse não consiguiria dizer o quanto esta me ensinou. Aqui em Aracaju sou a única pessoa com alguma formação assim não tenho com que estudar, meus companheiros são os vídeos, livros e agora algumas páginas na internet. Completo minha formação estudando danças acadêmicas e música(conselho de minhas mestras), agora vou prestar vestibular para artes também para completar a formação. Como já devem ter notado, as dificuldades são muitas, uma vez que não temos colonia aqui em sergipe e a imagem que se tem da dança aqui é aquela passada pelos grupos de pagode, mas o amor pela dança é grande e muitas destas dificuldades são superáveis. Porém eu venho passando por um sério problema que é a falta de lugares para dançar aqui. O investimento na minha formação é alto de preciso dançar para evoluir, pois sou da opinião que só se aprende a dançar dançando. Maíra Magno, Aracaju/SE

Parabéns pelo jornal. Eu o encontrei pesquisando sobre a Dança do Ventre, que sou fascinada, apesar de ainda não praticá-la, quero me informar mais sobre o assunto e me encantei com o jornal. Sandra, Recife/PE

Eu espero ansiosa todo mês o jornal, acho super legal e é uma fonte de informação super importante. Alerta às professoras de dança, principalmente as iniciantes. Passei por uma experiência muito chata, eu estava dando aula na AUDI Academia em Osasco, por se tratar de um conceituado professor, aceitei numa boa, sem contrato, os acordos foram simplesmente verbais. Começamos com aulas de demostraçoes até a turma ficar com um numero razoavel de alunas, comecaram entao as matriculas e o curso pra valer. Deste dia em diante o cara que se dizia dono do lugar, simplesmente nao deu mais as caras, fiquei quase 3 meses sem receber nada, ele me mandava recado, dava meu telefone para as pessoas ficarem me ligando para que eu dançasse mais de graca. Até que me irritei e falei com as alunas, pois ele nunca me atendia, desisti de aula naquele muquifo. Fui até ele, requerendo o que tinha de direito pelas aulas que ministrei e ainda fui escurraçada da academia dele. Me xingou, falou um monte de baixarias, e principalmente me humilhou, foi muito grosso e sem educação nenhuma. Só consegui o meu dinheiro por que minha mae intercedeu a meu favor e o sócio(que eu nem sabia que existia) também percebeu que o tal professor estava errado. Agora vem a pergunta? Precisamos passar por tudo isso ? Tatiana Bandeira, Osasco/SP

Caras colegas, peço desculpas que de alguma maneira fui grosseira com a questão do tratamento dado as mulheres no Oriente. Na verdade, todas as informações que obtemos vêm de fora, e acredito que os meios de comunicação ( principalmente os mais sérios, como os telejornais da Rede Cultura), não exagerariam tanto assim nesse tipo de informação). Agradeço a atenção de todas as pessoas envolvidas nessa iniciativa e especialmente de Gisele Bomentre que me indicou os livros para pesquisa e de Merit Aton. Mas uma vez peço desculpas e volto a frisar que não foi minha intenção em ser grosseira, apenas obtenho informações de maneira mais generalizada e acredito que são verídicas, sem contar com depoimentos como a da atriz Ana Paula Arosio onde ela relatou, que um Sheik árabe pediu para "comprá-la", ocasião em que ela estava aguardando vôo no aeroporto de São Paulo. De forma alguma quiz desprezar ou manifestar preconceitos contra a cultura árabe, não tenho motivos para isso. Apenas são comportamentos que fogem ao padrão de comportamento ocidental, e que obviamente nos chamam atenção e causam estranheza. Como gosto muito de dança do ventre e quando a pratiquei (volto a frizar que pretendo voltar a praticar ) senti todos os benefícios em relação a auto-estima, valorização dos atributos femininos como doadora da vida e etc, um dia me surgiu essa dúvida: - Como uma dança nasceu em uma época e local onde a mulher era respeitada e exaltada acabou por se tornar uma sociedade onde a mulher e violentamente discriminada .. Agradeço-as por tudo, e desejo longa vida ao Caderno V. Ana Cristina, São Paulo/SP

DANÇA DO VENTRE – Dançando com vibrações positivas !! Depois de entrar em contato com ritmos e movimentos, estilos e coreografias; depois de aprendermos a respirar com nosso ventre e sentí-lo pulsando, depois de experimentar o poder da feminilidade conferido pela prática da Dança do Ventre, é chegado o momento de avançarmos, de irmos além dos movimentos e da técnica. Uma vez conhecida e dominada a técnica e o ritmo, devemos voltar nossas mentes para o Universo, para que possamos expandir nossa criatividade, entrar em contato com ondas mentais e captar a essência da Dança, o que vai conferir mais personalidade, definir o estilo pessoal de cada bailarina ao dançar. Partimos do pressuposto de que não somos partes isoladas, ou seja, estamos ligadas a um universo. Logo, ao dançar, devemos entrar em sintonia com o todo. As ondas mentais podem ser captadas, assim como um aparelho de rádio sintoniza as estações. Mas nós não somos meros receptores, como um aparelho de rádio. Nós fazemos parte de um todo, o que chamamos de “holos”. Logo, podemos captar muitas vibrações e filtrá-las , ficando apenas com as quais nos identificamos. Mas é muito importante adquirir consciência e uma nova postura diante da Dança do Ventre pois, uma vez que nos dispomos a estudar uma dança holística como a Dança do Ventre, estamos abrindo canais – chamados de chakras. Estes canais captam vibrações. Dependendo de nosso estado ou nível de consciência, essas vibrações podem ser positivas ou negativas. Muitas vezes, fazemos apresentações e terminamos a performance nos sentindo revigoradas, em plena harmonia ! Outras , no entanto, sentimos um esgotamento físico e mental... Essa variação é determinada pelo nível das vibrações que atingem nosso campo energético. As vezes o nível é muito baixo e nos encontra totalmente despreparadas, o que pode trazer consequências desagradáveis Sabemos que , há milhares de anos , mulheres como nós dançavam essa mesma dança... Sabemos que , no Oriente Médio, existem grandes Mestras dessa Arte. Atingir um nível avançado do estudo da Dança do Ventre significa transcender do estágio físico para o metafísico, isto é, sintonizar nossas antenas e captar o que as Mestras, antigas ou atuais, encarnadas ou não, têm a nos ensinar... Mais do que isso, precisamos desenvolver nossa capacidade para captar somente as influências positivas do meio. A Dança do Ventre, como dança arquetípica, é ambígua . Essa é uma característica comum aos arquétipos. Buscamos a beleza, a sensualidade, a espiritualidade. Desejamos encantar a todos com nossa Dança. Precisamos aprender “a posicionar nossas antenas” de modo a não permitir a interferência de “programações piratas” em nossa “transmissão”. O contato com o arquétipo negativo da Dança do Ventre é muito comum e é contra essa captação que procuramos direcionar nosso estilo. Esse arquétipo negativo torna a dança vulgar e a impregna de sentimentos de antagonismo, inveja, egocentrismo, vaidade excessiva, etc. E para elevarmos acima desse forte arquétipo negativo, devemos manter em nossas mentes o pressuposto básico de que fazemos parte de um todo, que trabalhamos como uma grande equipe universal, somente aquelas que estiverem na mesma sintonia, claro. Eu quero realmente me aprofundar no estudo dessa Arte Milenar? Pense com profundidade nessa pergunta. Analise até que ponto a Dança tem influenciado sua vida , pense nas mudanças a nível interior que ocorreram contigo desde que começou a praticar... Se a resposta for sim, relaxe e confie no universo que colocou essa dança em sua vida. O mesmo universo irá te conduzir nesse avanço e te mostrar o caminho que você deve seguir. Então, embarque nessa nova etapa de nossos estudos, com a alma, e deixe fluir os sentimentos mais belos de seu íntimo, para que aflorem no momento em que você dançar pois o verdadeiro encanto da Dança do Ventre reside nessa transcendência !! Claudia Krizizanowski (Yasmine Amar), Cuiabá/MT

Dúvidas ?

Estou procurando um site onde possa encontrar o significado de alguns nomes àrabes e já tentei contactar com várias pessoas e ninguém me mandou um resposta. Peço que me escreva com qualquer referência que possa me ajudar. Cristina Dutra, Rio de Janeiro/RJ

R. Na internet, você pode procurar em:

http://www.bdancer.com/Naming.html, trabalho da Me'ira

http://www.bdancer.com/med-guide/names/mednames.html,pesquisa de Karol Harding

(Estrela)

Participei de um jantar árabe, onde tivemos a oportunidade de dançarmos uma coreografia. Neste jantar foram convidadas duas dançarinas de Curitiba, onde após o jantar elas fizeram uma apresentação e anunciaram como a dança do encantamento, onde os participantes que quizessem dançar com elas poderiam e deveriam dar uma gratificação. Nos cursos onde eu participei fui orientada que até os participantes poderiam dar uma gratificação as dançarinas desde que fosse colocado no local da dança e não colocado na dançarina. Pergunto: É permitido desenvolver esta prática na dança ? Márcia Grapéggia, Concórdia-SC

R. Na maioria dos países árabes não é permitido colocar dinheiro nos trajes da bailarina. Mas especialmente aqui no Brasil, os árabes demonstram sua alegria dando muito dinheiro às bailarinas, músicos e cantores. É difícil acontecer uma situação desagradável, pois, quando uma bailarina tem classe, desde o momento que pisa no palco impõe respeito e se ela, além disso, restringir seu trabalho a festas familiares sempre será tratada com muita consideração. Confesso que para nós bailarinas que temos uma criação rígida, ligada aos bons costumes, inicialmente é um pouco sofrido lidar com essa situação. De um lado nos sentimos mal por sermos invadidas daquela maneira, mas por outro lado a pessoa também se ofende por pensarmos que é com má intenção que ela se aproxima de nós, já que muitas vezes tudo se dá com a maior educação e respeito. Seria extremamente deselegante de nossa parte recusarmos o dinheiro, pois a pessoa ficaria muito sem graça. Se você não quer ter contato com o público, o que é um direito seu, escolha outra dança, pois corre o risco de ser considerada antipática e ser deixada de lado pelos contratantes. Obviamente não se trata de aceitar tudo o que é imposto, mas tenha jogo de cintura, saia dos momentos complicados com educação e simpatia. Diplomacia cai bem em qualquer ocasião. Agora é uma grande falta de profissionalismo anunciar antes do show que podem ser feitos "donativos" para as bailarinas, que ficariam na condição de pedintes, coitadinhas. Pelo amor de Deus, isso não é coisa que se fale antes de um show, pois quem tem o hábito de dar dinheiro a quem quer que seja, o fará naturalmente. Por favor, nada de pedir esmolas ou ficar em cima do público suplicando por uns trocados. Vamos trabalhar com arte e dignidade acima de tudo. Todas nós
precisamos de dinheiro para viver, mas não temos que nos vender ou implorar por ele. Quando o trabalho é íntegro e feito com o coração, nosso sustento vem naturalmente.
(Claudia Cenci)

Estou mais uma vez procurando o socorro de vocês... Existe algum ritual de iniciação (em nossos dias) para a mulher que queira desenvolver-se na arte da dança do ventre? O que gostaria de saber tambem é do motivo de algumas dançarinas mudarem seus nomes de batismo, é apenas para fins artísticos ou existe um ritual ou cerimônia com base mística? Caso exista algum significado místico nestas cerimônias,quem seria a pessoa ideal para executá-lo e como? A presença do véu deve ser tida como sagrada ? Espero que nestas perguntas,caso seja possível,peço para que me respondam individualmente, acredito que existam pessoas que entederiam muito mal este meu interesse.O Caderno V tem pessoas que o procuram com experiência e estudos dentro da dança,como pessoas que por um "acaso" estão navegando e levariam estas perguntas como coisa de "bruxaria". Preciso destas respostas,estas dúvidas não estão apenas comigo mas com uma aluna que veio pedindo para "batizá-la"...Bom,espero que vc tenha entendido a minha pressa.Não quero inventar nada,quero a verdade,a sinceridade.Se existe ? Até acredito que haja algo "enrraizado", mas nada confortável e fidedigno de passar isto adiante,sem ser clara o suficiente e de preferência com dados registrados históricamente, quero passar a informação bastante segura para esta aluna ou qualquer outra pessoa. Confio muito em sua seriedade e é por isso que fiz questão de perguntar a este Jornal. Obrigada. Sylvia de Oliveira, Recife/PE

R. Não existe nenhum dado histórico que aponte para rituais de iniciação das bailarinas ao longo dos tempos. Não se esqueça que a dança do ventre é orgânica,ou seja, é natural do seu corpo, isso significa que você não tem que pedir autorização ou benção de ninguém para começar a se expressar através da dança.Os rituais de iniciação são uma coisa muito séria que pertencem às tradições espiritualistas do Oriente (China ,Tibet,Índia,Japão). Isso não significa que você não deva respeitar as grandes mestras que já tem um trabalho consagrado porque a arte não é um processo individual, mas é um trabalho coletivo através das gerações. No Oriente Médio as bailarinas dançam com o nome e sobrenome de batismo,aqui no Ocidente para dar maior credibilidade e proximidade com uma outra cultura, que não é a sua própria,é comum as bailarinas adotarem um nome árabe para fins artísticos. Isso agrada ao público e aumenta a empatia,porém não é obrigatório você tem que se sentir a vontade com esse novo nome.Gisele Bomentre, que é uma bailarina consagrada no mundo árabe, sempre se apresentou com seu nome verdadeiro, o que não impediu seu sucesso. Só para finalizar: continue pesquisando, não aceite informações que não tenham comprovações históricas (livro, autor, data histórica, fonte). Existe muita mistificação desnecessária e mentirosa em torno dessa dança."O Caminho da Arte é o caminho da Verdade". Sucesso ! (Simone Bomentre, estilista de roupas, professora e dançarina do ventre, 5084-6510, [email protected])

* Se você tem alguma dúvida ou sugestão, entre em contato conosco.

** Sua pergunta poderá ser respondida por profissionais de diferentes partes do mundo.

HORÓSCOPO CIGANO (contribuição de Tatiana Bandeira, Osasco/SP, [email protected] )

Moeda (23/09 a 22/10) - Libra: A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça, e relacionada à riqueza material e espiritual, que é representada pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual. A pessoa sob esta influência é sensível, charmosa, vive de amores e sentimentos. Tem que estar apaixonada sempre. As atenções se voltam para você facilmente. Tem talentos artísticos e decorativos. Adora ajudar as pessoas e vive para isso, razão pela qual está sempre cercada de amigos e companheiros.

Espaço Cigano

Pelo mundo

Muitos países tiveram sua cultura influenciada pelos ciganos ou então os influenciaram, de alguma forma, em sua adaptação aos costumes locais. Para os ciganos, tocar música é sinônimo do ato de criar algo novo, possuindo uma grande visão româtica e dramática, onde seu canto e dança são uma fonte interminável de inspiração, exercendo profundo fascínio. Vejam no caso da Hungria, onde os ciganos se destacaram muito, principalmente no estilo das czardas húngaras, acompanhando com seus violinos, címbalos e instrumentos de sopro.

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ABC dos Ritmos

El Zaff: Este ritmo de quatro tempos, possui duas variações, com predominância de toques graves, acompanhados de pandeiros árabes (Mazhar e daff). Utilizado para a entrada da noiva nos casamentos com gritos de alegria (zhagarret, zahlhuta). O casamento é um dos pilares mais importantes dentro da cultura árabe e suas festas são repletas de rituais e tradições como a hora do Zaff.

Masmoudi: Ritmo de oito tempos, algumas vezes denominado de Masmoudi el Kebir (grande), quando os sons graves são em número de dois no início da frase e mais um no meio. Diz-se também que, é denominado de Masmoudi Guerreando, devido aos seus sons serem similares à uma disputa entre homens e mulheres. Quando os sons graves guias do inicio da frase são em número de três e mais um no meio, diz-se Masmoudi Caminhando, ligado à um deslocar mais largo. Muito utilizado na dança do ventre. Masmoudi fornece à dançarina a possibilidade de acentuar seu quadril nos diferentes Dums (sons graves) de diversas maneiras.

........................................................................................................Merit Aton (pesquisadora, dançarina e professora de dança do ventre, derbackista, 274-3818, [email protected], http://www.geocities.com/ )

Curiosidades árabes (contribuição de Magda Mizuoti, pesquisadora de cultura árabe, professora e dançarina do ventre, autora do livro Al Hadará, 5631-3984, [email protected] )

Todo árabe é narigudo ?

Nem sempre. Os sírios-libaneses em sua maioria tem um nariz saliente, bem como os sauditas, mas existem muitos árabes cujo o nariz passaria desapercebido. Os vários grupos árabes tem características variadas, a cor da pele muda do branco ao moreno, que andando pelas ruas de São Paulo, poderia ser classificado como um mulato, ao negro da região de Magreb e aos loiros que a primeira vista passaria por descendentes de italianos ou alemães. Na verdade essa diversidade só tem uma explicação: DNA e suas combinações, determinantes de características humanas, e a tese sustentada por alguns cientistas de que a pigmentação da pele, o encaracolado ou liso dos cabelos, entre outras, tenham a ver com o clima onde residem ou de onde vieram. E uma resposta aceitável, tendo em vista as áreas do globo que os árabes habitaram com suas expansões e as regiões onde habitam e foram o berço de sua civilização, as regiões do Oriente Médio e Magreb (Norte da África).

Dica do mês

Sacerdotisa, casa de chá, com shows de dança do ventre, recém-inaugurada, localizada no Zona leste de São Paulo (295-6003).

O último workshop de danças ciganas de Estrela e Clarice foi muito elogiado !! Legal !!

Acontecendo...

Fadua Chuffi e Scharazade aparecem na revista Viva feliz, de agosto/99, comentando sobre a influência da dança do ventre sobre a mulher.

Já a revista Boa Forma, de agosto/99, fez uma grande reportagem ("a sedução da dança do ventre"), falando sobre movimentos e benefícios da dança do ventre. No final relaciona vários locais onde pode-se aprender a dançar, em diferentes cidades do Brasil. No destaque, está a dançarina Patrícia Bencardini.

A revista Viva melhor, em sua primeira edição, teve como assunto de capa a dança do ventre, dando oportunidade as cariocas, principalmente a professora Cristiane Fonseca.

Espaço Cultural Lince Negro de Campinas/SP convoca dançarinas a participarem de seu vídeo O milênio e a mulher milenar, (19-243-8647)

III Coquetel árabe de Brasília, promovido por Paula Cunha, em 25/setembro, [email protected]

I Mercado Oriental de Jundiaí, 31/outubro, [email protected].

1o. Festival Nacional de dança de Ponta Grossa/Paraná, 23 a 26/setembro ([email protected] ).

Cristina Schaffer, de São Paulo, especialista em dançaterapia, estará em setembro ministrando workshops de dança do ventre em Viena/Aústria (523-3971, [email protected])

Guilda Mattar está organizando workshop de um dia com várias professoras de dança do ventre, sobre vários assuntos. Próximo: dia 19/setembro na Academia Activa de São Paulo (3064-0937).

Para outubro, em várias cidades do Brasil, workshop de danças folclóricas e dança do ventre, com o coreógrafo do Líbano SAMI KHOURY (6966-5357 com Omar ou Olga Naboulsi).

De 8 a 12/outubro, Festival de dança em Campos do Jordão, com prêmios e várias modalidades de dança (4992-0314).

No dia 29 /outubro a Boutique Cigana estará realizando a "Festa Cigana - Caminhando para 2000" . A alegria cigana marcará a entrada do novo milênio, com jantar, música ao vivo, rituais, shows de dança cigana, flamenco, dança do ventre, performances circenses e outras atrações. (229-2420)

Curso de Aperfeiçoamento - Merit Aton produções, dias 23 e 24/outubro, Técnicas para Coreografias, Ritmos Orientais e Folclore, com música ao vivo e performances especiais (274-3818, [email protected], http://www.geocities.com/Paris/Jardin/1029).

Programa Orient Express - RADIO 102,5 FM, São Paulo, diariamente, com apresentação de CarlosMoufarrej. Sempre com os principais lançamentos do Oriente e da Europa. Segunda à sexta,das 20 às 21 h, aos Sábados, das 20 às 22 h (853-7566).

AULAS, CD-ROM E VÍDEOS DIDÁTICOS Claudia Cenci

Aula prática de dança do ventre vols. I e II (com dança da espada e dança da bengala).

TELEFONE: (011) 9125-8639

e-mail: [email protected] -Web page: http://www.hhh.com.br/claudia-cenci

AULAS,VÍDEOS E LIVROS de Dança do Ventre

Com ESTRELA - dançarina e professora de dança do ventre, dança folclórica árabe e dança cigana.

Tel.: (011) 9932-4662

e-mail: [email protected] -Web page: http://www.geocities.com/HotSprings/5398

JORNAL CARTA DO LÍBANO

tel: (011) 223-7977

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