Boletim Mensal * Ano V * Janeiro de 2007  *  N.º 46

           

 

 

Ex.mos. Senhores Primeiro Ministro de Portugal, Engenheiro José Sócrates,

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Luis Amado e Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. António Braga

Projeto de Reestruturação Consular

Do projeto que chegou a nossas mãos, consta, para surpresa de toda a Comunidade Portuguesa, o rebaixamento de categoria, de Consulado para Vice-Consulado, da representação de Portugal no Distrito Consular do Recife que abrange os Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, mais de 630 mil quilômetros quadrados, uma área quase sete vezes maior que Portugal, e onde poderão viver entre 200 e 300 mil portugueses e luso-descendentes.
        A 4 de Abril de 1863, no reinado de D. Luís, foi assinada a Convenção Consular entre Portugal e o Brasil. Acreditamos que, pouco tempo depois, tenha sido inaugurada a nossa Embaixada no Brasil e os primeiros Consulados que, supomos, tenham sido o do Rio de Janeiro, a então capital federal, São Paulo, Salvador e Recife.
        É pois já secular o nosso Consulado no Recife.
        Quantos portugueses vivem neste Distrito Consular, ninguém sabe. V. Exas. sabem bem que aí em Portugal o eleitor ou eleitora não vai votar embora sua mesa eleitoral fique a pouca distancia de sua casa e vai para a praia, ao futebol
ou simplesmente fica no café ou em casa a ver o futebol na TV e não vai votar. O voto não é obrigatório.
        Aqui o português só vai ao Consulado quando precisa de algum de seus serviços. Registrar-se no Consulado ou inscrever-se no caderno eleitoral, para quê? Ele mora a mais de 400, 500 quilômetros da mesa de voto ou, quando não, a mais de 1.000. Alguém, não sendo obrigado a fazê-lo, irá viajar estas distancias para dar o seu voto a quem não conhece, nunca viu e eleger um deputado que pouco ou nada irá fazer pelos emigrantes que o elegeram? Certamente que não.
        O Consulado do Recife atende a mais de 1.000 pessoas todos os meses e se a pretensão é reduzir as despesas com funcionários, achamos muito difícil.
        O nosso Consulado tem hoje o Cônsul, a Vice-Cônsul, que ao que julgamos saber está prestes a se aposentar, e quatro funcionários. O cargo de Chanceler está vago há mais de 40 anos e o ultimo funcionário que saiu ainda não foi substituído.
        E depois, Exas, ao contrário do que se passa em alguns de nossos Consulados espalhados pelo mundo, no Recife, o Cônsul, Dr. Fernando Jorge Marcos, a Vice Cônsul, Dra. Fátima Almeida e a equipe que com eles trabalha, só recebem elogios daqueles que deles precisam para qualquer documento ou informação.

Continua na página seguinte

Hosted by www.Geocities.ws

1