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No início dos anos sessenta entrou em minha casa a Osga de Alvalade. Exemplar de grande categoria, esta podenga pequena de pelo liso era o resultado de um demorado processo de selecção e apuramento da raça levado a cabo pelo meu tio António, a quem se deve em grande parte a sobrevivência dos podengos como raça e como património genético. Infelizmente como reprodutora a Osga não deu grandes provas e apenas foi utilizada uma vez. Mas marcou um determinado tipo de podengo, que para mim ficou como imagem do ideal a perseguir. A Osga viveu até aos finais da década de setenta, mas a sua memória continua bem viva naqueles que com ela viveram... É devida aqui uma referência especial ao meu tio António Cabral, principal impulsionador da determinação dos standard dos cães portugueses nos anos quarenta e cinquenta do século XX, e criador de mérito, sobretudo nos Podengos Pequenos e nos Cães de Água, com o afixo de Alvalade.
Mais tarde, nos anos oitenta, voltei a ter um cão. Desta vez um exemplar Cão de Água de longa pelagem preta que se chamava Faro. Desapareceu uns anos mais tarde, sem que viesse a saber o que lhe aconteceu. Prometi então que só voltaria a ter cães quando pudesse ter condições para a sua criação, manutenção e desenvolvimento. CANIL DO MARANHÃO Nos finais de 1994 decidi ir morar para o Alentejo, afastado do burburinho das cidades, e foi aí que renasceu o prazer pela companhia dos cães... primeiro como resultado de alguns exemplares que me foram oferecidos por pastores da região, cães sem raça definida mas excelentes companheiros, guardas e condutores de rebanhos de ovelhas. Depois, quando em 1997 adquiri os primeiros exemplares Rafeiros do Alentejo, o Ibérico, hoje campeão de Portugal, e a Cinzeira, com óptimas provas dadas como mãe de alguns dos melhores exemplares saídos do canil. Entretanto procedi ao registo do afixo do Maranhão e com ele tenho tentado manter uma linha de Rafeiros que aliem as suas qualidades de guarda àquelas que se esperam de um cão com quem as crianças podem brincar... Alguns meses mais tarde foi-me oferecida por um pastor uma excelente fêmea, a Dagorda, que não hesitei em submeter a exame do CPC, obtendo assim o seu R.I. Em boa hora o fiz, já que o seu contributo genético para a linha dos nossos Rafeiros se veio a revelar muito importante. Em 1998 recebi uma prenda que se veio a revelar determinante na direcção que o Canil tomou. De casa dos meus amigos Carlos e Maria Helena Cunha veio a Amêndoa, exemplar de podengo na linha da velhinha Osga de boa memória. E foi a partir dela que se desenvolveu o trabalho de criação, com a ajuda do amigo Luis Macedo e do seu macho Le Chien de La Follie Myosotis. Devagar, que a criação de cães é um trabalho para toda a vida, até Julho de 2002 tinham sido registados 67 animais no Canil do Maranhão.
HOJE Hoje, e como resultado de uma grande mudança na minha vida particular, o Canil do Maranhão viu os seus efectivos diminuirem, sem que o seu objectivo principal – a criação de Rafeiros e de Podengos Pequenos de Pelo Liso – fosse afectado. Infelizmente não foi possível prosseguir o trabalho com os Podengos Médios de Pelo Liso, e no que respeita aos Podengos Grandes de Pelo Liso, apenas se guardou um casal. Com dois núcleos de criação, na Europa e na América do Sul, o Canil do Maranhão tem um efectivo de quatro Rafeiros, dois machos, ambos campeões de Portugal, e duas fêmeas, cinco Podengos Pequenos de Pelo Liso, três fêmeas e dois machos, dos quais um campeão de Portugal, e um casal de Podengos Grandes de Pelo Liso, aguardando-se para breve uma ninhada de Podengos Pequenos e outra de Rafeiros. |
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