Tapada Nacional de Mafra

Codeçal, Mafra, 01JUL00



TAPADA NACIONAL DE MAFRA

"Roteiros de Aventura" / Câmara Municipal de Mafra

Terreno Montanhoso e algo técnico.

Distância Total: 23 kms.
Grau de Dificuldade: Médio
Duração Aproximada: 03:00
 

MAPA DO PERCURSO

(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)


LOCAIS DE INTERESSE NA INCURSÃO

ZONA DO CELEBREDO

MUSEUS DE CAÇA E CARROS DE TRACÇÃO ANIMAL

CERCAS DE ANIMAIS NO CABEÇO DA TOJEIRA

PANORÂMICAS DO VALE DO RIO SAFARUJO

VESTÍGIOS DOS FORTES DE SONÍVEL E MILHARIÇA

TORRE DE CAÇA DE JAVALI

FAUNA E FLORA RIQUÍSSIMOS DA TAPADA


A TAPADA NACIONAL DE MAFRA

RESENHA HISTÓRICA

Na sequência das obras de construção do Convento de Mafra, iniciadas em 1717 por ordem de D. João V e da sagração da sua Basílica, efectuada em 1730, foi decidido construir um parque adjacente ao Convento que lhe servisse de logradouro, para o fornecimento de lenhas e outros produtos e, ao mesmo tempo, de local de lazer.
Dessa forma por ordem daquele monarca é criada a Tapada Real de Mafra, cujos terrenos foram, nos anos de 1744/1748, adquiridos por compra, e nalguns casos por expropriação forçada, tendo desde logo sido adjudicada a empreitada de construção do muro que a circunda em toda a extensão e cujo comprimento total é de 21 Km.
A criação da Tapada Real de Mafra deu origem a várias lendas, entre as quais se pode referir a história da Velha da Chanquinha.

Diz-nos esta lenda que havia uma velha que vivia no seio da Tapada, num local a que hoje se chama "Currais da Chanquinha".

O Rei, com o objectivo de a convencer a sair dali, ofereceu-lhe um barrete cheio de moedas de ouro. Por sua vez a velha, como gostava muito das suas terras, ter-lhe-á oferecido dois barretes cheios de moedas de ouro para de lá não sair.

Porém, ainda segundo a lenda, a velha lá foi obrigada a abandonar aquele local, tendo ido viver fora da Tapada para uma povoação que, devido à sua teimosia, ainda hoje é chamada A-da-Perra (Lugar da Teimosa).

Aquando da sua constituição, a Tapada Real ficou com uma área aproximada de 1.187 hectares sendo, ao que se julga posteriormente, dividida em três partes.

A 1ª Tapada tem uma área de 360 hectares, encontrando-se afecta à Escola Prática de Infantaria e Centro Militar de Educação Física e Desportos, servindo de seu campo de apoio.

Esta 1ª Tapada, contígua ao Convento de Mafra, engloba o Jardim do Cerco, com 8 hectares, com acesso por um portão existente do lado esquerdo do Palácio Nacional de Mafra e que, presentemente, se encontra sob administração da Câmara Municipal de Mafra.

A 2ª Tapada, ou Tapada do Meio, e a 3ª Tapada, ou Tapada de Fora, têm a área de 819 hectares, constituindo hoje uma única unidade.

Desde o século XVIII até à implantação da República, a Tapada Real de Mafra foi local privilegiado de lazer e de caça dos monarcas portugueses que aí encontravam condições ideais para a caça ao veado, gamo, javali e caça menor, nomeadamente coelho, perdiz, lebre e galinhola.

Há notícias que em 1751 se realizou uma caçada real durante 3 dias em que foram mortos 6 veados, 35 gamos, 5 javalis e muita caça menor, ao tempo bastante abundante.

Aquando das Invasões Francesas, foram construídos na Tapada Real de Mafra, dois fortes integrantes da 2ª Linha de Torres, o do Sunível e o da Milhariça, cujos vestígios ainda hoje se podem observar.

Em 1840, por iniciativa de D. Fernando é instalada a Real Coudelaria de Mafra para os poldros das reais manadas de Alter do Chão aí completarem a sua criação. Esta Escola manteve-se na Tapada até à sua extinção em 23 de Setembro de 1859.

Em 1848 é criado o Real Colégio Militar em Mafra, dando início à influência dos militares na Tapada, reforçada em 1887 com a criação da Escola Prática de Cavalaria e Infantaria.

Nos reinados de D. Luís e D. Carlos a Tapada Real de Mafra conheceu um período áureo como Parque de Caça, tendo-se procedido ao seu repovoamento e rearborização e construído um Pavilhão de Caça no Vale do Celebredo, ainda em bom estado de conservação.

Com a implantação da República a Tapada Real passou a denominar-se Tapada Nacional de Mafra.

Nos primeiros anos, a Tapada Nacional de Mafra passou por várias vicissitudes, tendo em 1920 sido extintas as populações de veados, javalis e reduzida a de gamos.

Em 1939 o veado voltou a ser introduzido com animais provenientes da Quinta da Torre Bela.

Em 1941 com a entrega da 2ª e 3ª Tapada à Direcção Geral dos Serviços Florestais e Agrícolas e sob a administração de D. Segismundo Saldanha, deu-se início a um novo período da Tapada Nacional de Mafra, com a sua passagem a Parque Nacional de Caça.

São construídas várias casas de guardas florestais, procede-se à construção e melhoramento dos caminhos e aumenta exponencialmente a população de cervídeos. Na década de cinquenta o javali foi novamente reintroduzido. A Tapada Nacional de Mafra era utilizada fundamentalmente para a caça maior e para actos protocolares.

A partir de 1974 a Tapada entrou numa fase de declínio constatável, designadamente, a nível do desordenado crescimento da população de cervídeos, da degradação do património construído e dos caminhos, etc..

 
Em 1975 a Tapada Nacional de Mafra é aberta ao público, o que deu lugar a uma excessiva presença humana - dias houve em que entravam na tapada cerca de 5.000 pessoas - com os inevitáveis inconvenientes a nível de conservação do património construído e da preservação do espaço natural.

Após o grande incêndio, ocorrido em 19 de Julho de 1981, a Tapada foi encerrada ao público, apenas retomando o acesso público em 1991, embora de forma muito restrita.

Em 1989 foi criada a Zona de Caça Nacional da Tapada de Mafra com o objectivo de gerir e explorar racionalmente a população cinegética aí existente.

   
Mais recentemente, em Julho de 1993, a Tapada Nacional de Mafra foi concessionada à ENDAC - Empresa Nacional de Desenvolvimento Agrícola e Cinegético, S.A., que era uma sociedade de capital exclusivamente público dependente do Ministério da Agricultura.

Em Março de 1996 foi deliberada em Assembleia Geral a extinção da ENDAC, data a partir da qual a Tapada passou a ser gerida por uma Régie-Cooperativa, que deu continuidade às obras iniciadas pela ENDAC, criando condições indispensáveis à gestão de actividades que se considera de interesse desenvolver na Tapada de Mafra - investigação e preservação da fauna e da flora, educação ambiental, turismo rural e caça.

( in http://www.cm-mafra.pt)


ALGUMAS IMAGENS DA TAPADA NACIONAL

(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)

. Gamos junto aos comedouros...

. Cavaleiro...

. Veado...

. Javalis ...

. Gamos...

. Idem...

. Aves de rapina...

. Grande Plano de Javali...

. Gineta...

. Canis Lupus

. "Lodge"de caça da zona do Celebredo - museus da Tapada (caça e carros de tracção animal)...

. Museu de carros de Tracção Animal...

. Combóio Turístico no Celebredo...

. Outro "Lodge"

. Sala de jantar típica de ambiente cinegético...

. Bosque na Tapada

(photos by http://www.cm-mafra.pt)


COMENTÁRIOS

De: A. Pedro Roque Oliveira <[email protected]>
Para: velocipedia egroup <[email protected]>
Assunto: Último Fim de Semana Velocipédico - 160 kms BTT em três dias !
Data: Terça-feira, 4 de Julho de 2000 20:00

Ave e-VL,

O esforço passou por aqui. Em três dias (5.ª, sábado e domingo) foram mais
de 150 kms. sempre a pedalar.

SÁBADO - TAPADA NACIONAL DE MAFRA - PEDALAR NUM ESPAÇO DE ELEIÇÃO (cerca
de 25 kms.)

Ainda mal recomposto dos 100 kms. do Cacilhas / Cabo lá fui até ao Codeçal já que não poderia faltar ao desafio da Tapada Nacional (nas duas vezes anteriores tinham existido impedimentos vários) e em boa hora, a Tapada é um espaço magnífico que, devido à circunstância de usufruir do seu nome (isto é: de ser "tapada") está num magnífico estado de conservação, não vi sequer
um papel no chão !

Por outro lado o facto da incursão ter a "chancela" dos "Roteiros de Aventura" (CMM) era garante de qualidade, que se sublimou quando éramos, no total e com guias incluídos, 10 ciclistas (!). Uma palavra muito especial aos nossos guias habituais: o Pedro e o Bruno que para além de serem grandes betetístas são excelentes seres humanos, finos no trato e na simpatia e hospitalidade com que nos recebem, bem hajam !


A circunstância de pedalarmos num espaço com magníficos espécimens faunísticos em estado semi-selvagem (lobos, gamos, veados, raposas, ginetes, javalis, saca-rabos, etc.) constituiu um aliciante suplementar. Não faltaram as subidas infernais e as descidas de "cortar a respiração" a mostrar que é um dos melhores locais para pedalar em Portugal. Aliás tenho que admitir (muito por culpa dos "Roteiros de Aventura") que o concelho de Mafra é não só, mas também, betetísticamente, uma caixinha de
surpresas com espaços magníficos.

Saudações Virtuais, Virtual Best Regards

António Pedro Roque Oliveira
[email protected]
http://www.geocities.com/caminhos_2000
__O
_-\<,_
(_)/ (_) moderador "Velocipedi@"


PLANOS FOTOGRÁFICOS DA INCURSÃO BTT

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. Concentração à partida no Portão do Codeçal...

. Junto à cerca dos Saca-Rabos no cabeço da Tojeira...

.Idem, vendo-se um exemplar no interior da gaiola...

. Pausa no Cabeço da Tojeira, FS em primeiro plano...

. Plano picado da pausa junto à Torre de Caça ao Javali...

. O magnífico panorama observável da Torre...

. Subindo à Torre...

. Um certo moiro à sombra da Torre...

. Outros betetístas na pausa...

. O simpático e eficiente "staff" da CMM...

. Mesa posta na pausa...

. O Grupo rolando na zona do Celebredo...

. Subida dura na zona do Sonivel...

. PR apontando o Codeçal...

. FS subindo a caminho do Sonivel...

. No final da interminável descida de novo na entrada do Codeçal...

. O relevo era de respeito...

. Parque de estacionamento no portão do Codeçal, a chegada...

. De novo a mesa à chegada, ou a falta de temas fotográficos...

. PR junto ao portão do Codeçal...

( photos BTT by Pedro Roque)

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