"O Triângulo dos Ribeiros (Coudelaria Real)"

Portalegre, Crato e Alter do Chão, 09ABR00



COUDELARIA REAL D'ALTER DO CHÃO

No final do reinado de D. João V (1706-1750), criaram-se duas notáveis organizações para o desenvolvimento de cavalos. Em 1748 foram fundadas as Coudelarias de Portel e d'Alter, sendo transferidos para esta última, em 1757, os melhores exemplares de Portel.

O Rei D.José I (1750-1777), decretou entretanto em 1753, um modelo administrativo para as duas coudelarias, que passaram a depender do monteiro-mor da Casa de Bragança.

Devido às exigências sociais e culturais ligadas a uma prática equestre intensa, numa época em que nas tradições da Corte a arte de montar a cavalo ocupava um lugar primordial, a Coudelaria d'Alter tornou-se o grande fornecedor das montadas para os estábulos reais. A raça desenvolvida atingiu um alto grau de prestígio e os seus cavalos são internacionalmente apreciados.

A Coudelaria d'Alter, hoje tutelada pelo Serviço Nacional Coudélico, tem a mesma localização e mantém os mesmos propósitos, sendo um dos seus objectivos o fornecimento dos cavalos à Escola Portuguesa de Arte Equestre.


Espécies nobres da Cetraria Clássica

As aves de caça constituem um grupo de espécies com características bem definidas que em linguagem cetreira recebem o nome de "aves nobres". A natural faculdade para apresar, a agressividade, a valentia, a velocidade e a força, são alguns dos atributos das aves deste grupo. Distinguem-se de outras aves de rapina, ditas "ignóbeis", onde se incluem dezenas de espécies rapaces, que ao longo da evolução desenvolveram distintas faculdades para procurar o alimento e se especializaram sobre determinados leques alimentares, tendo cada espécie desenvolvido técnicas próprias, incluindo a pesca, a caça nocturna, os hábitos necrófagos, ou mesmo dietas exclusivamente necrófagas.

As aves nobres de cetraria constituem, pois um grupo reduzido de espécies do qual distinguimos duas grandes linhagens: "as aves de alto–voo", pertencentes ao género Falco, e "as aves de baixo-voo", pertencentes ao género Accipiter.

São também utilizadas em cetraria, embora excepcionalmente, algumas espécies do género Aquila.

Em todas as aves de presa existe um marcado dimofismo sexual. As fêmeas de todas as espécies são maiores que os machos, recebendo na nomenclatura cetreira o nome de primas, por serem sempre as preferidas para a caça. O macho recebe o nome de treçó por ter, sensivelmente, um terço do peso da fêmea..



COUDELARIA D' ALTER DO CHÃO

Organização - Centro Recreativo e Cultural Ases do Pedal, Portalegre

Terreno pouco acidentado batante enlameado nalguns locais, inúmeros ribeiros

Distância Total: 80 kms.
Grau de Dificuldade: Médio
Duração Aproximada: 06:00
+

BELEZA DA REGIÃO NORTE ALENTEJANA

ORGANIZAÇÃO

INÚMEROS RIBEIROS

VISITA À COUDELARIA

-

NADA A ASSINALAR

 

Grau de Agradibilidade Betetística

* * * * *


MAPA DA REGIÃO DO PERCURSO

(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)

 


LOCAIS DE INTERESSE NA INCURSÃO

MONTADO NORTE ALENTEJANO

PORTALEGRE, CRATO E ALTER DO CHÃO

COUDELARIA REAL - ARTE EQUESTRE E CETRARIA

PONTE ROMANA


COMENTÁRIOS

De: Hugo Santos <[email protected]>
Para: Eduardo Dias <[email protected]>; A. Pedro Roque Oliveira <[email protected]>; João Raposo <[email protected]>; Fernando Alves Soares <[email protected]>; João Sousa <[email protected]>
Assunto: Obrigado Portalegre
Data: Segunda-feira, 17 de Abril de 2000 15:14

Ave Homini Velox,

Apesar do elevado volume de trabalho vou-me antecipar
novamente às excelentes crónicas do PR e a razão é
bastante simples, é que desde ontem que este
pensamento não me sai da cabeça: "Obrigado
Portalegre!"

Mas vamos por partes...Domingo 5:45h toca a despachar
que tinhamos pela frente 220Km até Portalegre para
participar no passeio organizado pelo clube local
"Ases do Pedal". A perspectiva de realizar um passeio
durante todo o dia, com almoço e visita à Cudelaria de
Alter do Chão, ajudava ao elevado nível de adrenalina
e nem o atraso do PR (não te escapas desta hehehe)
desanimou as hostes compostas "apenas" (tem sido
hábito) por PR, FS, LP e HS.

Chegámos sem atraso de maior e após um primeiro
contacto com a organização e demais participantes
re-confirmámos que o passeio seria um "ir e vir" a
Alter do Chão, por caminhos distintos, sem grandes
desníveis mas com um "bónus" extra: teriamos umas
ribeiritas para atravessar... tudo isto numa extensão
prevista de 80Km !!!

Com um grupo de 34 participantes representando vários
escalões etários (desde os 11 aos ... anos) a
organização deu logo mostras de um excelente
"profissionalismo" do qual destaco: Guia a abrir e
outro guia a fechar o grupo e Jipes de apoio logístico
e médico...com direito a cobertura mediática (leia-se
fotos e video).

O percurso até Alter para além de um excelente
enquadramento paisagístico, teve o seu ponto alto no
cruzamento das tais ribeiras (algumas com nível acima
do joelho) em que o PR demostrou todos os seus dotes
de bem navegar tomando quase sempre a iniciativa no
cruzamento a pedalar das ditas, e após uma resistência
inicial foi secundado pela maioria dos participantes
que nos valeu momentos de grande "frescura nos pezes".

Já em Alter e após um agradavél e saboroso almoço
fomos presenteados com uma visita guiada à Cudelaria
com observação das "belas" instalações e nobres
animais (cavalos e falcões). Foi um momento cultural
deveras interessante que considero com uma mais-valia
acrescentada ao evento.

No regresso a Portalgre, por outros trilhos, voltámos
a cruzar as nossas amigas ribeiras e simultaneamente
observámos as serras (Mamede, Marvão) que envolvem
Portalgre e que nos aguçaram o apetite para uma futura
visita...no final os 80Km já pesavam nas pernas mas a
satisfação por um dia bem passado estava bem espelhado
em todos nós.

E isto leva-me de volta ao início desta crónica... o
que dizer de uma organização responsável, eficiente,
(liderada pelo bem disposto Manuel Vilela) que por um
preço simbólico (chegando a ter prejuízo) nos
proporciona tamanha satisfação ?? Que dizer daquela
gente toda que nos recebeu com um sorriso na cara, nos
mostrou a sua terra e nos fez sentir no meio de amigos
de longa data? A mim, e porque não me quero esquecer
de ninguém, ocorre-me um "Obrigado Portalegre!"


Um abraço,
Hugo


De: A. Pedro Roque Oliveira <[email protected]>
Para: hugo noel <[email protected]>; Eduardo Dias <[email protected]>; Fernando Alves Soares <[email protected]>; Hugo Noel Almeida Santos <[email protected]>; João Carlos SOUSA <[email protected]>
Assunto: O Triângulo dos Ribeiros
Data: Terça-feira, 18 de Abril de 2000 19:48

Ave Homini Velox,

Com algum atraso motivado pelo inúmeros afazeres que tenho tido esta semana
aqui vai a análise ao passeio de domingo: palavras para quê? Foi um passeio
norte alentejano de primeirissíma qualidade. A organização foi simplesmente
estupenda - nunca vi nada assim!
Tudo se parece ter-se conjugado para nos proporcionar uma jornada
inesquecível.
Mesmo o dia crítico do nosso FS "Carvalho da Silva", visto agora já a alguma
distância conferiu um toque pitoresco à deslocação. Quem disse que são só as
mulheres que
têm dias difíceis?
De referir que circulámos num triângulo que concentra uma parte muito
importante da História de Portugal. Numa altura em que as zonas de fronteira
tinham uma importância capital na conservação da independência nacional (até
meados do séc. XVII) o Crato, por exemplo foi cabeça de uma ordem militar do
mesmo nome.
A saída de Portalegre deu logo o mote: uma ribeira cheia de água - pela
altura do joelho comigo a dar o mote de passar o vau sem parar e com
ciclistas habilidosos a tentarem passar sem molhar a meia. Muitas, mesmo
muitas e deliciosas ribeiras se seguiram, onde se apreciaram os dotes de
ilusionismo e de improviso na tentativa inútil de passar seco (as passagens
das ribeiras são dos momentos mais agradáveis do BTT, pena que muitos não se
convençam disso...).
Por outro lado quem pensava que iriamos ter um passeio monótono pelo meio de
searas de perder de vista, cedo verificou o seu engano. Rolar no montado,
bem verde e molhado sem casas, nem carros à nossa volta apenas observados
por calmos ruminantes é das sensações mais agradáveis. O montado desta
região consegue ser suficientemente acidentado para quebrar a monotonia e
permitir uma selectividade e até uma certa dureza, agravada pelos 80 kms
(!).
De destacar a dupla queda de dois HV:
. PR a fechar o fecho eclair em plena
descida técnica, mas com uma recepção no solo que, fruto de uma grande
experiencia, resultou numa espectacular cambalhota sobre o ombro esquerdo e
imediata remontagem sem qualquer consequência que não fosse uma garagalhada;
. LP que após várias ameaças resolveu, finalmente, embrulhar-se com o
respectivo velocípede embora, desta vez, tenha protegido bem o seu selim
novinho em folha com o corpo. Também sem consequências.
Para além da passagem de ribeiros a transposição de cercas também se revelou
um dos momentos agradáveis a fazer jus aos nossos dotes de aventureiros. Não
é só a pedalar que se tira satisfação...
O almoço e a visita à coudelaria nacional de Alter foram momentos
inesquecíveis. A tradição do local, funado por D. João V e o contacto com a
pureza da raça lusitana e os exemplares de
rapina da nobre arte de cetraria decerto que, só por si, teriam merecido a
pena a visita.
No regresso mais umas ribeiras coisa que muito me agrada, só foi pena não
ter podido transpôr uma delas devido á poluição que transportava (parece que
a ela afluía o esgoto da cidade de Portalegre - urge tratá-lo) e depois
aquela
sensação de chegar ao final completamente extenuado mas feliz...
Nem sequer posso falar em surpresa. De facto algo, do domínio intuitivo, me
dizia que o passeio iria ser assim. As espectativas foram integralmente
correspondidas. Bem haja Portalegre ! Mal podemos aguardar pela próxima
organização dos amigos do pedal!

Saudações Virtuais, Virtual Best Regards

António Pedro Roque Oliveira - [email protected]

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PLANOS FOTOGRÁFICOS DA INCURSÃO BTT

(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)

hhhhh

 

Concentração pelas 08:30 nas Piscinas dos Assentos em Portalegre

LP (à esquerda) e o nosso estupendo anfitrião Manuel Vilela dos Ases do Pedal de Portalegre ainda na concentração.

PR com um elemento dos Ases do Pedal na concentração.

Fotografia de Grupo na partida

O Grupo no final de uma descida rápida à saída de Portalegre.

Uma pausa junto à viatura de apoio.

BTT y Toros ou , um toque ibérico na incursão.

Cruzando Ribeiras ou a espera no garrafão ...

Cruzando Ribeiras ou assistindo à desgraça alheia...

Cruzando Ribeiras ou mostrando como se faz...

Cruzando Ribeiras com guia...

Cruzando Ribeiras? Há qualquer coisa de errado com esta foto...

Cruzando Ribeiras, espectáculo público...

Cruzando Ribeiras, prioridade aos ciclistas...

Cruzando ribeiras sob o olhar complacente das vacas...

Pausa para reagrupamento vendo-se, ao centro, LP e HS e, à direita FS

LP e PR, qual o mais robusto?

Todo o grupo Homini Velox que se deslocou (da esquerda para a direita) FS, HS, LP e PR.

HS, LP e FS.

Cruzando uma espectacular ponte romana.

Rolando no montado...

À direita LP e HS em bom ritmo...

HS chegando à coudelaria real.

FS na entrada da coudelaria real.

Finalmente HS já é um Homem, reparem como cruza destemidamente a ribeira sem receio de molhar o calçado !

FS, LP e HS posando junto ao ribeiro.

Todos os caminhos eram válidos para chegarmos ao Crato.

As máquinas HV repousando junto à ferrovia.

( photos MTB by PR and Amigos do Pedal)

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