"Rota Arqueológica de Sintra"
Odrinhas, Sintra, 25MAR00
ODRINHAS
Organização Sintra Aventura - Câmara Municipal de Sintra |
Distância Total: 23 kms. |
Grau de Dificuldade: Médio |
Tipo de Terreno: Pedregoso Acidentado e Muito Técnico |
Duração Aproximada: 03:30 |
+ ALDEIAS E REGIÃO DE ODRINHAS PAISAGEM NATURAL M.A.S.M.O. |
- TERRENOS DEMASIADO PEDREGOSOS E TECNICAMENTE DESGASTANTES "ZELOSO GUARDA" DO M.A.S.M.O. ("não habia nexexidade") PONTUALIDADE NA SAÍDA |
Grau de Agradibilidade Betetística * * * * |
MAPA DO PERCURSO
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
O M.A.S.M.
MUSEU ARQUELÓGICO DE SÃO MIGUEL DE ODRINHAS
São Miguel de Odrinhas
Estrada Nacional 247 ( Sintra - Ericeira )
Tels.: 961 10 58 / 961 35 74 / 5 / 6 / 7 Fax: 961 35 78
No espaço de uma vila romana do séc. II estão expostos cerca de 300 monólitos com inscrições romanas e visigóticas. Este museu foi fundado em meados do séc. XVI por iniciativa de um grupo de eruditos, entre os quais Francisco d´Hollanda. Recentemente, a Câmara Municipal concebeu e edificou um projecto museológico para albergar este antigo espólio e enquadrá-lo num espaço ambicioso, dotado de salas de exposição, biblioteca, serviço de restauro e áreas de lazer.
Finalmente aberto ao publico, o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas encerra vestígios arqueológicos de ocupações civilizacionais das mais diversas épocas.
Os vestígios aqui encontrados datam desde o séc. I a.C. final da época romana; prolongando-se até àactualidade deixando para trás um importante espólio da época Medieval entre outros.
Do que é acessível à nossa vista, destaca-se, no exterior do museu, os indícios de uma 'villae' romana onde terá existido um templo na área actualmente ocupada pela capela de São Miguel. Contígua a esta, podemos verificar a existência de um outro templo provavelmente paleocristão, e que de acordo com alguns autores podera tar sido uma basilica visigótica.
Sobreposto aos pavimentos romanos, encontrarmos ainda um cemitério medieval onde se conservam algumas cabeceiras das respectivas sepulturas. No interior destas é possivel espreitar os restos das ossadas que ainda se conservam. apesar da frágil protecção. Habitantes mais antigos que a importância desta necrópole fazia com que viessem aqui enterrar gente de locais tão distantes como Sto. Isídoro, ainda para lá da Ericeira.
Bem perto do nosso ponto do partida e chegada situam-se as aldeias de Funchal e Barreira Na primeira são muitas as lendas sobre Mouros que os mais antigos contam. Na segunda destaca-se, num pequeno morro coberto por pinheiros, um interessante conjunto de megal\'edtico composto par aproximadamente duas dezenas do menires, de tamanhos e formatos variados. No meio, por debaixo de um destes menires, reza a lenda que está enterrada uma grade de ouro junto à base...quem procurar irá encontrá-la.
Houve inclusivamente quem quisesse roubar uma destas peças para servir de adorno do seu próprio jardim... Exemplos de alguma falta de bom senso que, por aí vai circulando.
Fica então aqui a nossa homenagem ao principal impulsionador da criação do museu - Dr. Joaquim Fontes, cuja acçaõ se distingue na incansável divulgação e valorização destes achados, desde o ano de 1911, divulgando entusiasticamente o nome de Odrinhas e Sintra, tanto em Portugal como no estrangeiro.
LOCAIS DE INTERESSE NA INCURSÃO
Paisagem natural
Vales, por vezes acentuados, em vários tons verdes
Flora semi-primavril
Aldeia de Broas
Vista sobre Almorquim e Carvalhal
Eira de Faião
COMENTÁRIOS
De:
Hugo Santos <[email protected]>
Para: Eduardo Dias <[email protected]>; A. Pedro
Roque Oliveira <[email protected]>; João Raposo <[email protected]>;
Fernando Alves Soares <[email protected]>; João
Sousa <[email protected]>
Assunto: Crónica_antecipada_de_fimsemana_e_alvito_afinal_não_sei_não
Data: Segunda-feira, 27 de Março de 2000 11:04
SABADO-25/03/2000 - Passeio em Odrinhas (Sintra)
Presenças: HS PR FS ED
Pontualmente lá seguimos viagem para terras próximas à Mons
Lunae para um passeio que encarávamos com alguma
expectativa pois tinhamos bem presente o tipo de trilhos da zona
anteriormente ciclados quando do
passeio de Montelavar.
Claro que cada saída é uma estória e esta até começou de
maneira engraçada começando numa ameaça de chuva
que não se veio (salvo seja !!) a concretizar, ou pela tentativa,
também gorada, por parte do PR em fazer uma
entrada "à lá Fernando" na altura do briefing.
Insólito também, o "cão" de guarda do Museu Arqueológico,
ponto partida do passeio, que tinha
ordens expressas para proibir a circulação de bicicletas na
zona... santa ignorância !
Palermices à parte o passeio em si até que foi bem interessante
e sem ter um relevo acentuado ainda deu
para suar as estopinhas em algumas partes mais técnicas e rampas
mais inclinadas.
O tipo de piso já era nosso conhecido, terra castanha (tipo
barro) com imensa pedra à mistura, que devido às
chuvadas recentes estava bem escorregadio. Não faltou uma
passagem de ribeiro que para além de molhar o
pézinho, sem execpção, ao pessoal, ainda permitiu para alguns
a prática da arte de bem mergulhar (sim !!
mergulho mesmo) talvez para antecipar a época veraneante que se
aproxima.
A lamentar também a rápida desistência, por queda, da única
repreentante do sexo oposto e a infelicidade
daquele participante que partiu !! o crank.
Nas nossas hostes, felizmente tudo correu pelo melhor, sendo que
de significativo apenas o "snakebite" de que
fui alvo já na parte final do passeio... atenção à pressão
dos "pineus" !
Este tipo de passeios é daqueles que vale a pena (modéstia à
parte) pois por uma inscrição simbólica
pudemos disfrutar de trilhos desconhecidos com alguma (bastante
às vezes) técnica e grau de dificuldade.
De: A.
Pedro Roque Oliveira <[email protected]>
Para: hugo noel <[email protected]>; Eduardo Dias <[email protected]>;
Fernando Alves Soares <[email protected]>; Hugo Noel
Almeida Santos <[email protected]>; João Carlos
SOUSA <[email protected]>
Assunto: Reforço ao Balanço Huguiano
Data: Segunda-feira, 27 de Março de 2000 19:21
1. Sábado - "O meu reino por uma free-ride"
O concelho de Sintra é, por excelência, o reino da pedra. Mais uma vez fomos contemplados com uma paisagem lunar e com trilhos eminentemente técnicos. É precisamente nestas situações que me interrogo se uma confortável free-ride não terá vantagens naqueles pisos (só que, depois, nas subidas do dia seguinte, lá se desvanecem todas as interrogações).
De
salientar, igualmente o excesso de zelo do guarda do museu que,
por um lado, confunde velocípedes com viaturas e, por outro,
fecha os olhos aos 1000 quilos do Opel do segurança e aos 3.500
quilos da carrinha municipal. Enfim, o "são ordens" é
sempre a saída airosa para os ignorantes (de referir que cada um
de nós, mais a respectiva "magrela" era mais leve que
o dito
"zelador" em mais de uma dezena de quilos, pelo menos).
Afinal de contas nãosão só os cachorros que ladram aos
ciclistas.
Neste tipo de pisos muito técnicos, todo o cuidado é pouco. A começar na pressão dos pneumáticos como forma de prevenir o esmagamento da câmara de ar (snack-bares :-) nas passagens rápidas de regos e pedras salientes (right HS?). Cuidado também, e sobretudo, por estarmos a rolar em grupo com níveis de andamento algo diferenciados e que motivam que, certas passagens, tenham de ser efectuadas com a máxima prudência já que, basta que o ciclista que nos precede desmonte para que todos tenham, forçosamente de desmontar.
Os entusiasmos podem ser prejuduciais, nada de "tentar apanhar o gajo da frente" já que o terreno é traiçoeiro e as quedas fáceis de acontecerem e com consequência imprevisíveis (o calcário sendo um mineral relativamente brando costuma fazer estragos seja na bicicleta, seja no ciclista).
Sem embargo, quer a paisagem natural, quer a humana são magníficas, nem parece que estamos a poucos quilómetros de Lisboa, mais parece que recuámos no tempo!
A
organização esteve em bom plano, pena é que os eventos passem
a ser , a partir de Abril, bimestrais. Urge protestar!
De: A.
Pedro Roque Oliveira <[email protected]>
Para: Pedro Carvalho <[email protected]>; Artur
Ferreira <[email protected]>; Cristina Pereira <[email protected]>
Assunto: A Insustentável Leveza da Frota Municipal
Data: Segunda-feira, 27 de Março de 2000 20:06
No passado sábado, dia 25MAR00, pela manhã, participamos em
mais uma incursão betetística na zona de Odrinhas organizada no
âmbito do programa "Sintra Aventura" da Câmara
Municipal de Sintra.
Para
além da mais valia betetística das incursões organizadas no âmbito
do "Sintra Aventura" (de que este passeio não foi
excepção) aproveitamos para relatar um episódio burlesco que
vem provar que, infelizmente, não são só os nossos amigos de
quatro patas que não gostam de ciclistas. De facto há, por aí
muito "animal racional" que também não suporta as
bicicletas e os
respectivos ciclistas (vá-se lá saber porquê).
Assim,
tendo chegado com relativa antecedência ao lugar de concentração,
o nosso grupo procurou rolar um pouco para efectuar um pequeno
aquecimento, para tanto demos as habituais "voltinhas"
e estando nós junto ao excelente "Museu Arqueológico de
Odrinhas", local da partida, resolvemos circular um pouco
nos terrenos em gravilha adjacentes ao mesmo de forma tranquila
procurando contemplar o excelente enquadramento paisagístico e
arquitectónico.
Qual não foi a nossa surpresa quando surgiu o "zeloso" guarda do museu informando-nos que não poderíamos circular naqueles terrenos envolventes do museu (apesar de não existir qualquer sinaléctica em contrário) porque, pasme-se, estávamos em cima da gravilha que cobria uma escavação arqueológica e que o peso das viaturas (!) danificava os vestígios, pelo que o espaço estava reservado só a peões.
Tivemos
ocasião de esclarecer o "zeloso" guarda que o peso do
conjunto (ciclista + velocípede) não ultrapassava, em nenhum
dos casos os 80 kgs. (inferior ao de muitos pedestres - guarda do
museu incluído) ao que o "zeloso" guarda replicou que
eram "ordens" que tinha... Olhando então com mais atenção
verificamos que estavam duas viaturas automóveis estacionadas
nos topos do adro (uma de 1000 e outra de 3500 quilos) e chamamos
a atenção do "zeloso" guarda para esta circunstância
que,
prontamente respondeu que eram, respectivamente, o carro do
segurança e a camioneta da Câmara - o problema eram mesmo as
nossas bicicletas, essas depradadoras patrimoniais arqueológicas.
A Câmara Municipal de Sintra ignora certamente o tesouro funcional que ali tem, sugerimos, assim, Dra. Edite Estrela, sugerimos que atribua, sem demoras, uma medalha de mérito municipal ao seu "zeloso" guarda.
PLANOS FOTOGRÁFICOS DA INCURSÃO BTT
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
hhhhh |
Concentração pelas 09:30 frente ao Museu Arquelógico de Odrinhas, Sintra |
Idem |
Descendo em terrenos difíceis até Alvarinhos |
Pausa para refrecar no Chafariz de Godigana - à direita com jersey encarnada PR |
FS numa pausa em Alvarinhos |
HS "warming up" na pausa de Alvarinhos |
Reagrupamento à Sombra |
Ao fundo o Carvalhal |
Aguardando no canavial a vez para cruzar o Ribeiro de Cheleiros |
Cruzando o Ribeiro de Cheleiros |
A gravidade, o piso muito técnico e o elevado número de participantes ditam as suas regras, resta a PR (jersey encarnada) e a outros participantes seguirem desmontados |
A dureza do terreno e do traçado não pouparam sequer as máquinas mais robustas, reparem no que aconteceu ao crank desta Scott G-Zero |
FS entre os muros de um caminho de acesso a um antigo castro |
Subida prolongada |
O nosso guia, HS e FS reparando as consequências de um "snake bite" numa passagem rápida e técnica
( photos by PR )