"Serra de Montejunto - Sul"
Serra de Montejunto - Sul, Alenquer, 21MAI00
MONTEJUNTO SUL
Incursão Livre "Homini Velox" e "BTT Olhalvo" |
Terreno de Montanha com algumas passagens muito técnicas |
Distância : + ou - 30 kms. |
Grau de Dificuldade: Médio / Alto |
Duração Aproximada: 03:00 |
+ ESPECTACULARIDADE PANORÂMICA UMA DAS MONTANHAS MÍTICAS DE PORTUGAL BELEZA PAISAGÍSTICA E BUCOLISMO EXIGÊNCIA ELEVADA DOS TRILHOS |
- NADA A ASSINALAR |
Grau de Agradibilidade Betetística * * * * * |
MAPA DA REGIÃO DO PERCURSO
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
LOCAIS DE INTERESSE NA INCURSÃO
QUADRO RURAL BUCÓLICO
INÚMEROS VINHEDOS E MOINHOS
VISTA AÉREA DA VÁRZEA DA ABRIGADA
ESPECTACULARIDADE DA PANORÂMICA
COMENTÁRIOS
SERRA DE MONTEJUNTO
A Serra de Montejunto fica situada no distrito de Lisboa, cerca de 60 Km a norte de Lisboa.
O conjunto das suas escarpas, embora apresentando marcas profundas da acção do homem, constrata fortemente com o aspecto da região circundante.
Pela sua localização e características, a serra constitui um interessante ponto de passagem e local de residência para várias espécies de aves de presa diurnas e para alguns mamíferos.
A serra tem cerca de 666 m de altitude, 15 Km de comprimento, e 7 Km de largura.
A 520 m de altitude forma-se um planalto. A sua orientação é NE-SW.
A vegetação que reveste esta formação de natureza calcária é em parte constítuida pelas plantas espontaneamente adaptadas às condições ecológicas que a mesma oferece, dominando a azinheira e o carrasco, além de algumas espécies botânicas que só ali se encontram.
Da natureza geológica e conformação da serra resulta a abundância de água, proveniente das nascentes que a rodeiam e que, recebida numa vasta vacia fechada, se infiltra por orifícios ou algares.
Como comummente se verifica em formações geológicas idênticas, existem na serra grandes cavernas onde foram encontrados vestígios de uma fauna há muito extinta no País. De facto, no passado a serra era coberta por uma densa mata onde abundavam os animais bravios.
Apesar das árvores já não constituírem um dos elementos naturais mais comuns em Montejunto, porque o fogo ceifou muitos hectares de floresta ao longo destes últimos quinze anos, a que se somam os efeitos negativos provocados pelo plantio crescente de eucaliptos, é ainda possível encontrar em Montejunto a sombra e a frescura de pequenos bosques de castanheiros, cedros, cipresres, pinheiros e o verde da extensa manta das espécies arbustivas: carrascos, carvalhiça, azinheiras, loureiro, aroeira, medronheiros, etc. Mas também a beleza das cores do alecrim, rosmaninho, rosa albardeira e das muitas dezenas de espécies de flores silvestres raras, constituindo uma área de estudo muito interessante.
extraído de http://www.montejunto.com/
De: A. Pedro Roque Oliveira
<[email protected]>
Para: velocipedia egroup <[email protected]>
Cc: btt olhalvo <[email protected]>
Assunto: Incursão conjunta HV BTT SFO a Montejunto, Dom., 21MAI00
Data: Segunda-feira, 22 de Maio de 2000 20:13
Ave velox lvsis,
Creio não estar a exagerar se afirmar que há algum tempo que não
tínhamos
uma incursão BTT tão boa.
De facto se a expectativa era grande a passeata em questão não
desiludiu
minimamente (e
até superou). Os nossos companheiros do BTT SFOlahlvo (José
Gomes e Tó Rego)
não deixaram os seus créditos por mãos alheias e
proporcionaram-nos uma
incursão inesquecível pela vertente sul da serra de Montejunto,
por entre
paisagens lindas de morrer com um grau de dificuldade elevado,
como é
conveniente, até porque seria difícil seleccionar troços menos
desnivelados
(nem nós lhes "perdoaríamos" que assim não fosse).
"Por entre moinhos e vinhedos (c) ", assim desta forma
"original" ;-) poderá
definir-se o tipo de ocupação humana de "baixa densidade"
da zona sudoeste
da serra onde os inúmeros cabeços albergam um igual número de
moinhos que,
muito embora já nada moendo, se encontram, na sua maioria, bem
restaurados,
transformando-se em bonitas moradias de montanha com panoramas
verdadeiramente excepcionais. São, indubitavelmente, um exemplo
a ser
seguido noutras regiões do país que possuem este tipo de vestígio
industrial
mas que, ou estão ao abandono, ou foram "vítimas" de
um restauro de péssimo
gosto que lhes alterou a sua singeleza. Quanto aos vinhedos
refira-se que
eles estão por toda a parte, ou não estivéssemos numa das regiões
de maior
produção vitivinícola de Portugal.
Betetísticamente falando deu para percorrer de tudo nesta
vertente sul da
serra (só não fomos até ao topo e às antenas mas isso
implicaria ter de
rolar bastante no asfalto e nós somos um pouco "alérgicos"
a isso).
Podemos distinguir duas partes distintas, separadas a meio por um
ventoso
piquenique:
A primeira, numa zona de cota inferior (embora fosse aí que tivéssemos
de
vencer os maiores deriveis como aquele que se seguiu à Portela
do Sol até
aos Casais da Foroana) e onde seguimos a linha dos moinhos dos
casais da
serra e do alto da lagoinha.
A segunda, a uma cota mais elevada, no maciço calcário
propriamente dito em
que tivemos o privilégio de avistar uma águia pelas costas (!)
planando o
que é sempre uma sensação tremenda e evoluindo por um trilho a
meia encosta
que contorna o maciço até à zona que fica por cima da várzea
da Abrigada com
o abismo (e que abismo !) sempre pela direita e com uma descida
que não é
para todos e onde o controlo efectivo dos excessos de "André
na Lina" é
fundamental já que existem algumas passagens em piso muito
pedregoso e
traiçoeiro e onde os problemas de equilíbrio associados a uma
velocidade
excessiva podem ter consequência desastrosas (ficámos-nos pelo
"snack-bar"
no pneu dianteiro de HS).
A parte final, já pela várzea serviu para "borrar" de
lama as bicicletas.
Afinal de contas após mais de vinte duros quilómetros estavam
ainda muito
limpinhas, como iríamos, assim, convencer alguém que tínhamos
pedalado em
Montejunto com o velocípede ainda a reluzir da lavagem da véspera?
Não há,
pois, nada que chegue à estética do barro agarrado ao quadro, a
uma corrente
bem areada, ou a uma jersey bem salpicada, muito embora "doesse
na alma" ver
o novíssimo equipamento do HS, estilo "Florindo Chicote"
e os azulíssimos
"sapatos de baile" conspurcados de lama, mas a vida tem
destas coisas :-) .
Amigos de Olhalvo, temos, obviamente, de vos retribuir este vosso
simpático
gesto, o mais breve possível, por isso sugiram uma data para Arrábida
ou
Sintra. Qualquer dia voltaremos para atacar Montejunto de novo (fomos
mordidos pelo bicho da serra) desta vez pela vertente Norte (para
ver essa
famosa "fábrica de gelo").
Saudações Virtuais, Virtual Best Regards
António Pedro Roque Oliveira - [email protected]
De: Hugo Santos <[email protected]>
Para: velocipedia <[email protected]>
Cc: Eduardo Dias <[email protected]>; A. Pedro
Roque Oliveira <[email protected]>; João Raposo <[email protected]>;
Fernando Alves Soares <[email protected]>; João
Sousa <[email protected]>
Assunto: Montejunto de luxo
Data: Segunda-feira, 22 de Maio de 2000 17:20
Ave turma do pedal,
Há Passeios e passeios, o que é normal, e há Passeios
de Luxo conforme pudemos constatar neste passado
Domingo.
O destino, Serra de Montejunto, já prometia e andava
"debaixo de olho" à algum tempo, o que, aliado à
simpatia de quem nos recebeu (José Gomes e Tó Rêgo do
Núcleo de BTT da S.F. Olhalvo) culminou num passeio
épico...
Tudo começou pelas 7:45, com partida de Almada de PR,
FS, LP, JS e HS - Destino Olhalvo ao encontro dos
nossos anfitriões.
Com um verde envolvente deveras agradável, o início do
passeio cedo revelou as características do terreno:
desníveis acentuados, rêgos e pedras soltas, enfim,
tudo aquilo que um betetista que se preze aprecia.
De início numa rota de Moínhos (ao jeito de Palmela)
pudemos contemplar as duas vertentes da Serra de
Montejunto, sendo garantindo que nos dias de boa
visibilidade pode-se avistar até ao mar... No final
deste trilho efectuámos uma interessante descida,
marcada mais pela sua verticalidade do que técnica, em
que o JS teve oportunidade de aplicar os seus novos
travões e experimentar o terreno (rebolanço
controlado) felizmente sem consequências.
Quando já punhamos em causa a visita ao maciço de
Montejeunto dada a direcção que tomávamos, eis que os
nossos afintriões nos presenteiam com uma subida de
antologia (no limiar do red-line das bpm's) que nos
colocou num trilho que percorre toda a Serra em "meia
altura", e que nos proporcionou paisagens
deslumbrantes, bem como alguns calafrios tal era a
grandiosidade do abismo que nos acompanhava.
E acreditem que o trilho deve ser encarado com grande
concentração, ora nos desviávamos dos pinheiros bravos
que ladeavam a esquerda do trilho, ora evitávamos os
rêgos cheios de pedra que nos acompanhavam à
direita... tudo isto a velocidade razoável,
ultrapassando buracos, pedras e grandes
lages...óptimo!
Percorrida a montanha, nova descida patrocinada pela
no-fear, foi altura de regressar percorredo trilhos
rolantes mas enlameados q.b., que qual cereja no topo
de um bolo, foi o condimento que faltava para fechar
em pleno esta aventura de 30Km cheia de emoções.
Memorável !!
Resta-me agradecer a simpatia inescedível do José
Gomes e do Tó Rego, neste belo passeio que nos
proporcionaram, esperando nós ter hipótese de
retribuir este gesto...aliás a amizade é feita destas
pequenas coisas!!
Um abraço,
Hugo Santos
PLANOS FOTOGRÁFICOS DA INCURSÃO BTT
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
hhhhh |
José Gomes (JG) do BTT Olhalvo (um dos nossos anfitriões) em primeiro plano na partida em Cabanas de Torres ... |
LP subindo em grande estilo ... |
Idem para JS ... |
Pormenor paisagístico ... |
FS, o troço final desmontado ... |
Reagrupamento após a primeira grande subida ... |
JS tem faltado aos treinos ... |
O pelotão rolando na estrada a meia encosta ... |
Moinhos? Ao ataque ! |
Terras do termo do Cadaval na encosta Norte... |
Quijote ou Sancho ... |
O seguro morreu de velho parece pensar JS ... |
Bom a coisa é assim bem inclinada ... |
Pausa nos Casais da Foroana após a terrivel subida da Portela do Sol |
JS posando ... |
JG e TR no Cofee - Break do alto da serra ... |
Finalmente tive direito a um plano ...
( photos by PR)