Primeiro "De Cacilhas à Contracosta"
Cacilhas, Cabo Espichel, Cacilhas, 29JUN00
CACILHAS - CABO ESPICHEL - CACILHAS
Passeio Livre "Homini Velox" |
Terreno rolante, cidade, pinhal, caminhos rurais, estradas secundárias, e estradões de terra. |
Distância Total: 98.600 metros |
Grau de Dificuldade: Médio |
Duração Aproximada: 06:00 |
MAPA DO PERCURSO
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
(by "Região de Turismo da Costa Azul)
LOCAIS DE INTERESSE NA INCURSÃO
IGREJA DE CACILHAS
ZONA RIBEIRINHA DO GINJAL, FORTE DA PIPA E OLHO DE BOI
ALMADA VELHA, PALÁCIO DA CERCA, SEMINÁRIO E CRISTO-REI
PINHAL DA APOSTIÇA
VALE DA FERRARIA
TERRAS DO ESPICHEL
SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CABO ESPICHEL
O SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CABO
O Cabo Espichel é um lugar que não pode perder por nada. Além do maravilhoso contacto com a Natureza, o oceano Atlântico na sua plenitude vai alisando as falésias, com o constante bater das ondas que se desfazem em espuma quando encontram os rochedos. Rodeado por esta paisagem natural tão forte, encontramos um conjunto arquitectónico constituído por um santuário dedicado a Na Sra do Cabo. A Igreja é ladeada por edifícios que serviam de albergue para os peregrinos, hoje muito abandonados e arruinados.
O que sugerimos é uma visita à igreja. O altar-mor barroco é de estilo nacional e possui inseridas algumas pinturas da mesma época; a igreja é de finais do século XVII, princípios do XVIII. Os azulejos do altar-mor são azuis e brancos com símbolos da Litania da Virgem. O altar-mor possui uma tribuna que era destinada aos reis quando estes visitavam o templo. A traça desta igreja é atribuída a João Antunes. O tecto da nave é profusamente decorado com uma pintura perspectivada do século XVIII e, nas paredes, vêem-se muitas pinturas barrocas. A igreja tem quatro altares de cada lado, todos do século XVIII.
Na sacristia, duas excelentes pinturas do século XVI, do Mestre da Lourinhã, representam S. Tiago e Santo António. Outras cinco, que acompanham este conjunto, são de época mais tardia. Um belo arcaz do século XVIII completa a colecção de objectos artísticos existentes na sacristia. A fachada é representativa do primeiro barroco: tem um portal encimado por uma vieira em pedra dos princípios do século XVIII.
A primitiva capelinha que está na origem da lenda de Nossa Senhora do Cabo Espichel, do século XV ou XVI, é uma mancha branca perto do oceano, a uns metros do santuário. De pequenas proporções, tem uma cúpula bulbosa muito singular. No interior, possui azulejos do século XVIII que revestem parte das paredes.
(extraído de http://www.costa-azul.rts.pt/igrejas/sesimbra.html)
O conjunto arquitectónico do chamado Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua, implantado no extremo áspero do esporão do Cabo Espichel, é sem dúvida o mais importante e característico do Concelho de Sesimbra. Há neste precioso agregado de edificações, desde a antiga Ermida da Memória à Igreja Seiscentista, desde os corpos rústicos das "hospedeiras" ao aqueduto e à "Casa da Água", uma unidade de valores gráficos que fez esquecer a disparidade de estilos. O culto de Nossa Senhora do Cabo perde-se na bruma dos tempos e é crível que anteriormente à sua veneração - a partir do Séc. XV - o Cabo Espichel fosse centro de peregrinações.
O actual culto remonta a cerca de 1410, ano em que teria sido descoberta na extremidade de Cabo Espichel a venerada imagem de Nossa Senhora do Cabo, por dois velhos da Caparica e de Alcabideche, que em sonhos coincidentes teriam sido avisados pelo Céu. Antes de 1701 - data da construção da actual igreja - o arraial era circundado de casas para os romeiros que não obedeciam a alinhamento especial, e que se dispunham em torno do primitivo templo. A partir de 1715, a grande afluência de círios ao Cabo obrigou a que se construíssem hospedarias com sobrados e lojas.
A arcarias que corre ao lado de dois corpos consegue sem recorrer
a arranjos construtivos de perfil erudito. A obra das hospedarias
iniciou-se em 1715, mas só entre 1745 e 1760 foi ampliada para
as dimensões actuais. A igreja actual remonta a 1701 e é da
iniciativa real de D. Pedro II. Penetrando no templo através de
um bom guarda-ventos de madeira do Brasil, vislumbramos a ampla e
bem proporcionada nave, coberta por um tecto em madeira com uma
composição a óleo que representa a Assunção da Virgem, esta
é uma obra do pintor Lourenço da Cunha. Sobranceira à
escarpas que afloram no extremo do Cabo Espichel, a poente da
igreja e das hospedeiras, situa-se a Ermida da Memória,
templinho implantado precisamente no local onde a tradição diz
ter-se dado a aparição da Virgem.
(Imóvel de interesse público por Decreto n.º
37 728de5/1/1950).
In Sesimbra Monumental e Artística, 1986
ALGUMAS IMAGENS DO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CABO ESPICHEL
INCLUÍNDO AS PLANTAS E ALÇADO DA CONSTRUÇÃO
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
COMENTÁRIOS
De: A.
Pedro Roque Oliveira <[email protected]>
Para: velocipedia egroup <[email protected]>
Assunto: Último Fim de Semana Velocipédico - 160 kms BTT em três
dias !
Data: Terça-feira, 4 de Julho de 2000 20:00
Ave e-VL,
O esforço passou por aqui. Em três dias (5.ª, sábado e
domingo) foram mais de 150 kms. sempre a pedalar.
QUINTA FEIRA, 28JUN00, PRIMEIRO "DE CACILHAS À CONTRACOSTA"
- 100 kms.
Antes de quaisquer outros considerandos quero referir que valeu a
pena, foi extremamente interessante. Foi uma espécie de "Cicloturismo
TT". O ritmo não poderia ser mais descontraído (mesmo com
o LP a dar os habituais "esticões" a que eu,
olimpicamente, dei toda a indiferença), deu para parar duas
vezes em Aiana de Cima para beber café (uma na ida no Café
Carioca, outra no regresso, no Café Tisaura) e ainda mais três
pausas para aliviar o peso das sanduíches na mochila.
Atravessamos cidade, estrada, pinhal, caminhos rurais, a paisagem
não poderia ter sido mais variada e heterogénea.
De tal forma descontraído e relaxado que viajei na "muleto"
já que não existiam grandes desníveis a vencer nem passagens
de maior exigência técnica (o próprio FS também optou por
levar a sua "muleto", apenas o LP, resolveu levar a sua
"oficial" pois assim poderia rolar mais rápido que os
demais ;-).
De igual forma a opção pelos semi-slick foi acertada (apesar de
alguns receios iniciais quanto á consistência de alguns solos
de pinhal, mas que se infirmaram). O dia esteve extremamente
quente pelo que houve um cuidado extremo na água, que nunca
faltou e foi consumida em quantidade (só à minha conta foram
mais de 3 litros).
A saída foi efectuada do largo de Cacilhas após as fotos da
praxe junto aos "ferrys" com Lisboa por fundo e na
Igreja. Seguimos depois um trajecto ribeirinho pelo Ginjal
passando junto ao "Jardim do Rio" e ao novo elevador
que liga a margem a Almada Velha e subimos a íngreme rampa do
"Olho de Boi" (ciclista não usa elevador !), passando
no seu final junto ao Palácio da Cerca, Almada Velha, Seminário
de S. Paulo e Cristo-Rei - um percurso de eminente interesse
panorâmico e paisagístico.
Do Monte Pragal, onde se situa o Cristo Rei, até à zona dos
pinhais da Aroeira e Verdizela, na fronteira entre os concelhos
de Almada - Seixal e Sesimbra, foi uma mera ligação sem grande
interesse em que se tentou (e se conseguiu) apenas circular sem
utilizar as perigosas e movimentadas estradas. Na zona da Aroeira
e Verdizela já impera o verde e as coisas, como que por milagre,
tornam-se, de novo alegres.
Aproveitamos o limite da Verdizela para a primeira pausa onde
comemos alguma coisa e nos preparamos para a grande travessia dos
pinhais (excelente exercício aeróbico). O primeiro é o da
Apostiça a montante da Lagoa de Albufeira - recentemente
integrado na rede Natura 2000 e que consiste num estradão
consistente aproveitando um corta-fogo. Lá fomos nós, por entre
os pinheiros a uma velocidade elevada já que é ligeiramente
descendente devido a drenar para a Lagoa.
Num instante se alcança a estrada nacional que vai de Fernão
Ferro para Alfarim que se percorre, para poente, em cerca de 500
metros. De novo entramos no pinhal, para Sul, nas chamadas terras
da Ferraria, primeiro no pinhal, ligeiramente ascendente e depois
cruzando o magnífico vale de Ferraria e entrando noutro pinhal
que nos conduz, no seu termo até ao aterro sanitário onde, a
nossa passagem foi o mais rápida possível, pelos motivos que
julgo serem óbvios, rapidamente chegamos a Aiana de Cima onde
reabastecemos de água e tomamos o referido café. Seguimos até
Alfarim e tomamos, à esquerda antes de entrarmos na referida
povoação o magnífico caminho rural ascendente (haveria de ser
a maior transposição de cota da incursão - curiosamente apenas
nos demos conta desse facto no regresso a descer!) que haveria de
nos conduzir até ao Facho da Azóia onde cruzamos a
estrada do Cabo e fomos junto á falésia até ao Espichel. A
Contracosta estava alcançada ! Tempo para uma paragem alimentar
junto às baterias abandonadas, exactamente no ponto onde a costa
"dobra" de poente para sul, panorama magnífico !
Seguimos até ao Santuário para "picar o ponto" e
encetamos o regresso pelo mesmo caminho onde a Ferraria a descer
foi feita
mais rapidamente e a Apostiça a subir se tornou mais custosa.
Chegamos um pouco extenuados, mas felizes !
Foi um sucesso este primeiro de "Cacilhas à Contracosta",
de tal forma que equaciono a possibilidade de, por um lado, o
repetir anualmente, já que nele há algo de místico relacionado
com o Santuário de Nossa Senhora do Cabo, sendo assim, uma espécie
de romagem e, por outro, de o repetir ainda este ano, lá para
finais de Julho, princípios de Agosto (em dia útil) se possível
com um grupo mais numeroso.
António Pedro Roque Oliveira
[email protected]
http://www.geocities.com/caminhos_2000
__O
_-\<,_
(_)/ (_)
moderador "Velocipedi@"
PLANOS FOTOGRÁFICOS DA INCURSÃO BTT
(aguarde pacientemente o carregamento das imagens)
. FS no em Cacilhas na partida ... |
. PR no cimo da escadaria da Igreja de Cacilhas ... |
.Primeira pausa - limite sul da Verdizela, plano de LP... |
. FS, no mesmo local ... |
. LP e FS rolando rápido no Pinhal da Apostiça... |
. O magnífico vale da ribeira da Ferraria... |
. FS na pequena pausa da Ferraria... |
. LP e PR na Ferraria... |
. Pausa no Café Carioca, Aiana de Cima PR e FS ... |
. FS e LP rolando no estradão da Azóia... |
. FS em Cross-Country em direcção ao Cabo... |
. LP em pausa aliviante... |
. LP e FS nos estradões que conduzem ao cabo... |
. Cabo à vista... |
. PR e LP em pose circunspecta com o ponto mais ocidental da península de Setúbal por fundo... |
. A contracosta é bem visível... |
. Acedendo á esplanada da Ermida... |
. LP e FS em pose na Ermida da Memória... |
. FS e PR frente à fachada da Igreja do Santuário... |
. LP e FS dois "romeiros" ciclistas... |
( photos BTT by Pedro Roque)