O povo de Caetité sempre se distinguiu dos de sua região. Enquanto Rio de Contas tornava-se vila, em razão de sua mineração, nossa gente pleiteou ao Ouvidor Geral de Jacobina seu desmembramento daquela, pagando para isto à Coroa a vultosa quantia de 687 mil e 400 réis, além das despesas das instalações obrigatórias. Num processo que teve início ainda no século XVIII, os habitantes do Arraial de Caetité se cotizaram, lutaram, enfrentaram as resistências e, em 5 de abril de 1810, foi finalmente celebrada a criação da Vila e erguido o Pelourinho. O atraso se deveu, em parte, pela invasão de Portugal das tropas napoleônicas, e conseqüente êxodo da Coroa para o Brasil, primeiro em Salvador, depois se alojando no Rio de Janeiro. Os documentos originais, guardados no Arquivo Público Municipal, foram transcritos em 1932 por Pedro Celestino da Silva, e publicados na Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. A partir deste efetuamos esta reedição, objetivando a sua divulgação e estudo. O auto de criação pode ser dividido em três partes: as correspondências, em que se descreve como se deu a emancipação; transcrição do Regimento de Minas, onde se vê as custas processuais deste sistema; e, então, encerramento, com descrição das providências adotadas e assinaturas. (Por sua extensão, o documento estará no formato em que efetuamos o ftp para o sítio) Transcrevemos a grafia e erros consignados na edição de Pedro Celestino da Silva. André Koehne |