Substratos e Adubos
                                  O solo para o plantio de pimentas tem que ser leve, profundo, rico em mat�ria org�nica, bem drenado e com pH entre 5,5 e 6,0.  Ao se cultivar em vasos, todas essas caracter�sticas devem ser reproduzidas.
                                    Nas sementeiras o substrato deve ser preparado de modo a absorver a maior quantidade de �gua poss�vel para que possa se manter �mido por muito tempo, mas ao mesmo tempo deve proporcionar uma boa drenagem, para n�o ficar encharcado. Tamb�m deve ser bem leve, para que as pequenas ra�zes possam se desenvolver sem resist�ncia. Nessa fase a plantinha n�o necessita de muito adubo (os cotil�dones s�o reservas de nutrientes), ent�o uma boa mistura pode ser feita com 90% de areia e 10% de h�mus. Pode-se conseguir um maior per�odo de tempo com boa umidade, se usar uma mistura de 10% de h�mus, 40% de areia e 40% de vermiculita de gr�nulos pequenos.
                                    Ao serem transplantadas ao local definitivo, as mudinhas entrar�o na fase de crescimento, que antecede a de produ��o. Assim, elas necessitar�o de um substrato rico em nutrientes, mas que seja leve e preserve meios para uma boa drenagem.  A� se pode usar uma mistura b�sica de 1 parte de terra, 1 parte de areia e 1 parte de h�mus. Mas essas propor��es podem variar, dependendo da esp�cie e variedade de pimenta cultivada. Por exemplo, a maioria das C. annuum prefere solos mais drenados, enquanto a maior parte das C. chinenses prefere solos mais �midos. Assim, de acordo com a ocasi�o, podemos modificar as caracter�sticas do solo apenas modificando as propor��es entre os tr�s ingredientes: Quanto maior a propor��o de areia, mais drenado ser� o substrato, mas tamb�m se torna mais pobre em nutrientes. Quanto maior a quantidade de h�mus, o mesmo ficar� mais solto e mais rico em mat�ria org�nica, mas podem faltar alguns componentes minerais essenciais � planta. Quanto maior a propor��o de terra argilosa, maior a quantidade de elementos minerais, com maior reten��o de �gua, mas o exagero pode levar � compacta��o e encharcamento do substrato, facilitando o aparecimento de doen�as e pragas. Desse modo, ao iniciante no cultivo, eu aconselharia usar a mistura b�sica, e � medida que for ficando mais experiente com as diferentes variedades, come�ar a modificar as propor��es, lembrando sempre que existem na internet muitas fontes de informa��es sobre as prefer�ncias das variedades que se deseja cultivar.


                                                                                 
Calagem

                                      No Brasil, os solos s�o em geral muito �cidos com ph menor que 5.5, principalmente nas regi�es onde as precipita��es pluviom�tricas s�o mais elevadas.  Nos solos �cidos h� a ocorr�ncia de elementos em n�veis t�xicos, como alum�nio e mangan�s, que prejudica o crescimento da maioria das plantas. Esse ph tem que ser corrigido, pois as pimentas necessitam de solos com ph entre 5,5 e 6,0.  Calagem � o uso de corretivos de solo para neutralizar a acidez e aumentar significativamente a produ��o.
                                      V�rios materiais com rea��o alcalina podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo, como cal, cinzas, conchas mo�das, e calc�rio.  Entre esses, eu tenho especial prefer�ncia pelo calc�rio dolom�tico, que al�m de corrigir a acidez e recompor os n�veis de c�lcio do solo, tamb�m � fonte de magn�sio.
                                      Sempre existe a recomenda��o de se fazer em laborat�rio agr�cola a an�lise do solo a ser corrigido. Essa � a atitude mais acertada, pois com base nessa an�lise os t�cnicos indicam a quantidade certa de corretivo a ser usada. Isso � imprescind�vel quando se trata de grandes �reas a se cultivar, para um hectare ou muitos hectares. Quando se trata de um ou dois vasos de pimentas, torna-se at� c�mico. Por isso eu uso algumas aproxima��es que podem ser usadas para vasos que usam como substrato terra das regi�es centro/sul e �reas de mata atl�ntica, principalmente se for feita adi��o de esterco. No caso do calc�rio dolom�tico, que pode ser encontrado para venda � granel nas lojas agr�colas, eu uso 1,5g para cada litro c�bico de substrato. Assim, para um vaso de 20 litros, acrescenta-se 30g de calc�rio, de prefer�ncia o mo�do em gr�nulos finos.
                                     O calc�rio deve ser aplicado no preparo do vaso, devendo ser bem misturado ao substrato antes do envasamento. Esse preparo deve ser feito entre 60 e 90 dias antes do vaso ser plantado, quando se usa calc�rio n�o calcinado. O calc�rio calcinado � mais reativo, ou seja, tem maior rapidez na corre��o do solo, podendo ser aplicado 15 a 30 dias antes do plantio. Quem disp�e de uma pequena �rea para o preparo do substrato, esse pode ser preparado em quantidades maiores, ficando em repouso pelo per�odo indicado e depois sendo usado aos poucos, � medida que for sendo necess�rio.
                                     Deve-se ter em mente que o calc�rio n�o � substituto para o adubo e vice-versa; os produtos se complementam. O calc�rio age como potencializador do efeito dos fertilizantes.


                                                                                 
Aduba��o
                                     Um solo rico apresenta todos os componentes essenciais ao desenvolvimento de uma planta.  Alguns componentes s�o necess�rio em maiores quantidades e s�o denominados macronutrientes. S�o eles: carbono, hidrog�nio, oxig�nio, nitrog�nio, f�sforo, pot�ssio, c�lcio, magn�sio e enxofre. Os micronutrientes s�o requeridos em pequeninas quantidades, mas s�o importantes nas rea��es qu�micas e fisiol�gicas das plantas, por isso n�o devem faltar em um substrato bem adubado. S�o eles: boro, cloro, cobre, ferro, mangan�s, zinco e molibd�nio. Vejamos agora a atua��o desses elementos nas plantas:

Nitrog�nio:
                                     O nitrog�nio confinado no solo � especialmente importante para manter sua fertilidade. O nitrog�nio � um dos principais componentes das prote�nas e da mat�ria viva, sem ele as plantas n�o podem realizar os processos da fotoss�ntese e respira��o. Atua fortemente no crescimento da planta e na produ��o da folhagem. Com a falta de N a planta n�o cresce normalmente, e se torna pequena, com um menor n�mero de folhas que v�o se tornando amareladas.  Plantas cultivadas em solos ricos em nitrog�nio n�o somente rendem mais, como tamb�m s�o freq�entemente ricas em prote�nas e, conseq�entemente, mais nutritivas. A aduba��o natural com estrume de gado ou h�mus de minhoca supre as plantas de todo o nitrog�nio de que necessitam.

F�sforo :
                                     � um componente essencial �s plantas. O f�sforo, como o nitrog�nio, deve estar presente em uma forma inorg�nica simples para que possa ser assimilado. Atua objetivamente na produ��o de flores e consequentemente no volume de produ��o de frutos. Sua defici�ncia atrasa o florescimento e faz com que o n�mero de frutos e sementes seja reduzido. Quem n�o gosta de usar adubos qu�micos em suas plantas, pode acrescentar farinha de osso calcinada ao substrato e ter� n�o somente o f�sforo, mas tamb�m o c�lcio necess�rio.

Pot�ssio:
                                     O pot�ssio � essencial para o crescimento. Ativa algumas enzimas e desempenha um papel importante no equil�brio de �gua nas plantas. � tamb�m essencial para algumas transforma��es de carboidratos. O rendimento de uma colheita est� diretamente relacionado com a quantidade de pot�ssio presente no solo. No per�odo da frutifica��o sua presen�a em abund�ncia � importante, pois ele auxilia o crescimento dos frutos.  Sua defici�ncia  causa crescimento lento, plantas com ra�zes pouco desenvolvidas, caules fracos e muito flex�veis, plantas mais suscet�veis a ataques de doen�as e ainda a forma��o de sementes e frutos pouco desenvolvidos.

C�lcio:
                                     � importante na forma��o da membrana celular, portanto na frutifica��o, onde a forma��o de novos tecidos � intensa.  Sua falta acarreta frutos deformados e manchados e as folhas mais novas podem apresentar sintomas parecidos com os de uma virose, com as pontas murchas e retorcidas. Pode acarretar tamb�m ra�zes fracas e mal formadas, pois � outro local de intensa divis�o celular. O uso de calc�rio dolom�tico supre as plantas de c�lcio e magn�sio, alem de corrigir a acidez do substrato.  Pode ser encontrado tamb�m na farinha de osso.

Magn�sio:
                                     O magn�sio faz parte da mol�cula de clorofila, portanto sem ele a fotoss�ntese fica prejudicada. As folhas mais velhas v�o perdendo a colora��o, com as nervuras permanecendo verdes. As plantas tornam-se fracas, pois sua efici�ncia fotossint�tica fica comprometida. A defici�ncia de magn�sio pode ser prevenida adicionando-se calc�rio dolom�tico ao substrato.

Enxofre :
                                     Participa ativamente da fotoss�ntese. Na sua falta as folhas v�o perdendo a cor verde e v�o adquirindo uma tonalidade avermelhada ou arroxeada. N�o se desenvolvem bem ficando de pequeno tamanho e caem com facilidade.  Os bordos podem se enrolar dando as mesmas um formato que lembra uma colher.  H� uma grande diminui��o do florescimento e consequentemente da produ��o de frutos.

Boro:
                                     Atua fundamentalmente na forma��o dos frutos, que em sua falta tornam-se feios e deformados. H� reflexos tamb�m nas folhas novas, que tornam-se deformadas e caem. As ra�zes escurecem e podem morrer.

Cloro:
                                     Atua nas rea��es h�dricas da planta. Sua falta n�o � motivo para preocupa��es, pois dificilmente encontraremos um solo em que o cloro n�o esteja presente.

Cobre:
                                     Age nas folhas, no processo de fotoss�ntese. Na sua falta, as folhas mais novas ficam com as pontas enroladas.

Ferro:
                                     � um componente importante na forma��o da clorofila. A defici�ncia de ferro causa a perda da cor verde das folhas, que v�o adquirindo uma tonalidade amarelo esbranqui�ada entre as nervuras, em um fen�meno conhecido como �clorose�, que depois atinge toda a folha.

Mangan�s:
                                     Tamb�m atua na forma��o da clorofila, e sua falta pode causar mudan�a de colora��o entre as nervuras das folhas.

Zinco:
                                    Faz parte da forma��o de enzimas respons�veis pelo crescimento celular, portanto, a sua falta pode acarretar um �nanismo� de toda a planta, com as folhas novas n�o se desenvolvendo normalmente, fazendo com que os ramos novos assumam o formato de pequenas vassouras.

Molibd�nio :
                                    Est� ligado diretamente a absor��o do nitrog�nio pela planta. Na sua falta, a planta apresenta todos os sintomas de falta de nitrog�nio.



                                                          
Fertilizantes Qu�micos (inorg�nicos)

                                   Todos os nutrientes s�o importantes, mas tr�s deles (N, P e K) s�o t�o importantes que levaram ao desenvolvimento de f�rmulas balanceadas, conhecidas no comercio como NPK. Essas f�rmulas podem variar de acordo com a concentra��o de cada elemento. Por exemplo, NPK 10-10-10 significa 10 partes de nitrog�nio, 10 de f�sforo e 10 de pot�ssio. O NPK 4-14-8 significa 4 partes de N, 14 partes de P e 8 partes de K.  Essas propor��es variam de acordo com sua finalidade, por exemplo, na fase de crescimento a planta necessita de mais nitrog�nio, enquanto na fase de flora��o necessita de mais f�sforo. Algumas empresas vendem o NPK acrescentado em sua f�rmula os micronutrientes.
                                   Nunca � demais dizer que um erro na quantidade de adubo qu�mico vai matar suas pimenteiras por "queima"! Adubo qu�mico (ur�ia, superfosfato simples ou triplo, calc�rio, gesso agr�cola, seja l� o que for) s� deve ser aplicado em quantidades espec�ficas. Muitas vezes, na ansiedade de ver as pimentas crescerem rapidamente, muitos cultivadores iniciantes aplicam adubo em demasia, achando que �quanto mais, melhor�. S� para se ter id�ia 1 kg de ur�ia possui 450 g de nitrog�nio elementar, uma aplica��o de 100 mg de nitrog�nio por kg de substrato � uma recomenda��o utilizada para vasos. J� pensou usar 450000 mg de nitrog�nio de uma s� vez?  Por tudo isso, a aduba��o qu�mica deve ser feita sempre sob a orienta��o de um agr�nomo, se bem que existem no mercado adubos de libera��o lenta (Osmocote ou Nutricote) destinados aos consumidores dom�sticos, que s�o bem mais f�ceis de serem utilizados.

                                                                          
Adubos Org�nicos
                     
                                   S�o aqueles provenientes de mat�ria de origem vegetal ou animal, como farinhas de osso, sangue, carne; torta de mamona, h�mus de minhoca, estercos de gado, de aves, etc. Os adubos org�nicos t�m maior perman�ncia no solo, embora sejam absorvidos mais lentamente, enquanto os adubos inorg�nicos s�o absorvidos mais rapidamente e t�m concentra��o mais forte, donde vem o perigo da super aduba��o. Assim, uma medida sensata, na hora de adubar, seria privilegiar sempre os adubos org�nicos, deixando os inorg�nicos para os casos de cultivo em solos comprovadamente pobres ou para o caso de corre��o de defici�ncias nutricionais verificadas no desenvolvimento das plantas.
                                   A mat�ria org�nica aumenta a capacidade de reten��o de �gua, melhora a condi��o de penetra��o das ra�zes, propicia condi��es para os organismos microsc�picos se desenvolverem, al�m de conter os nutrientes necess�rios. Os adubos org�nicos t�m na sua composi��o diferentes elementos qu�micos em quantidades semelhantes. Por isso, eles melhoram a textura do solo e tendem a aumentar a quantidade de bact�rias que d�o vida ao solo. Como precisam de mais tempo para se degradar, s�o absorvidos pelas plantas mais lentamente. Vejamos os mais utilizados:

- H�mus de Minhoca :
                                   O h�mus de minhoca � considerado o adubo ideal, ecologicamente correto, pois recupera as qualidades do solo natural e n�o polui o ambiente. Al�m de fertilizar, devolve as caracter�sticas f�sicas, qu�micas e biol�gicas, favorecendo assim, o bom desenvolvimento das plantas.
                                   O h�mus � mat�ria org�nica totalmente processada, que depois de passar pelo organismo das minhocas, fica totalmente solubilizada e de f�cil assimila��o pelas plantas. � um produto est�vel, que n�o queima as ra�zes. Veja as vantagens que ele apresenta:
- � totalmente org�nico.
- Aumenta e conserva a fertilidade do solo, sem poluir nem contaminar o ambiente.
- Melhora a vida biol�gica, com o desenvolvimento de bact�rias fixadoras de nitrog�nio e fungos com a prolifera��o dos
  microrganismos.
- Favorece a absor��o dos micro e macro nutrientes pelas ra�zes das plantas, tornando-as sadias e resistentes �s pragas.
- Controla o grau de acidez do solo, mantendo o pH est�vel (as minhocas possuem gl�ndulas calc�feras que liberam
  carbonato de c�lcio no solo).
- Torna o solo mais solto, reduzindo ou evitando sua compacta��o.
- N�o introduz no solo sementes indesej�veis, pragas, impurezas, ervas daninhas, etc., como pode ocorrer com o estrume.
- Facilita a absor��o e a reten��o da �gua. Devo lembrar que cada part�cula de h�mus ret�m at� sete vezes o seu volume em �gua,   
  possibilitando a libera��o gradativa para as ra�zes.
- Favorece a drenagem, evitando encharcamento.
- Em compara��o, o h�mus de minhoca possui cinco vezes mais c�lcio, duas vezes mais magn�sio, sete vezes mais f�sforo e onze 
  vezes mais pot�ssio que a camada natural de solo.
- Introduz no solo minhocas e seus casulos (ovos), que passam a revolver constantemente o solo, melhorando a oxigena��o das 
  ra�zes.
- � um produto est�vel, uniforme e sem cheiro, que n�o atrai moscas.
- E por �ltimo, pode ser utilizado em contato direto com as ra�zes e com os brotos mais delicados, sem causar queima.

                                   Por tudo isso, eu acho que � o adubo ideal. Voc� s� tem que prestar aten��o se a firma que o produz � id�nea, de confian�a. Tamb�m tem que observar o prazo de validade, que dificilmente � colocado na embalagem. Depois de acondicionado na embalagem, ele mant�m as caracter�sticas por um per�odo m�dio de tr�s meses, mas se as condi��es de armazenagem forem ideais, podem se prolongar at� os seis meses.

- Estrume:
                                  Os mais utilizados s�o os de gado e de galinha.  De prefer�ncia deve-se usar o de gado, por conter maior quantidade de fibras, o que torna o solo mais solto. O de galinha pode ser at� cinco vezes mais potente que o de gado, mas apresenta a desvantagem de favorecer a compacta��o do solo, al�m de torn�-lo mais �cido e salino, o que n�o favorece o cultivo de pimentas.
                                  O estrume fresco pode queimar as plantas se for espalhado demasiadamente pr�ximo, assim, s� deve ser utilizado quando bem curtido. Para isso, basta recolh�-lo e coloc�-lo sob uma cobertura (que pode ser uma lona de pl�stico). O estrume de gado deve ser curtido durante pelo menos 40 dias e o de galinha deve por cerca de 90 dias. Durante o per�odo de curti��o, em ambos os casos, � preciso mexer o esterco para que a fermenta��o se d� por inteiro e mais r�pida. Revolver essas camadas � fundamental para que a temperatura n�o aumente muito, o que prejudicaria o processo de decomposi��o. 

- Torta de Mamona :
                                   No processo industrial de obten��o do �leo de mamona, tem-se como subproduto o �baga�o� dos gr�os, denominado de �torta de mamona�, que � rica em Nitrog�nio, sendo por isso usada como adubo org�nico na propor��o de 3 colheres de sopa para vasos de 30 a 40 cm de di�metro, ou duas colheres para vasos de 20 a 30 cm.
                                  Uma das vantagens de seu uso est� na a��o nematicida, pois em sua composi��o possui alcal�ides t�xicos aos nemat�ides (vermes do solo que atacam as re�zes).
                                  Deve ser usada com cuidados por quem tem animais de estima��o, pois a mamona � uma planta t�xica, principalmente pela presen�a de ricina, que � um veneno. Al�m do mais, deve ser vista com ressalvas devido as concentra��es elevadas de metais pesados, como chumbo e c�dmio, que podem contaminar o solo.
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