A partir desse ponto, as plantinhas j� poder�o ser transplantadas, pois necessitar�o de bastante espa�o e alimento. Ela procurar� rapidamente criar um verdadeiro sistema de ra�zes, sempre em busca de mais �gua, mas tamb�m de ar (que h� no solo), de fixa��o e equil�brio, e de nutrientes que existem na terra. Ao mesmo tempo, lan�a novas folhas para o alto, buscando ar e luz do sol - seu principal alimento. Assim, o crescimento da raiz depende da energia solar que as folhas recebem e acumulam na forma de massa vegetal - e o crescimento das folhas depende da capacidade das ra�zes para absorver �gua e nutrientes do solo e suportar o peso da planta.
Na opera��o de transplante o principal risco est� em danificar as ra�zes. Na verdade, as ra�zes que n�s vemos quando arrancamos uma planta do ch�o, � apenas uma pequena parte das que existiam, pois a maior parte delas � t�o fina e fr�gil que quebram e ficam presas no solo. E s�o exatamente essas ra�zes, muito mais finas que um fio de cabelo, que absorvem, da terra, a �gua, o ar e os nutrientes de que a planta precisa. Por isso, quando arrancamos uma planta para transplant�-la em outro local, estamos rompendo as liga��es que a planta tinha com a terra. A pimenteirinha sofre um choque, ao ser mudada. At� que cres�am novas raizinhas, a planta sofre de sede sob o calor do sol, tem seu crescimento interrompido e precisar� fazer um esfor�o para restabelecer a circula��o de �gua e nutriente pelo caule e folhas. Por isso s�o t�o importantes os vasos das sementeiras que podem ir direto para o solo, como os copinhos de jornal, preservando a integridade da mudinha.
- Sempre realize a opera��o � tardinha, quando a temperatura est� mais amena e a plantinha ter� a noite inteira para se recuperar. Na manh� do dia do transplante procure regar bem as mudinhas para que elas fiquem bem hidratadas, sofrendo menos com a mudan�a.
- Quanto mais terra conservamos com as ra�zes, menos as plantas v�o sofrer at� conseguir se readaptar. Procure sempre que poss�vel utilizar recipientes de sementeira que se degradem no solo, para que possam ser enterrados junto com as ra�zes, evitando o procedimento de desenformar o torr�o. Se utilizar sementeiras em bandejas, adquira no comercio uma colher de transplante, o que facilitar� a remo��o das ra�zes junto com o torr�o ao retirar a mudinha de sua cavidade na bandeja.
- Quanto menos tempo as plantas esperarem para serem replantadas, melhor. N�o deixe as ra�zes expostas muito tempo, pois elas ressecam e morrem.
- Ao se colocar a muda com o seu torr�o na cavidade aberta em seu novo local, � muito importante n�o enterrar a planta de mais ou de menos, e tamb�m ter certeza, ao tampar o buraco, que chegamos bastante terra ao redor das ra�zes, evitando que elas fiquem soltas, sem contato com o solo e sua umidade.
- Logo que as replantamos, devemos reg�-las bem, para que durante a noite elas logo recomecem a absorver �gua e restabele�am suas liga��es com o solo.
Embora por teoria as plantinhas j� possam ser transplantadas para o local definitivo ainda na fase de cotil�dones, eu prefiro s� faze-lo quando est�o mais desenvolvidas, com 6 a 8 folhas definitivas. As plantinhas muito novas quando ficam expostas � natureza, correm o risco de serem devoradas por lesmas, carac�is, grilos, p�ssaros ou qualquer animal guloso que as ache apetitosas, bem como podem sofrer danos por ventos e chuvas fortes e se desidratar sob o sol em dias quentes. Para evitar esses inconvenientes, eu prefiro transplanta-las antes para um vasinho de 500ml (os dep�sitos de manteiga ou copos grandes de milk shake s�o �timos) onde crescer�o em viveiro at� que fiquem fortes o suficiente para serem levadas ao seu local definitivo (vaso ou canteiro).