Semeando

                           O uso de sementes de qualidade e boa proced�ncia � fundamental para se obter plantas uniformes, sadias e produtivas. Verifique se a fonte fornecedora dedica cuidados especiais �s suas matrizes, como plantas livres de doen�as (principalmente as causadas por v�rus), de boa apar�ncia e cujas flores tenham sido isoladas para evitar poliniza��o cruzada com outras variedades, preservando a pureza gen�tica da variedade que se deseja cultivar. Verificar tamb�m a data em que essas sementes foram colhidas, pois as mesmas mant�m seu poder de germina��o por uma m�dia de tempo de dois a tr�s anos a temperatura ambiente, ou mais se acondicionadas sob refrigera��o a 5�C.
                           O tempo de germina��o pode variar bastante dependendo da variedade de pimenta. As variedades silvestres demoram muito, em alguns casos at� cem dias ap�s a semeadura.  Mas a m�dia de tempo para a maioria das pimentas fica entre dez e quatorze dias.
                            As sementes s�o muito pequenas e as mudinhas muito fracas quando novas, necessitando de cuidados e prote��o, por isso � necess�rio escolher um lugar separado para formar as mudas , e esse lugar � chamado sementeira.  A sementeira deve ser mantida em local iluminado, mas sem a incid�ncia direta de luz solar.  As pimenteiras s�o plantas dicotiled�neas, isto �, que ao germinarem apresentam dois cotil�dones. Os cotil�dones s�o pseudo-folhas que n�o t�m a fun��o de realizar a fotoss�ntese. Sua finalidade � armazenar nutrientes para que a planta possa se desenvolver no in�cio de sua vida. Portanto, nessa fase a planta disp�e de tudo que precisa para crescer sem precisar de luz solar direta. Mas uma boa ilumina��o indireta ou por luz filtrada, � importante para evitar que a plantinha se �espiche� muito em busca da luz que vai precisar quando surgirem as primeiras folhas definitivas. Elas podem ficar � meia sombra at� que possuam de 6 a 8 folhas. Depois de transplantadas, pode-se aumentar a quantidade de sol gradativamente, at� que fiquem a pleno sol.
                            O substrato usado deve ser solto, arejado e com boa capacidade para reten��o de umidade, a fim de fornecer todas as condi��es extr�nsecas necess�rias � germina��o das sementes. Existem substratos pr�prios para sementeiras � venda nas lojas de produtos agr�colas e jardinagem, o que facilita muito o trabalho, mas pode-se fazer o pr�prio substrato usando a mistura de areia (90%) e h�mus (10%).
                          A profundidade ideal para a semente � 0,5 cm. Se for mais rasa, a semente pode ficar exposta e desidratar. Se for mais profunda, ela gastar� muito de suas reservas energ�ticas para romper a camada de terra. Pode-se fazer um furinho no substrato e coloca-la dentro, cobrindo-se depois. Eu prefiro colocar as sementes sobre a superf�cie e peneirar a terra sobre elas, para evitar a compacta��o. As regas devem ser feitas de prefer�ncia com um borrifador, para n�o deslocar a terra nem as sementes.
                            A freq��ncia entre as regas vai depender do clima e do substrato utilizado. Tempo seco com temperaturas elevadas e substratos que ret�m pouca �gua requerem maior freq��ncia na irriga��o, que deve ser feita antes que o substrato seque totalmente. Inicialmente pode-se testar a superf�cie com as costas dos dedos para sentir a umidade. Se estiver seco, � hora de molhar. Com o tempo vir� a pr�tica e se saber� quando regar. Deve-se prestar aten��o para manter a terra �mida sem encharc�-la, o que poderia impedir a semente de respirar (�, as sementes tamb�m respiram) e causar a sua morte, como tamb�m propiciar o ataque de fungos e doen�as.
                            Qualquer recipiente livre de res�duos t�xicos, que possa conter uma quantidade m�nima de substrato pode ser usado como sementeira. Podem ser usados pequenos vasos, dep�sitos vazios de alimentos, copos de iogurte,  rolos de papel higi�nico vazios, copinhos descart�veis e at� bandejas de ovos. O importante � que se fa�a um furo no fundo para servir de dreno ao excesso de �gua das regas. Existem no com�rcio diversos tipos de sementeiras para facilitar o trabalho, como tamb�m alguns feitos em casa que s�o excelentes.  Vejamos alguns tipos:

- Copinhos de Jornal:
                  � um modo f�cil, barato e ecol�gico de se semear. A grande vantagem � que o inv�lucro feito de jornal vai direto para a terra na hora do transplante, evitando-se o risco de danificar as ra�zes caso fosse necess�rio desenformar o torr�o. Vejamos o passo-a-passo da confec��o dos potinhos:

Passo 01 -  Para sua confec��o, corta-se uma p�gina de papel-jornal de tamanho padr�o, no sentido transversal em quatro tiras.

Passo 02 -  Uma garrafa de refrigerante com di�metro de 6cm, ou outro pote nas dimens�es desejadas fornece a forma, aqui usei uma lata de refrigerante. Nela assinala-se uma altura de 10cm com uma tira de esparadrapo ou pincel at�mico.

Passo 03 -  Enrola-se a tira de papel usando-se a marca como refer�ncia.

Passo 04 -  Dobra-se embaixo, formando-se o fundo sem utiliza��o de cola.

Passo 05 -  Ap�s a dobragem, bate-se com o fundo da garrafa sobre a mesa, de modo a moldar bem o fundo dc copinho, que ficar� bem compactado.

Passo 06 -  Retirados do seu molde, os copinhos apresentam a forma de um cilindro de 10 x 6cm.

Passo 07 -  Enche-se com o substrato...

Passo 08 -  Semeando...

Passo 09 -  Mudinha em desenvolvimento...

DICA - Se confeccionar os copinhos com espessura mais fina e tiver os devidos cuidados ao manipular os mesmos durante o crescimento da muda (para que n�o se desfa�am), no momento do transplante o copo pode ir diretamente para a cova no local definitivo, bastando remover com uma tesoura o excesso de jornal dobrado no fundo. Na terra, a decomposi��o do jornal n�o ser� empecilho para o desenvolvimento das ra�zes.
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Espuma Fen�lica

               � uma t�cnica nova que a cada dia est� sendo mais usada. Utilizam-se placas de espuma confeccionadas a partir de resina fen�lica (a nossa conhecida f�rmica), que podem ser encontradas em casas de com�rcio de produtos agr�colas e de jardinagem.   Essa placa vem dividida em pequenos blocos cujas dimens�es variam de acordo com a esp�cie de planta a se cultivar e cada pequeno bloco funciona como substrato em que � introduzida a semente que uma vez germinada, pode ser transplantada ao local definitivo juntamente com o bloco, evitando assim danos �s ra�zes. A densidade da espuma n�o oferece empecilhos ao desenvolvimento do sistema radicular das plantinhas.
              � um sistema de semeadura pr�tico, barato, r�pido, limpo e higi�nico, que a cada dia ganha mais adeptos entre os cultivadores de pimentas. Ao usa-lo, deve-se seguir os seguintes passos:

1- Toma-se a placa com as dimens�es escolhidas. Aqui eu usei uma placa com
     blocos de 2 x 2 x 2 cm.
2- Separa-se um peda�o da placa com a quantidade de blocos necess�ria ao
    n�mero de sementes � germinar. Aqui s�o dezesseis blocos.
3- Coloca-se sobre uma peneira, grelha ou qualquer superf�cie vazada e rega-
    se abundantemente. Espere escorrer o excesso de �gua.
4- Com a ponta de um l�pis, chave Phillips ou qualquer objeto pontiagudo nas
    mesmas dimens�es, confeccionam-se furos com 0,5 cm de profundidade no 
    centro de cada bloco.
















5- Ponha uma ou duas sementes em cada furo.
6- O conjunto � colocado em um recipiente e coberto com uma folha pl�stica
     perfurada, dessas usadas em sacos de embalagem para p�o. Mantenha a
    espuma sempre �mida at� a semente germinar.
7- O bloco com a muda � destacado do conjunto.
8- Levado ao pote de crescimento no viveiro, � enterrado, deixando-se apenas o caule e os cotil�dones expostos.
Semeadura em Bandejas.

                Esse processo economiza tempo e espa�o, facilitando muito o trabalho de produ��o de mudas. As bandejas s�o confeccionadas em isopor ou polietileno com c�lulas dispostas lado � lado, com formato piramidal invertido para facilitar a remo��o da muda junto com seu substrato. Cada c�lula deve ter no fundo o seu furo de drenagem, e para evitar que as ra�zes saiam por esses furos, as bandejas n�o devem ficar em contato com o solo, devendo permanecer suspensas sobre uma tela ou ripado, se poss�vel com uma fonte de luz embaixo da mesma.
L� de Rocha

                S� muda o material de que s�o feitos os blocos, mas o uso e manuseio s�o iguais aos da espuma fen�lica.
Aqui os bloquinhos foram totalmente separados e colocados em copos individuais apenas para facilitar a identifica��o.
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