I BTT Serra do Gerês
Percurso efectuado: Marina de Rio Caldo - Aldeia de Stª Isabel do Monte - Aldeia de Freitas -Aldeia de covilde -Vila de Gerês - Marina de Rio Caldo
Distância : 44 Km
Dificuldade Fisica/Técnica : Média / Elevada
Partida (prevista) : 10h
Chegada (prevista) : 15h30
I Btt Serra do Gerês
Vitor Dias -Btt Arouca
Passeio a Drave
Marina de Rio Caldo
Então vamos lá falar da minha "primeira vez" num passeio de BTT !!!
Na verdade , este foi o meu primeiro passeio a sério pois até aqui só tinha treinado nos trilhos de Arouca (que por sinal são muito bons!). O Oliveira tinha já proposto este passeio , e eu respondi "Porque não!"

A saída de Arouca tinha ficado marcada para as 6 da manhã de Domingo ! 6 da manhã !!
Um Domingo! Acordar foi um pesadelo! No entanto consegui! Depois: direcção Braga em pouco mais de 1 hora.
Chegamos a Braga, onde supostamente deviamos encontrar o Caetano , que já tinha ido para lá no dia anterior. Telefonámos e...nada! Voltamos a telefonar e ... outra vez nada. Finalmente lá atendeu o telemóvel e veio ter com a malta.

Fomos os primeiros a chegar á marina de rio Caldo , por sinal , um local espectacular. Fomos montar as bicalas , fazer as inscrições e receber as lembranças , enquanto o resto do pessoal não chegava.

Já passava das 10 quando se deu a partida , antes ainda tinhamos tido um "briefing" sobre a dureza do percurso e da possibilidade de fazermos a 1ª etapa no jipe da organização, isto para quem pensava não aguentar. Pelo vistos ia ser uma hora sempre a subir.
Muitos "acobardaram-se" e meteram as biclas em cima do atrelado. Eu achei que se vinha para um passeio era para fazer o trajecto completo. Então lá fui eu para mais de uma hora de subida.

Na verdade começou muito bem, nas calmas, por estrada até chegar a um caminho de mato..e lá começamos a subir. O piso era um pouco dificil porque era essencialmente areia o que dava pouca aderência e pouca tracção. Comecei um pouco acima do meu ritmo porque o Oliveira e o Caetano - cheios de gaz(es) - já tinham desaparecido. tentei acelerar um pouco mas a verdade é que aquilo subia que se fartava. À medida que ia sendo ultrapassado por alguns , desejava desesperadamente ver uma daquelas antenas de alta tensão enormes , que marcava o fim da subida

Uma hora depois, cheguei a uma zona onde estava um tanque de água enorme que mais parecia uma piscina, com aquele calor e no meio daquela paisagem verdejante, só apetecia mesmo dar um mergulho! Ai! Ai! Era aqui que chegavam (comodamente instalados) os participantes que se tinham "acorbadado"! Se eu soubesse o que me esperava talvez tivesse feito o mesmo!
Ainda faltava mais um pouco (mais ou menos 15 minutos) para chegar finalmente ao miradouro.Com uma vista espectacular sobre a Albufeira da Caniçada, era um local espectacular para dar uns roncos! Já tava todo partido, e à minha espera, tinha o Oliveira e o Caetano, sorridentes, com cara de quem devia pensar que eu já estava bem arrependido !
A paragem foi muito curta, fizemos mais uns metros e chegámos enfim á zona de reabestecimento! Super? Sem chumbo!? Não! O que eu queria mesmo era comer qualquer coisa! Depois de engolir umas sandes, uma fruta e uns sumos! Miam, miam! os betetistas deram lugar aos fotógrafos, para captar momentos Kodak (passem a publicidade!) enquanto outros aproveitavam para se esticar um pouco.
Uma grande foto do mês de Abril pelo site BTT de Matosinhos.
A paragem foi saboreada até ao último segundo e meia hora depois já estávamos todos prontos para mais. Eu pensava (devo reconhecer que uma forma um pouco ingénua) que as subidas tinham acabado ali. Afinal já tinhamos subido mais de 900m de altitude. Se o reinicio foi bastante suave , a não ser o facto de nos aparecer uma manada de vacas ao virar uma curva, a continuação das subidas não se fez tardar.
Chegámos a um troço de estrada que nos levou por duas aldeias bastante pitorescas, onde pudemos encontrar (pasmem-se) alguns porcos enormes, com pintas pretas como as vacas, completamente à solta junto das casas, rebolando-se numa pilha de areia como se nada se passasse. Mais à frente, passámos por um souto de castanheiro seculares enormes, e aqui começou novamente a subida, mas!!!...o pior ainda estava para vir!
O pior era uma passagem espectacular numa zona que incluía uma subida muito acentuada com terreno húmido, de pouca aderência e no meio de calhaus gigantescos!
Dava para pensar "Quem raio é que deixou ficar aqui estes calhaus!"
Espectacular. chegados ao cimo , a vista parecia abarcar um horizonte quase infinito onde tudo não passava de verde, cinzento, azul e branco - florestas, serras, céu e nuvens.
Mais alguns momentos Kodak antes de iniciar uma descida muito técnica e traiçoeira, num piso misto que incluia muia areia, terra enlameada e pedras soltas.
Enfim, o ideal para ver uns tombos.
Por sorte não caí (embora nalgumas ocasiões pouco faltou) e não vi ninguém cair.
O Oliveira andava cheio de medo porque estreava nesse mesmo dia os pedais automáticos na sua Scott. Mas teve sorte não lhe aconteceu nada, mas diz ele que assistiu a algumas quedas jeitosas !
Já de regresso  ao asfalto, passámos (nesta altura o Oliveira e eu seguiamos juntos.O Caetano? Nem sinal dele!) pelo santuário do S.Bento da Porta aberta, sempre a dar gás, e nem parámos porque ainda queriamos fazer a parte extra do percurso.
Esta parte consistia em percorrer as margens de toda a Albufeira da Caniçada até chegar a Rio Caldo.
Junto ao Santuário, após algumas dúvidas sobre o percurso, iniciamos então uma descida vertiginosa (por pouco não me espatifei todo numa curva!) até á minuscula ponte que nos ia servir de travessia.
Depois foi só seguir a margem até ao outro lado, e evitar os (muitos) sapos que estavam "passados a ferro" na estrada. Fenómono curioso, não?!?!

Nessa altura já não havia mais forças, as dores eram muitas, e restava-nos apenas a força de vontade para chegar ao fim. Uma ultima subida para chegar à estrada que dá ligação para Vila de Gerês e finalmente foi sempre a descer até à Marina.
Uuuuuffffaaaaa! O Caetano já estava à espera! Todo partido como nós , claro !
Última corrida para a EB 2/3 da zona (desta vez de carro  :-) ) para tomar banho.
Por fim um merecido caldinho verde com chouriço (que estava uma maravilha ou será que foi da fome ??!) e broa, para reforçar o estômago.Se o Oliveira e o Caetano não me tivessem chamado nem o teria provado, mas aquela soneca no chão da marina estava a saber tão bem...Isto é que foi um baptismo!
Uma coisa já percebi: estes passeios, de passeio, só mesmo o nome, porque na verdade o ritmo é quase de competição! Ninguém quer dar parte de mais fraco, por isso é sempre a pedalar!
Ultimo destino: Arouca! Só quero a minha cama!
Pró ano, há mais!
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