| Em
|
Oh, m
| inha mãe gentil,
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| E7
|
Mas,
| não sê tão ingrata,
|
| Am
|
não esq
| uece quem te amou
|
| B7
|
se perdeu e se enco
| ntrou
|
| C
| B7
|
Ai
| esta terra ainda vai cumprir seu ideal
|
|
| 51/52/53
| C
| B7
|
| Ai
| nda vai tornar-se um imenso Portugal
|
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[Falado]
Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano
uma boa dose de lirismo...
(além da sífilis, é claro)*
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas
em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e, sinceramente, chora...
B7
|
Com avencas na caatinga
|
| Am
|
com r
| endas do Alentejo
|
| F#7
|
de q
| uem, numa bravata,
|
| B7
| E7
|
arrebata um b
| eijo...
|
|
| C
| B7
|
Ai
| esta terra ainda vai cumprir seu ideal
|
|
| 51/52/53
| C
| B7
|
| Ai
| nda vai tornar-se um imenso Portugal
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|
[Recitado: "Soneto"]
Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos, o golpe duro e presto.
De tal maneira que, depois de feito,
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito,
É que há distância entre intenção e gesto.
E se o meu coração nas mãos estreito,
Me assombra a súbita impressão de incesto.
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa,
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que, senão, o coração perdoa...
| Em
|
Jas
| mins,coqueiros,fontes,
|
| Am
|
que c
| orre Trás-os-Montes
|
| B7
| E7
|
deságua no T
| ejo...
|
|
| C
| B7
|
Ai
| esta terra ainda vai cumprir seu
| ideal
|
| 51/52/53
| C
| B7
|
| Ai
| nda vai tornar-se um Império Colo
| nial !
|
|