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Conceitos
básicos do Marxismo
Definir claramente
o sentido de Socialismo, hoje em dia, não constitui tarefa
das mais simples. Essa dificuldade pode ser creditada à
utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou
por gerar um terreno bastante propício a confusões.
Constantemente encontramos afirmações de que os comunistas
lutam pelo socialismo, assim como também o fazem os
anarquistas, os anarco-sindicalistas, os sociais-democratas e
até mesmo os próprios socialistas. A leitura de jornais vai
nos informar que os governos Cubano, Chines, Vietnamita, Alemão,
Austríaco, Ingles, Francês, Sueco entre outros,
proclamam-se socialistas. Caberia então perguntar o que é
que vem a ser este conceito, tão vasto, que consegue
englobar coisas tão dispares.
A História das Idéias
Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro
deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas
Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e
Engels no universo das propostas de construção da nova
sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior
homogenidade ao movimento socialista internacional.
Pela primeira vez,
trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em
socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela
preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao
poder.
As idéias de Karl Marx e
Friedrich Engels
As teses apresentadas por
Marx e Engels levaram a uma total modificação do caminho
que vinha sendo percorrido pelas idéias socialistas e
constituíram a base do socialismo moderno. Apesar de obras
anteriores, é o Manifesto do Partido Comunista que inova
definitivamente o ideário socialista. A partir de sua
publicação em 1848, tanto Marx quanto Engels aprofundaram e
detalharam, em suas demais obras, suas concepções sobre a
nova sociedade e sobre a História da humanidade.
Antes de qualquer coisa,
devemos fugir à idéia de que anteriormente a Marx
existissem apenas trevas. O que há de genial no trabalho de
Marx é sua aguçada visão da História e dos movimentos
sociais e a utilização de instrumentos de análise que ele
próprio criou.
Marx se serve de três
principais correntes do pensamento que se vinham
desenvolvendo, na Europa, no século passado, coloca-as em
relação umas com as outras e as completa em suas obras. Sem
a inspiração nestas três correntes, admite o próprio
Marx, a elaboração de suas idéias teria sido impossível.
São elas: a dialética, a economia política inglesa e o
socialismo.
Para Marx o
movimento dialético não possui por base algo espiritual mas
sim algo material.
O materialismo dialético
é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se
contentou em introduzir esta importante modificação apenas
no terreno da filosofia. Ele adentrou no terreno da História
e ali desenvolveu uma teoria científica: O materialismo histórico.
O materialismo histórico, a concepção materialista da história
desenvolvida por Marx e Engels, é uma ruptura à História
como vinha sendo estudada até então. A história idealista
que dominava até então. A história idealista que dominava
até aquela época chamava-se de História da Humanidade ou
História da Civilização a algo que não passava de mera
seqüência oredenada de fatos histórico relativos às
religiões, impérios, reinados, imperadores, reis e etc.
Para Marx as coisas
não funcionavam desta maneira. Em primeiro lugar, como
materialista, interessava-lhe descobrir a base material
daquelas sociedades, religiões, impérios e etc. A ele
importava saber qual era a base econômica que sustentava
estas sociedades: quem produzia, como produzia, com que
produzia, para quem produzia e assim por diante. Foi visando
isto que ele se lançou ao estudo da Economia Política,
tomando como ponto de partida a escola inglesa cujos
expoentes máximos eram Adam Smith e David Ricardo. Em
segundo lugar uma vez que a base filosófica de todo o
pensamento marxista (e, portanto, também de sua visão de
história) era o materialismo dialético, Marx queria mostrar
o movimento da história das civilizações enquanto
movimento dialético. A teoria da História de Marx e Engels
foi elaborada a partir de uma questão bastante simples.
Examinando o desenvolvimento histórico da Humanidade,
pode-se facilmente notar que a filosofia, a religião, a
moral, o direito, a indústria, o coméricio etc., bem como
as instituições onde estes valores são representados, não
são sempre entendidos pelos homens da mesma maneira. Este
fato é evidente: A religião na Grécia não é vista da
mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a
moral existente durante o Império Romano não é a mesma
moral existente durante a idade média.
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