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O Principal
indicador do volume da economia é o Produto Interno Bruto (PIB). A evolução
recente do PIB sintetiza o salto econômico brasileiro.
A evolução
do PIB tomada isoladamente é um indicador precário, pois ela não revela a
situação da produção da riqueza por habitante, mas unicamente o volume
global da riqueza criada.
Entretanto,
quando se analisa o PIB per capita, verifica-se também um salto econômico
extremamente significativo.
O Produto
Interno Bruto reflete a superfície quantitativa da economia dos países.
O PIB da China, que tem mais de 1 bilhão de habitantes, está na faixa
do PIB da Espanha, que não tem mais de 40 milhões de habitantes. A riqueza
social proporcionada pela economia espanhola é muito maior que aquela
proporcionada pela economia chinesa. O Brasil, com um PIB inferior ao da
Espanha, possui uma população três vezes e meio superior à daquele país.
O PIB per
capita representa uma média, isto é, a parcela ideal da renda nacional
apropriada por cada habitante. Contudo, está muito longe de representar a
parcela real da renda apropriada pelos habitantes de um país. Como qualquer média,
ele dissimula os contrastes entre os rendimentos das diferentes classes e grupos
sociais.
Um
entre cada quatro trabalhadores brasileiros recebe até‚ um salário por mês.
Pouco mais da metade da força de trabalho do pa¡s recebe até‚ dois salários
mínimos mensais. Por outro lado, apenas 2,6% da população ganham mais de 20
salários mínimos por mês. Entre as mulheres, a situação ‚ ainda pior:
apenas 1,7% ganham mais de 20 salários mínimos, e 38,9% ganham menos de um salário
mínimos. Os setores com remuneração mais baixa são serviços domésticos,
agricultura, pecuária e pesca que, juntas, empregavam 42,6% da população
brasileira na ‚época do censo.O Nordeste tem as médias salariais mais baixas
(46,2% da força de trabalho recebe até‚ um salário mínimo) enquanto
Centro-Oeste e Sudeste têm os salários mais altos (entre 3,3% e 3,4% da força
de trabalho recebem mais de 20 salários mínimos). No total, 56,4% da
população com mais de 10 anos trabalham - 69,4% dos homens e 44,1% das
mulheres.
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