Princípio
ativo
A maconha é uma erva de nome científico Cannabis sativa
que, dependendo das condições de cultivo, pode sintetizar
uma porcentagem maior ou menor de uma substância denominada
THC, ou tetrahidrocanabinol, que é a principal responsável
pelos efeitos da droga no organismo humano.
A
forma de consumo varia desde a inalação de sua fumaça por
meio de cigarro ou incensos. Pode ser também ingerida sob
forma de chá ou comprimido. Os usuários fumam em cigarros
feitos artesanalmente pelos próprios consumidores ou com a
ajuda de objetos como cachimbos.
Principais
efeitos
Os efeitos causados pelo consumo da maconha, bem como a sua
intensidade, são os mais variáveis e estão intimamente
ligados à dose utilizada, à concentração de THC na erva
consumida e à reação do organismo do consumidor com a
presença da droga.
Os
efeitos físicos mais freqüentes são avermelhamento dos
olhos, ressecamento da boca e taquicardia (elevação dos
batimentos cardíacos, que sobem de 60 - 80 por minuto para
120 - 140 batidas por minuto).
Com
o uso contínuo, alguns órgãos como o pulmão passam a ser
afetados mais seriamente pela maconha. Devido à contínua
exposição com a fumaça tóxica da droga, o sistema
respiratório do usuário começa a apresentar problemas como
bronquite e perda da capacidade respiratória. Além disso,
por absorver uma quantidade considerável de alcatrão,
presente na fumaça de maconha, os usuários da droga estão
mais sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão.
O
consumo de maconha também diminui a produção de
testosterona. A testosterona é um hormônio masculino que é
responsável, entre outras coisas, pela produção de
espermatozóides. Portanto, com a diminuição da quantidade
de testosterona, o homem que consome continuamente maconha
apresenta uma capacidade reprodutiva menor.
Os
efeitos psíquicos são os mais variados, sendo que a sua
manifestação depende do organismo e das características da
erva consumida. As sensações mais comuns são um bem-estar
inicial, relaxamento, calma e vontade de rir. Pode-se sentir
angústia, desespero, pânico e letargia. Ocorre ainda uma
perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na
memória e latente falta de atenção.
Em
um longo prazo, o consumo de maconha pode reduzir a
capacidade de aprendizado e memorização além de passar a
apresentar uma falta de motivação para desempenhar as
tarefas mais simples do cotidiano.
Histórico
A maconha, como a maioria das drogas, tem seus primeiros indícios
há mais de cinco mil anos, quando povos como os chineses e
persas usavam a droga como incenso em cerimônias religiosas.
Era também utilizada como recompensa para mercenários, para
fins medicinais.
Seu
uso na medicina perdurou até o início do século XX, quando
a droga passou a ser consumida apenas para alterar o estado
mental do usuário.
No
Brasil, a droga também foi muito utilizada, no século
passado, como medicamento para vários males, mas devido ao
crescente número de usuários que passaram a consumir a
droga abusivamente e para fins não medicinais, ela foi
proibida. Em todo o Ocidente a droga foi proibida na década
de 40.
Nos
anos 70, os hippies começaram a usar a maconha não só para
alterar seu estado mental, mas também como uma demonstração
de protesto contra o sistema social e político vigente na época.
Hoje
existem diversos defensores da legalização do uso da droga
e, em alguns países europeus como Suíça, Holanda e mais
recentemente Portugal, o consumo da droga já foi
regulamentado.
Curiosidades
A maconha sempre esteve ligada à religião e à
medicina. As primeiras notícias que se tem sobre o uso da
droga são em cerimônias religiosas na China ou no
tratamentos de doenças. Hoje a droga ainda apresenta funções
na medicina, como no tratamento da epilepsia e no
abrandamento dos efeitos colaterais no tratamento do câncer
como vômitos e náuseas. Além das atuais funções
medicinais, a droga ainda é considerada sagrada em algumas
religiões de países da América Central e Ásia.
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