O Futuro Nunca Morre

Capítulo 4: Entre sonhos e pesadelos


Gotham City, mansão Wayne

O cavaleiro de Fênix, Ikki, havia retornado da morte como já fizera antes e no momento em que era mais necessário, mas o que ninguém esperava era que não agisse imediatamente. Ao ver Seiya, Gohan e os outros lutando contra Dash e Hyoga que também já foram seus amigos aparentemente ele ficou confuso, Hyoga lhe ofereceu primeiro que se unisse a eles, Ikki apenas sorriu e aceitou.

- Ikki: Ave Fênix! - Ikki lança seu ataque mais poderoso, o golpe se divide em sete aves de fogo que voam ao redor de todos, e em seguida se separam para atacar diferentes alvos, a primeira se dirige até Gohan.

- Gohan: Seu maldito. - Gohan tenta deter o ataque mas o Ave Fênix é muito mais rápido que ele, que fica indefeso. Porém, repentinamente a ave se desvia dele. - O quê?

- Hyoga: Aaaahh! - Gohan se vira e vê que o ataque de Fênix acertou Hyoga. As outras aves caem como mísseis derrubando Hayako, Nerkull e Bulldog. Hiroshi consegue se esquivar por muito pouco e McTaggar se move velozmente escapando da trajetória do ataque.

- McTaggar: Ora, parece que nos enganamos. - o último vai até Dash, mas este o repele com uma mão mandando-o contra uma colina que é destruída ao recebê-lo. Ikki então desce frente a Dash diante do assombro de todos.

- Ikki: Será melhor se retirar com suas tropas, porque acaba de aparecer outro rival seu.

- Dash: Do que está falando? - Dash olha para o que restava da colina, onde surgia no ar outro homem que emanava sua energia por todo o corpo, uma marca particular o denunciava, seu olho esquerdo brilhava intensamente. - Embora estejam contra mim saibam que uma parte de mim fica feliz por estarem vivos.

- Seiya: X-Man! - Nate Grey aparece baixando até o campo de batalha e se coloca diante de Dash.

- Picollo: Bem Dash, vamos terminar com isto? - as lutas haviam cessado mas não demorariam muito para recomeçar, Dash permanecia pensando e meditando na situação até que se decide.

- Dash: Já foi derramado muito sangue. Hyoga, Valentim, Hiroshi, Bulldog, Nerkull e Hayako, deixaremos isto pendente, não quero me arriscar a perder ninguém, dadas as circunstâncias.

- Nerkull: Não se preocupe, eu sozinho posso matar todo este bando de fracotes.

- Vejita: Quero ver você tentar, inseto.

- Nerkull: Vou te mostrar agora mesmo! - Nerkull se prepara para lutar contra Vejita mas Dash o detém erguendo sua voz para todos.

- Dash: Chega Nerkull! Por hoje já terminamos! Seiya, Goku e todos vocês, se insistem em continuar lutando aproveitem estes últimos momentos de paz, pois garanto que voltaremos a nos encontrar. - Dash abre o portal que os trouxe e todos o atravessam voando.

- Seiya: Dash, espere! - Dash se vira para Seiya mas finalmente desaparece.

- Spawn: Uau, se tivesse um pouco de fé diria que foi um milagre. - todos se reúnem em volta dos recém-chegados, principalmente de Ikki.

- Ikki: É bom vê-los, amigos.

- Seiya: Puxa Ikki, você volta da morte e a primeira coisa que faz é que desconfiemos de você.

- Ikki: Também fico feliz em vê-lo Seiya, além do mais sabe que sempre podem confiar em mim.

- Lucy: Muito obrigada Ikki, que bom que esteja de volta.

- Ikki: Olá Lucy, vejo que mudou muito. - em seguida se vira para Seiya e sussurra . - Desta vez bato em você se deixá-la escapar de novo. - Seiya apenas sorri encabulado.

- Vejita: Sabia que você não era o tipo de canalha que ficaria devendo um duelo.

- Ikki: Quando quiser Vejita, mas não agora, vou me retirar por um tempo. - Ikki abre as asas de sua armadura e parte voando.

- Seiya: Típico dele.

- Spawn: Acho que Ikki tem razão.

- Goku: Também vai embora, Spawn?

- Spawn: Não se preocupem que não é para sempre, tenho alguns assuntos para resolver.

- Goku: Spawn... a próxima vez que todos nos encontrarmos será a batalha final.

- Spawn: Sei disso... - uma luz ilumina todo o corpo de Spawn, desaparecendo logo depois com seu teletransporte, Goku ia fazer o mesmo colocando seus dedos na testa.

- X-Man: Goku, aonde vai?

- Gohan: Papai...

- Goku: Tenho que ir a um lugar, acho que todos temos que descansar.

- Shiryu: Sim, Goku tem razão. - diz ao tirar o elmo de sua cabeça.

- Trunks: Você também vai, Shiryu?

- Shiryu: Voltarei quando tudo começar. - Shiryu parte voando ao mesmo tempo em que Goku se teletransporta, Vejita também se preparava para sair.

- Picollo: Está desapontado?

- Vejita: Não deixarei que me vençam facilmente... voltarei mais forte, vocês verão.

- Picollo: Eu também. - Picollo e Vejita se afastam voando em direções diferentes, Lucy os vê partir ficando junto com Seiya enquanto Serena, Hotaru, Batman e Jubileu voltam à mansão Wayne.

- Seiya: Conheço Dash, não atacará imediatamente, dará um tempo, talvez seja bom descansar.

- Lucy: Sabe? É algo que já faz tempo que queria fazer. - Lucy se vira para Seiya sorrindo, ambos começam a caminhar até os outros em meio ao terreno de destruição enquanto o entardecer se aproximava.

As horas passam e a noite chega, os que ficaram tentam descansar, enquanto outros como Gohan passam por sessões na sala de treinamento, uma réplica da Sala de Perigo da mansão X com uma gravidade que podia ser aumentada até quinhentas vezes. E é assim que ele está treinando. O campo de batalha era uma zona desértica onde era atacado por numerosos inimigos, Gohan usava toda sua energia se movendo o mais rápido que podia e atacando com as diferentes técnicas que desenvolveu nesses anos, nisso sente uma presença atrás dele.

- Gohan: Haaaa! - Gohan se vira rapidamente e lança uma bola de energia, mas só então percebe que quem estava ali era Seiya. - Seiya!

- Seiya: Aaaah! - uma explosão atinge o lugar onde Seiya estava, a fumaça se levanta tirando a visibilidade.

- Gohan: Pausa na sessão! - ao dizer essa frase o deserto desaparece, a sala de perigo volta ao normal, Gohan vai ver se Seiya estava ferido, mas no lugar onde ocorrera a explosão não havia nada.

- Seiya: Ufa, passou perto.

- Gohan: Seiya, você está bem! - Seiya aparece flutuando ao lado de Gohan, sem nenhum arranhão. - "Não só aprendeu a voar como parece ter aumentado seus poderes".

- Seiya: Desculpe Gohan, é que senti sua presença aqui mas não sabia como isso funcionava, então entrei.

- Gohan: E o que você quer? - perguntou com um tom duro enquanto examinava os controles em uma parede.

- Seiya: Só queria conversar, sei que ainda estão zangados comigo por não aparecer até agora e...

-Gohan: Não, não é isso... - interrompe e fica pensando por uns momentos. - ...bom, talvez em parte sim, mas tambéém sei que os outros assim como eu sentem um grande alívio ao saber que está aqui para nos ajudar.

- Seiya: Ainda não sei se posso lutar com esses agentes, nunca tinha visto poderes assim antes.

- Gohan: Lembra quando você, eu e os outros que estávamos mais ou menos nas mesmas idades de adolescentes? Nas batalhas, dependíamos da força de adultos experientes como meu pai e Vejita. Agora dependemos de nós mesmos para salvar o mundo.

- Seiya: Sim, tem razão.

- Gohan: Embora deva admitir... as coisas não são mais como eram antes... aconteceram muitas coisas... coisas que machucaram muitos entes queridos, entre eles, meus pais.

- Seiya: O que aconteceu?

- Gohan: Acho que seria melhor vocês conversarem, embora não saiba, ele gostava de você.

- Seiya: Seu pai foi um dos poucos que eu respeitei... vou falar com ele então. - Seiya dá meia volta, mas quando está prestes a sair, Gohan o detém por um momento falando.

- Gohan: Seiya, realmente não guardo rancores de você, sei o que significou para todos vocês o que houve, mas quero que saiba que ainda há pessoas que realmente precisam da sua presença, lembre disso.

- Seiya: Farei isso.

 

Uma cidade é visitada por alguém após muitos anos. As ruas, os prédios, as casas, tudo está em ruínas, os únicos seres vivos que restam são ratos, baratas e outros insetos. Um homem caminha pela rua destruída, cenário de uma guerra devastadora que custou muitas vidas, incluindo uma que afetou imensamente quem está andando ali, sua identidade se revela com a luz da lua, o saiyajin que sempre foi humano, Goku. Sua caminhada por essa cidade para frente às ruínas de um edifício, uma cruz vermelha quase apagada revela que o edifício já foi um hospital, Goku fica ali, sem se mover com os olhos fechados, meditando profundamente. Este seu comportamento estranho foi ocultado de seus amigos por muito tempo, havia algo nesse lugar que trazia uma imensa dor.

- Tudo bem, Goku? - Goku abre os olhos ao se dar conta pela voz de que não estava sozinho.

- Goku: Seiya? O que está fazendo aqui? - Seiya aparece entre as sombras desse lugar se aproximando de Goku, que não afastava seu olhar dessas ruínas.

- Seiya: Diga, você está bem?

- Goku: Um pouco... este lugar... tinha que vir aqui antes de enfrentá-los pela última vez.

- Seiya: Dash ou um de seus agentes estiveram aqui? Feriram alguém?

- Goku: Não, não foram eles. - um pesado silêncio se seguiu, Seiya estava pensando se deveria ir embora, se Goku preferia ficar sozinho.

- Seiya: Ouça, nós... podemos conversar mais tarde.

- Goku: Não espere! Fez bem em vir aqui... - Goku tinha um olhar muito sério, era a primeira vez que Seiya o via assim. - Não sei se você ficou sabendo que Chi Chi esteve grávida alguns anos atrás.

- Seiya: O quê? Não, não sabia.

- Goku: Foi quando toda a Terra parecia um maldito Apocalipse. Não sei por que de repente as ruas de diferentes partes do mundo começaram a ser invadidas por soldados humanos matando uns aos outros. As explosões chegaram até o lugar onde vivíamos, nunca tinha sentido um poder assim de uma arma, Bulma me disse que se chamavam bombas nucleares... fiz todo o possível para proteger meus amigos, mas não sei porque, mas o poder de uma dessas bombas atingiu Chi Chi quando estava a um mês de dar à luz... ela foi levada ao hospital, estava muito ferida. Eu fiquei no hospital alguns meses apesar do desconforto que esses lugares me trazem, permaneci a seu lado....

- Seiya: Não... então o bebê...

- Goku: Os médicos disseram que quando trouxemos Chi Chi ao hospital teve que fazer o parto prematuramente... mas não puderam salvá-lo... Chi Chi também esteve prestes a morrer, felizmente pôde se salvar, mas nunca se recuperou totalmente... - ao lembrar os detalhes dessa tragédia Goku começava a se enfurecer e olhar com raiva o que restava do edifício. - ...porque perdemos nosso filho e não podíamos trazê-lo de volta, as esferas do dragão haviam desaparecido, todo o mundo estava se destruindo e logo um maníaco chamado Apocalipse se proclamou o causador de todas essas guerras... - Goku explode seu ki transformando-se em super saiyajin, fazendo Seiya recuar com o vento causado pela expulsão de seu poder, Goku dispara provocando uma explosão nas ruínas do edifício, depois se acalma pouco a pouco e volta a recuperar o controle.

- Seiya: Goku...

- Goku: Me desculpe... isso deve ter alertado as defesas de Dash...

- Seiya: Não se preocupe, você apenas desabafou... eu sei realmente o que sente, perder alguém, ainda mais um filho que não teve a chance de conhecer, dói no mais fundo da alma...

- Goku: Foi... por isso que se afastou?

- Seiya: Sim... após a batalha contra Hades, minha irmã apareceu, e quando mataram Saori senti que meu mundo desabava, mas não podia deixar minha irmã sozinha... ela estava doente, precisava que de mim, principalmente quando a Grécia foi invadida pelas forças russas que tomaram quase toda a Europa...

- Goku: O que aconteceu?

- Seiya: Minha irmã... morreu... foi um ataque que destruiu a cidade onde estávamos, com todas as pessoas... acho que acidentalmente um dos mísseis de teste dos malditos militares se desviou... senti uma fúria como nunca antes e busquei por vingança durante quase um ano... lutando, apenas lutando...

- Goku: Então foi você quem destruiu toda a força militar da Rússia?

- Seiya: Parece que sim, enfrentei um monstro com tentáculos chamado Ômega Vermelho, parece que a Patrulha Vermelha havia se encarregado de reconstruí-lo... depois disso não quis mais saber do mundo, até que... até que abri os olhos e senti as estrelas de amigos que haviam lutado junto comigo desaparecerem... tinha medo de não ter a força necessária para voltar a lutar mas tinha que fazer alguma coisa... - Goku põe sua mão no ombro de Seiya.

- Goku: Você fez o certo, todos temos atravessado um duro caminho e esta é a reta final, temos que dar tudo de nós pelas pessoas que amamos. - Goku se vira e olha para o céu, um sorriso ilumina seu rosto, algo do Goku de antes havia voltado e Seiya percebia. - Quer saber? Quero ver o quanto você ficou forte.

- Seiya: Vou lhe mostrar no campo de batalha... mas tem alguém que quero ver agora... nos vemos amanhã Goku. - Seiya parte voando sob o olhar de Goku que também toma outro rumo caminhando pela rua em meio a uma noite onde as estrelas brilhavam intensamente.

 

Mansão Wayne

Num dos quartos da mansão, a porta estava ligeiramente aberta e o som do chuveiro vindo do banheiro cessa. Quem sai com uma toalha no corpo e outra cobrindo sua longa cabeleira loira é Serena, que se prepara para descansar depois de tanto tempo sem poder fazê-lo. Seu pijama estava sobre uma cadeira, já ia tirar a toalha para se vestir.

- ...Aham...

- Serena: Hã? - Serena olha na direção de onde veio esse som, o responsável estava sentado em sua cama esperando por ela, era Nate Grey.

- Nate: Desculpe, não queria te assustar, mas já estava há muito tempo esperando aqui.

- Serena: Nate, não sabe que é falta de educação entrar assim num quarto, principalmente de uma garota como eu! - Serena faz movimento brusco que faz com que sua toalha que não estava bem segura caia, oferecendo a Nate um espetáculo inesperado, deixando-o de boca aberta sem reação. - O que foi agora? ............AAAAHHH! Vire-se agora!!

- Nate: Hã? Ah! S-sim... - Nate rapidamente obedece a ordem enquanto se recupera do transe. - Desculpe, mas pensei que iria se trocar lá dentro.

- Serena: Estou dentro!

- Nate: Dentro do banheiro... bom, pelo menos não foi nada que não tenha visto antes, he, he...

- Serena: Fique quieto! Bom, já pode olhar agora.

- Nate: Obrigado. Venha, sente-se aqui. - diz sentando-se numa cadeira ao lado da cama.

- Serena: Bom, vejo que se recuperou, fico feliz em vê-lo de novo.

- Nate: Eu agradeço, também fico feliz mas ainda não me recuperei completamente...

- Serena: Sua perna...

- Nate: Está bem, mas não posso confiar muito... Dash sabe mesmo bater, foi um milagre sair vivo de uma luta com ele.

- Serena: É mesmo, você foi um dos poucos que lutaram com ele desde que... desde que ficou irreconhecível... é uma pena que tudo isso tenha acontecido, às vezes me pergunto como seriam as coisas se nada disso tivesse ocorrido, se pudéssemos viver em paz em vez de estar lutando... se pudéssemos usufruir de uma vida normal e tranqüila junto a... junto a... - Serena abraça suas pernas e apóia seu rosto nos joelhos enquanto rolam lágrimas. - D-desculpe... você me conhece, choro o tempo todo. - Nate segura a mão de Serena que olha para ele, sua tristeza diminuía um pouco.

- Nate: O importante é que ainda está conosco, meus ferimentos não são nada comparados com o que você sofreu, pode ter certeza de que ficarei ao seu lado...

- Serena: O-obrigada... eu agradeço de verdade, Nate... nossa, fico mesmo muito feliz que esteja vivo! - Serena salta e abraça Nate, ficando assim por um bom tempo.

 

Conforme a noite avançava outras coisas ocorriam na torre do Patriarca, em especial em um dos andares onde ficam as acomodações de um dos agentes, o de aparência mais elegante e também mais misterioso, o de cabeleira loira, Valentim McTaggar. O agente tem em sua mão uma taça de vinho e na outra um cigarro, o quarto tinha uma estante com livros em uma das paredes e uma janela com sacada onde se podia ver a cidade. McTaggar se senta em uma cara e confortável poltrona de couro depois de colocar uma música clássica de Mozart num aparelho de som ao lado e permanece sentado tranqüilo desfrutando de seu vinho. Mas não é o único que está nesse quarto.

- McTaggar: Um brinde pela ambição sustentada por grandes idéias surgidas de uma grande mente... Gostaria de um gole... Hayako? - Hayako aparece entre as sombras ao lado da estante.

- Hayako: Não concordo com você.

- McTaggar: Ha! Vamos, sei que tem o desejo de controlá-lo, de controlar tudo. - Hayako rodeia McTaggar que continuava comodamente sentado em sua poltrona.

- Hayako: Vejo que minhas suspeitas estavam certas... todo este tempo tem estado ao lado de Dash apenas por conveniência, quando chegar a hora... irá destruí-lo e ficará como soberano absoluto.

- McTaggar: Isso mesmo... Está comigo? - Hayako responde com um rápido movimento de seu braço lançando um par de estrelas ninjas que se cravam de cada lado da cabeça de McTaggar, que não se moveu nem se alterou com esse gesto. - Esta poltrona é muito cara... mas então, o que me diz? - Hayako caminha lentamente até McTaggar e se senta nas pernas dele, como uma serpente movendo-se envolve suas pernas em volta do agente e acaricia seu cabelo enquanto aproxima seu rosto do dele.

- Hayako: Se me trair, vai se arrepender querido. Entendeu?

- McTaggar: Muito bem. - diz com um sorriso. McTaggar segura Hayako pelo queixo tentando tirar sua máscara negra mas ela o detém.

- Hayako: Lamento, sem beijos no primeiro encontro... mas isso não quer dizer que não possamos fazer outras coisas.

- McTaggar: Isso mesmo, é meu tipo de garota, ha, ha, ha. - a risada maliciosa ecoava por todo o quarto.

Um vazio escuro, é tudo o que há ao redor, exceto por uma grande coluna no centro que parecia se erguer desde o fundo da terra, a coluna sustenta algo muito especial, algo que um homem vigia e permanece junto a isso, como se estivesse rezando ou meditando, esse homem, inclinado numa parte da ponte que liga essa única coluna com a entrada até outra sala, é Dash. Tudo o que pensa, tudo o que passa por sua mente é um total mistério nesses momentos, é o que Hyoga gostaria de saber, ele que está na sala principal do Patriarca observando a grande cortina vermelha que oculta o lugar onde está Dash neste momento.

- Hyoga: Dash... espero que estejamos fazendo o correto...

- Problemas para dormir, Cisne Hyoga? - perguntou uma voz por trás de Hyoga, ele se vira para ver quem estava ali.

- Hyoga: Hiroshi...

- Hiroshi: Eu já ia me recolher mas antes fui preparar um pouco de chá, ajuda tanto a recuperar as energias como para relaxar a mente.

- Hyoga: Não obrigado, eu também já ia dormir.

- Hiroshi: Então será amanhã que tudo começará?

- Hyoga: Sim. Eu irei à América, tenho que resolver alguns problemas pessoalmente. Mas fique aqui, talvez seja necessário proteger esta torre.

- Hiroshi: Está certo. Procure descansar Cisne. - Hyoga se afasta indo para seu quarto ou qualquer lugar onde pudesse ficar completamente sozinho, sem suspeitar que uma câmara de vigilância o observava. De uma sala especial, Gendou Ikari observava o que acontecia tanto ali quanto na cidade, absorto em seus pensamentos.

 

Em um andar mais abaixo, eram realizadas atividades ocultas para os demais, Nerkull caminhava por um corredor, segurando na mão esquerda a mesma granada que sempre traz, fazendo malabarismos com ela. Entra em um quarto que parece uma combinação de laboratório e calabouço, haviam tubos com algum tipo de líquido azul e dentro flutuavam diferentes partes humanas como braços e cabeças. Um homem de jaleco, gordo e calvo checava dados em um computador. A seu lado, estava o monstro humano de quase três metros, Bulldog, aprisionado numa mesa, só se via seu capacete que lembrava um capacete romano, com dois finos tubos saindo da parte de trás como se estivesse sendo alimentado por alguma substância que vinha de um tanque no chão, o homem sentado frente ao computador se vira para receber Nerkull.

- Nerkull: Pra que me chamou, Luthor? Meu tempo é muito valioso, sabia?

- Luthor: Você não sabe o que significa valioso.

- Nerkull: Bulldog? O que está fazendo com ele?

- Luthor: Te chamei por que é hora de te entregar isto. - Luthor tira do bolso uma seringa numa bolsa transparente que entrega para Nerkull.

- Nerkull: Isto... Isto é... Venom?

- Luthor: Não. Venom é o que Bulldog está tomando... talvez seja hora de te contar a história dele, o pai de Bulldog foi o principal consumidor da substância Venom há muitos anos, antes de morrer teve um filho com uma mulher que também morreu há muito tempo.

- Nerkull: Não me diga que o pai dele foi quem deixou Batman inválido...

- Luthor: Sim, Bulldog é filho de Bane, sua mãe antes de morrer lhe deixou uma herança especial, a fórmula para um novo e melhorado Venom, não sem antes revelar a identidade de seu pai. Bulldog cresceu e procurou através de contatos no submundo alguém que pudesse criar o novo Venom, assim chegou a mim. Eu o usei como um arma de proteção, agora depois de tanto administrar-lhe essa substância seu cérebro já não funciona muito rapidamente, mas isso faz dele uma arma letal extremamente forte, concentrada apenas em destruir aqueles que mataram seu pai, que para ele, foram Batman e seus aliados.

- Nerkull: Grande história, embora seja muito interessante não tem nada a ver comigo, então já vou.

- Luthor: Espere um momento, não quer saber o que houve com essa fórmula?

- Nerkull: Imagino que é a vitamina que ele está tomando neste momento.

- Luthor: Sim, mas esta tinha uma propriedade especial, de se fundir com as características de DNA especiais, o que gerou a evolução numa nova fórmula. Essa é a que tem em suas mãos.

- Nerkull: Nesta seringa?

- Luthor: Sim, apenas nessa seringa, se a injetar em seu sangue seu poder aumentará como não faz idéia.

- Nerkull: Uau... nossa... excelente, então este é o preço que se paga a alguém por trabalhar para Luthor... me agrada.

- Luthor: É a primeira parte, prepare-se para amanhã, que primeiro eliminaremos nossos inimigos e depois... nossos amigos....

 

De volta à mansão Wayne, Seiya se preparava para entrar, passando por Trunks e Hotaru que estão juntos abraçados contemplando a noite. Ele se alegra ao ver que mesmo nestes tempos ainda há lugar para que dois jovens como eles possam ficar juntos, de algum jeito se lembrava dele e Lucy nessa idade, embora nunca tenha lhe dito o que realmente sentia, os trágicos eventos que ocorreram fizeram com que ambos tomassem caminhos bem diferentes, agora após tanto tempo se reencontram, tendo sobrevivido, como se fosse algo predestinado. Sim, devia ser isso, como se estivesse escrito nas estrelas que os dois deveriam ficar juntos, ele pensou várias vezes e agora sabe o que sente, está preparado para dizer isso a Lucy, já que o próprio destino os reuniu e não ia esperar mais. Seiya corre até ela, suas tristes lembranças, tudo de negativo desaparece por um instante, apenas vendo seu doce olhar lembraria o que é a felicidade. Seiya enfim chega ao quarto de Lucy e entra.

- Seiya: Lucy... Lucy eu...! - o quarto estava às escuras, Lucy estava completamente adormecida, o grito de Seiya só fez com que se remexesse entre os lençóis, Seiya se decepciona um pouco, não devia acordar Lucy, ela merece o descanso, e finalmente fecha a porta e vai para seu quarto, talvez fosse um idiota por pensar nessas coisas de destino e as estrelas, mas pelo menos, apenas por um momento, tudo havia desaparecido, apenas pensando nela, havia se sentido como quando tinha treze anos, quando acreditava nesses sonhos, mas agora enfrenta uma nova realidade. Ao menos agora sabe que esses sonhos permanecem ali dentro dele, e estará disposto a lutar por eles, até o fim.


Capítulo 5

Capítulo 3

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