* Esta história se passa antes da primeira viagem ao passado de Trunks, e na Fase R de Sailor Moon, depois de Darien recuperar a memória e antes de Rini aparecer.
O sol saiu para mostrar o início de um novo dia. Trunks não dormiu a noite toda, mas como poderia? Este era o dia para o qual havia treinado tão duro nos últimos dois anos. Ele se levantou e recolheu sua espada que estava encostada na parede.
Chegando ao hangar, Trunks parou e pensou no que iria fazer. Será que conseguiria? Não havia escolha, Goku era o único que podia deter esta loucura. Trunks sabia que ele ainda não era forte o bastante. E já havia se dado conta, da pior forma possível, que não era capaz de resolver este problema.
Logo que entrou no hangar, viu sua mãe trabalhando na máquina do tempo. Parece que ela também não havia dormido muito.
-Então já acordou. - ela disse sem se voltar para ele, e continuou trabalhando.
-Não dormi muito - respondeu Trunks.
-Bem - disse ela enquanto terminava seu trabalho - acho que nenhum de nós conseguiria. Tudo está pronto, e você?
-Também estou.
-Ótimo. - disse Bulma enquanto buscava em seus bolsos um pequeno frasco de cápsulas. - Vai precisar disso. Mesmo que pareça algo simples, qualquer coisa pode acontecer durante a viagem, então seja cuidadoso.
Trunks balançou a cabeça e depois subiu na nave mas sua mãe o deteve de repente.
-Trunks, não quero que termine como seu pai, por isso tenha cuidado, por favor. - disse Bulma.
-Eu terei, não se preocupe. - respondeu Trunks tratando de dar um sorriso. As despedidas não eram sua especialidade, por isso dentro da nave não se virou para sua mãe.
Alguns segundos depois estava viajando pelo hiper-espaço, que parecia um grande túnel colorido, que se conectava a outros túneis parecidos.
-Como é quente aqui. - pensou - Espero que haja algo de beber aqui.
Depois de procurar um pouco encontrou um refrigerador a seu lado (Não perguntem o que isso fazia aí. Estava ali e é tudo o que precisam saber). Trunks abriu um refrigerante e infelizmente (caso contrário não haveria fanfic) quando começou a beber, a máquina do tempo entrou em uma turbulência e acidentalmente derramou o líquido nos controles.
-Oh não, o que foi que eu fiz? - disse com as mãos na cabeça - Tenho que limpar isso antes que...
De repente os controles começaram a fazer estranhos ruídos acompanhados de incomuns efeitos elétricos.
-Hum, isso não parece bom.
E se não fosse suficiente, a máquina do tempo começou a tremer como se executasse uma estranha dança.
-Preciso aterrissar imediatamente e consertar isso, agora!
Sem escolha, Trunks assumiu os controles e dirigiu a nave até o túnel mais próximo, com esperanças de que poderia aterrissar em uma época onde pudesse consertar a máquina.
Enquanto isso, em outro lugar (e tempo):
-Ahhhhhh! Vou me atrasar para a escola! - gritava uma jovem vestindo uniforme do colegial enquanto terminava seu café da manhã. Seu penteado era bastante incomum. Seu longo cabelo loiro era penteado em dois rabos de cavalo do lados. Também estava sendo seguida por uma gata com uma lua crescente na testa.
-Quando será que se levantará cedo, Serena? - disse a gata - Isso está virando um costume.
-Eu sei, eu sei... - disse a jovem sem prestar muita atenção à gata.
Se Serena não estivesse com tanta pressa, talvez tivesse visto um enorme clarão no parque onde acabava de passar, onde Trunks chegava agora.
A cabine se abriu deixando escapar muita fumaça. Trunks saiu da nave ainda tossindo.
-Nossa, cof, cof, que viagem. - disse saindo da nave.
Fora da nave, abriu os olhos e viu o parque onde aterrissara.
-Onde estou? E o mais importante: quando? - se perguntava enquanto olhava ao seu rredor.
Havia muitas árvores por quase todos os lados, um lago podia ser visto mais a frente e a seu lado uma loja de aluguel de barcos. Felizmente não havia ninguém (era horário escolar) que pudesse vê-lo. Trunks coçava sua cabeça, confuso, enquanto examinava seu novo destino.
- Como pude ser tão descuidado? - pensava - Idiota, idiota, idiota! - repetia enquanto batia a cabeça em uma árvore. - Preciso esconder a máquina do tempo antes que alguém apareça. - ao pressionar um botão, a máquina do tempo se transformou em uma cápsula após uma pequena explosão.
-Pronto. Agora tenho que descobrir onde e quando estou. Também preciso de um lugar para consertar a máquina do tempo sem chamar atenção, mas antes... - disse tirando uma pequena caixa preta de seu bolso - vou fazer um inventário do que tenho.
Na caixa haviam dez cápsulas iguais à que a máquina havia se transformado, cada uma com um número, e um índice do que continha.
-Muito bem... tenho cerca de 10.000 dólares, comida e bebida, uma casa com quatro quartos e dois banheiros, uma moto e um mini-jet, e o resto é praticamente inútil. (O que esperavam? Sua mãe é rica!)
Trunks fechou a caixa e guardou-a no bolso da jaqueta. Em seguida começou a voar para ter uma vista melhor da cidade.
-É estranho, este lugar se parece com meu lar, mas ao mesmo tempo muito diferente.
Enquanto Trunks voava pode ver automóveis circulando pelas ruas, mas modelos bastante primitivos comparados aos de sua época, assim como os edifícios, mas o que lhe chamou atenção é que ele era o único voando, não haviam mini-jets ou motos voadoras, ele era o único no ar.
Muitos leitores devem notar que um rapaz voando sem aparelhos mecânicos em Tóquio não é exatamente normal. Sem falar que em Sailor Moon, os únicos que voam são geralmente do mal.
-Vejam - gritou alguém - tem alguém voando como algum tipo de super-herói!
-Chamem o exército - gritou outra voz - Deve ser um monstro!
-Chamem a Sailor Moon - se ouviu outra voz- tragam uma câmera.
-Opa, melhor sair daqui. -Trunks aumenta sua velocidade e aterrissa no telhado de um edifício próximo.
Enquanto isso, na escola de Serena, ela está parada no corredor segurando um balde de água. No pescoço, um cartaz dizendo: "Cheguei tarde, dormi na aula e não fiz o dever ". Ela parecia muito triste.
-Chegou tarde de novo? disse-lhe uma voz familiar.
-Oh, olá Lita - disse Serena - Sim, acontece que dormi demais, e na pressa (com enormes lágrimas nos olhos que lembram as cataratas do Niágara) ESQUECI MEU ALMOÇO!!! BUÁÁÁÁÁÁÁ!!!
-Serena- disse Lita - Se quiser te dou um pouco do meu.
-Verdade? - disse Serena com seus olhos se iluminando.
-Claro mas pare de chorar, está bem?
Mais tarde, durante o recreio, Serena, Lita e Ami estão sentadas ao lado de uma árvore. Serena comia como se o amanhã não existisse.
-Serena, se continuar comendo assim não conseguirá respirar. - disse Ami.
-Du ke stá faglandjo? - respondeu Serena com o rosto cheio de arroz.
-Esquece.
De repente, Lua e Artemis apareceram junto a elas.
-Meninas temos um problema. - disse Lua - Parece que surgiu um novo inimigo.
-Ke tipu de nimigo? - perguntou Serena de boca cheia.
-O que? - perguntaram os dois gatos.
-Acho que ela perguntou que tipo de inimigo é esse. - disse Ami.
-Ainda não temos certeza. - disse Artemis - Muitas pessoas disseram ter visto alguém voando sobre Tóquio, e que era um tipo de monstro ou algo assim.
-Vocês viram este monstro? -perguntou Lita.
-Não exatamente. - disse Lua - Mas temos que investigar só para garantir.
-Mina e Rei já sabem disso - disse Artemis - Nos encontramos no templo Hikawa depoiis da aula para discutir isso.
Enquanto isso, do outro lado de Tóquio, Trunks está andando (agora que sabe que não deve voar) sem rumo fixo. Conseguiu aprender mais sobre este lugar. Pelo menos as pessoas falavam seu idioma, usavam yenes em vez de dólares. Basicamente as pessoas viviam mais ou menos como em seu mundo. Era tudo muito parecido com seu mundo, quando de repente...
- Ei rapaz! - gritou uma voz atrás dele.
Trunks virou-se e viu o homem que o chamou. Usava um uniforme azul e uma arma presa na cintura.
-Sim, oficial? - respondeu Trunks.
-Posso saber o que está fazendo com isto? - perguntou o policial referindo-se à espada que Trunks levava nas costas. - Sabe, as pessoas não carregam essas coisas pela rua, é ilegal.
-É bem, veja senhor... isso não é meu... bom... é meu mas... olha... é um presente... para um amigo que gosta de colecionar essas coisas. - mentiu bastante nervoso.
-E por que não está embrulhado para presente? - insistiu o policial.
-Bem é que não tinha papel para embrulhar, senhor. - Trunks explicou ficando ainda mais nervoso e preocupado.
-Está bem. - disse o oficial - Te deixarei ir desta vez, mas responda isso...
-Sim?
-Quanto anos tem?
-Tenho dezesseis. - ficando ainda mais nervoso.
-Não devia estar na escola, rapaz?
-Bem, é que... acabei de chegar na cidade. -respondeu arrumando outra desculpa - E meus pais ainda não me matricularam na escola.
-Está bem. - disse o policial - Pode ir, mas arrume algo para guardar esta espada.
-Sim oficial. "Não acredito que ele acreditou em tudo." Farei isso agora mesmo.
Depois que o policial foi embora, Trunks agradeceu sua sorte por sair dessa. Embora não gostasse de deixar sua espada de lado não tinha escolha, mas pensou em guardá-la numa cápsula para tê-la à mão sem chamar atenção.
De qualquer forma, precisava de um lugar deserto para consertar a máquina do tempo.
Enquanto isso, no templo Hikawa...
-Artemis, não encontrou nada sobre o possível inimigo de que falou de manhã? - perguntou Mina.
-Nada ainda. - respondeu - Lua e eu continuamos trabalhando nisso.
-Então o que vamos fazer? - perguntou Lita aborrecida. - Não temos certeza de que havia mesmo alguma coisa lá, talvez sejam pessoas malucas contando histórias.
-Não acho. - disse Rei - Hoje de manhã tive um estranho pressentimento, um tipo de energia que nunca senti antes.
-Talvez não fosse o inimigo, só sua menstruação, Rei. - brincou Serena.
-Queee? Não tem nada a ver com isso, TONTA!!!! -gritou Rei.
-Meninas! - disse Lua - Basta! O melhor que podemos fazer agora é ficar alerta, e para isso temos que patrulhar toda a cidade. Se houver algum monstro, devem estar prontas para agir.
-Acho melhor nos dividirmos para cobrir mais terreno. Se essa coisa aparecer será mais fácil encontrá-la e avisaremos as outras pelo comunicador. - sugeriu Ami.
-Boa idéia, Ami. - disse Artemis - Enquanto isso Lua e eu tentaremos descobrir mais sobre o inimigo, enquanto vocês patrulham. Entraremos em contato se encontramos algo.
Ao mesmo tempo, Trunks achou um lugar onde ficar fora de Tóquio. Usou a cápsula nº6 (a casa com 4 quartos e dois banheiros). Era uma área vazia, por isso ninguém notaria uma casa aparecer de uma hora pra outra. Na casa, Trunks lia alguns manuais da máquina do tempo enquanto comia.
-Bem pensado mamãe, colocar estas instruções na máquina. Acho que posso consertar a nave com essas indicações, "se" encontrar as peças certas. - pensou.
Na mesa havia um folheto que pegou na cidade, em letras vermelhas: "Guia turístico de Tóquio".
Trunks pegou o papel e começou a ler.
-Então estou em Tóquio... Nunca ouvi falar deste lugar, significa que não estou apenas perdido no tempo, mas também em outra realidade. - murmurou.
Depois de jantar Trunks permaneceu observando o folheto muito sério e logo o jogou de volta à mesa.
-Maldição!! Que situação - dizia a si mesmo.