Blood & Iron

Capítulo I: A Missão


Leon Scott Kennedy acordou com o maldito som do despertador. Não que ele nunca acordasse cedo, muito pelo contrário, mas depois de tudo o que ele passou na Espanha dois meses atrás... bem, digamos que ele começou a gostar de dormir até tarde. Seis horas da manhã, Leon levantou-se, girou a válvula do chuveiro e saiu do banheiro, indo em direção da sala para ligar o rádio. Depois, ele voltou ao chuveiro e tomou um demorado banho. Apenas de toalha, o agente do governo tentava fazer a barba, e fazia o possível para que o seu cabelo longo não atrapalhasse. O telefone toca. Ninguém em sua sã consciência deveria estar ligando pra ele ás... putz, sete e meia da manhã, mas se alguém estivesse ligando, isso quer dizer que ou era engano ou eram problemas.

- Kennedy.

- É a Hunningham.

- Fale. Espero que seja importante. Eu não esperava ir pra central tão cedo.

- Temos um problema, Leon.

- Já imaginava. Chego aí em...

- Vinte minutos no máximo.

- Beleza então. Hei, você ta usando aquela sainha azul...

A cantada furada de Leon foi interrompida pelo som do telefone mudo.

***

Agente Kennedy. Era assim que costumavam chamar ele. Até que é um bom título, comparado com "Policial Kennedy". Leon soltou uma risada enquanto lembrava disso. Não que aquele incidente fora algo cômico, mas... oras, estar em uma cidade cheia de zumbis em 1998, no seu primeiro dia de trabalho como policial, não era exatamente uma boa forma de começar uma carreira. Mas ele sobrevivera á aquilo, e sobrevivera á fatídica missão na Espanha á uns meses atrás, quando resgatar a filha do presidente de um culto misterioso.

Ingrid Hunningham era o contato de Leon no governo, e praticamente a pessoa com quem ele mais conversava. Ela apareceu na frente de Leon, com uma pasta nas mãos.

Ela praticamente jogou-a no colo dele, que pegou a pasta e deu uma olhada superficial sobre alguns mapas e umas fotos estranhas.

- O que nós temos hoje?-Perguntou ele.

- Certo-disse Hunningham-Nossos contatos no sul nos informaram de estranha atividade na costa da Argentina. Algum tipo de estranha fortaleza foi erguida numa região desolada e foi noticiado vários desaparecimentos na região, habitantes locais.

De repente, Leon deparou-se com a foto de algum tipo de criatura, de certa forma humana, mas o seu rosto... oh céus... seu rosto, parecia pálido, sem cabelos, com veias azuladas surgindo, dentes amarelados ameaçadores...

- Algum tipo de praga tem se instalado dentro daquela fortaleza, Agente Kennedy-continuou Ingrid-Estima-se que um número muito alto de infectados esteja na fortaleza e nos arredores. Mais do que isso... acreditamos que o culpado já seja alguém de nosso conhecimento-novamente, Ingrid mostrou na pasta a foto de um homem de certa idade, louro, vestido um uniforme cinza, próximo de algum tipo de complexo.

-Quem é o sujeito?

-O nome dele é Klaus Wulf. Ele é um criminoso nazista procurado em meio mundo por terrorismo, tráfico de armas entre outras coisas. Acredita-se que ele seja o causador da infecção, usando de alguma praga nativa da região.

- Especifique os objetivos, Hunningham.

- O Governo quer que você consiga entrar na base, pegar uma amostra da praga e... eliminar Klaus Wulf.

- Direta, hein?

- Você parte pela noite. O Exército estará enviando alguns militares para ajuda-lo na missão, você os encontrará em breve. Boa Sorte, Agente Kennedy.

Leon já estava saindo do escritório de Hunningham quando ela disse:

- E diga para aquela loura... como é o nome dela mesmo? Ah, sim, Ashley. Diga para ela parar de ligar pro meu escritório pedindo o seu número!

***

A ruiva sensual caminhou lentamente até o telefone que tocava no seu quarto de hotel, em algum lugar da costa da Argentina. Pegando na mão o gancho, ela já imaginava quem estava do outro lado da linha.

- Alguma informação nova, Severin?-perguntou ela.

- De certa forma sim-disse ele-É bom que você chegou cedo á Argentina. Lembra daquela sua missão, há uns... anos atrás. A fortaleza.

- Sim. Cinco anos depois que eu entrei para a Sociedade Brimstone.

- Eu recebi a informação de que os... daemites foram soltos novamente.

- O que? Os daemites... livres?

A ruiva não conseguia acreditar nas palavras de Severin. Ela tinha certeza que fizera um trabalho completo antes... mas... agora, ela sabia que alguém estava tentando novamente.

- Klaus Wulf... meu novo alvo.

***

Um avião militar cruzava rapidamente os céus da Argentina, sobrevoando uma densa floresta. Dentro do avião, Leon tentava se acomodar nos duros assentos metálicos. Ele estava ao lado de alguns militares mal-encarados, com seus rostos sérios e preocupados em limpar e carregar suas armas. Leon verificou se sua pistola estava bem preparada no coldre, quando um militar se aproximou.

- Agente Kennedy, eu suponho.

- Sim, eu mesmo.

- Eu sou o Coronel Hawkear, responsável por essa missão. Eu pedi para os meus superiores uma equipe maior com apenas militares, mas eles insistiram em ter um maldito federal conosco para encontrar uma amostra da praga.

- E eu imagino que esse "maldito federal" seja eu, certo?-disse Leon. Hawkear com certeza não era o mais simpático naquele avião.

- Esse é o Major Augustus Ringold-disse ele apontando pra um camarada sentado no canto, ao lado de um rifle-Ele é um dos soldados com mira mais precisa disponível. Aquele é o Soldado Harvey Fordness, bom rendimento físico em campo e especialista em medicina. E essa é a Soldado Catherine "Diehard" Ferreti-Hawkear apontou para uma mulher com uma cicatriz no rosto e uma tatuagem no pescoço, mas mesmo assim muito bonita, prendendo os seus cabelos louros enquanto carregava uma Magnun.

- Leon Kennedy-disse Fordness-Eu presumo. Já ouvi falar de você. Esteve em Raccoon certo?

Augustus cuspiu no chão, enojado.

- Maldita Umbrella-disse ele.

- Estive-respondeu Leon- E não foi um dia fácil.

- Pois se acha que aquilo foi fácil-disse Catherine-Isso é porque você não esteve nas linhas inimigas no Afeganistão. Quatro malditos inimigos me rodeando, eu pego a minha Magnun e dou um jeito neles...

- Vamos pousar em alguma base por aqui?-Perguntou Leon.

- O garoto... --disse Hawkear, colocando o seu rifle nas costas- E quem disse em pousar?

Quinze minutos depois, cinco pára-quedas se abriam em pleno céu azulado do cair da tarde da Argentina...


Capítulo 2

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