Durante anos, estudantes da "História dos Batistas", na América, têm aludido a
uma citação de dois eruditos holandeses que foram comissionados pelo rei da
Holanda para investigarem a reivindicação dos batistas holandeses de que têm uma
origem apostólica. Os dois eruditos holandeses foram Dr. Anne Ypeij, professor
de Teologia em Gronigen, e Isaac Johannes Dermout, capelão do rei. De fato, os
batistas atribuem este material a esta data [1819], pois o Reverendo Dermout
nasceu no dia 31 janeiro de 1777. Tendo descoberto referências a este material
através dos anos, eu fiquei muito satisfeito em descobrir no Seminário Teológico
Ocidental na Holanda, Michigan, uma cópia do exato volume, na língua holandesa.
O livro é intitulado Geschiedenis
der Nederlandsche
Hervormde Kerk [História da
Igreja Reformada Holandesa]. Uma tradução do material para o inglês pode
ser lida como se segue:
"Nós temos visto, agora, que os Batistas (que eram chamados muito antigamente de Anabatistas, e, em épocas mais recentes, de Menonitas) são os [mesmos] Waldenses originais [do século II]. E que eles [os Batistas] por muito tempo na história da igreja receberam a honra desta origem. Neste cômputo, os Batistas podem ser considerados como a única comunidade cristã que tem permanecido de pé desde os dias dos apóstolos, e como uma sociedade cristã que tem conservado puras as doutrinas do Evangelho através dos séculos. As perfeitamente corretas economias [administração de assuntos teórico-doutrinários e práticos] externa e interna da denominação Batista tende a confirmar a verdade, disputada pela igreja Romana, que a Reforma ocorrida aproximadamente no século XVI já que estava no mais alto grau de necessidade, e, ao mesmo tempo, vai refutar a noção errada dos católicos, que a denominação deles é a mais antiga." [ 1 ]
Os Batistas têm aderido a várias teorias a respeito das suas origens,
variando desde a contínua sucessão a partir dos apóstolos, defendida pela
maioria dos historiadores Batistas do século XIX, até a crença de que os
batistas descendem de determinados Separatistas Ingleses que eram
congregacionais em sua forma de governo e de administração, apoiada pela maioria
dos historiadores neste século [XX]. Esta questão agitou os Batistas do Sul [dos
Estados Unidos da América] no finalzinho do século XIX, quando o Dr. William
Whitsitt, então presidente do Seminário Batista do Sul , publicou um artigo
afirmando que "o batismo [somente] de crentes [o que exclui bebês e criancinhas]
e por imersão foi [simplesmente] restaurado pelos Batistas
Ingleses em 1641. Um debate sem tréguas foi empreendido por alguns editores de
jornais Batistas contra o Dr. Whitsitt e o Seminário, trazendo a sua renúncia em
1899.
[Nota de rodapé: 1]Anne Ypeij e Isaac Johannes Dermout,
"Geschiedenis
der Nederlandsche
Hervormde Kerk" [tradução:
"História da Igreja Reformada Holandesa"]
(Te Breda: W. Van Bergen en
Comp., 1819) p. 148.
Autor desconhecido
Tradução por Valdenira N. de M. Silva