A sede principal dos Jogos Olímpicos de 2008, com 31 lugares de competição, tem sua história intrinsecamente ligada a dos governantes da China.

 No começo do século 13, o líder mongol Gêngis Khan (considerado um dos maiores estrategistas e conquistadores na história mundial) venceu a batalha na Muralha da China e decidiu por incendiar Pequim toda.

 O processo para tornar a cidade em como ela é atualmente veio com o neto de Gêngis, Kublai Kahn, que fundou a dinastia Yuan e reconstruiu a região, mudando o nome de Cambaluc (dado pelo navegador Marco Pólo) para Pequim e tornando-a a capital.

 Por volta da metade do século 14, a dinastia Ming tomou o poder e fez de Nanquim (nome que pode ser traduzido por capital do sul) a nova capital da China. Mais tarde, em 1421, Pequim (a "capital do norte") assume o status de centro do poder chinês até o início do século 20.

 Em 1912, depois da queda do regime imperial, Nanquim novamente virou a capital. Foi só com a revolução comunista chinesa, em 1949, que Pequim voltou a ser a capital em definitivo até hoje do país depois ainda de um período de ocupação pelos japoneses durante o período da Segunda Guerra Mundial.

 Os 7,3 milhões de habitantes da Pequim (segunda maior cidade chinesa só atrás de Xangai) do século 21 ainda sofrem a influência desta história. A Cidade Proibida, local que os imperadores reinaram por 500 anos, só foi aberta ao público em geral após 1949.

 A Praça da Paz Celestial, construída há mais de meio milênio também, é cercada atualmente por prédios ao estilo comunista da década de 1950 e sua grande atração é o Mausoléu de Mao Tsé-tung, líder comunista que é reverenciado no país.

 Foi na época deste líder que foi criada a Cidade Subterrânea, que tem túneis projetados na década de 1960 à prova de bombas. A maioria das entradas do labirinto é difícil de encontrar. O segredo fazia parte da defesa dos governantes chineses contra possíveis ataques soviéticos após a ruptura das duas potências comunistas da época.

 

 Problema com a poluição e o trânsito

No final do século 20, a China começou um processo de abertura econômica, influenciados pela decadência do bloco comunista mundial, viu as indústrias de bens de consumo se multiplicarem e problemas ambientais aparecerem.

 

 Foi este crescimento econômico, inclusive, que levou o Comitê Olímpico Internacional a olhar Pequim com carinho e levar os Jogos Olímpicos à cidade. Mesmo com uma infra-estrutura considerada pior que Toronto e Paris (dois fortes candidatos a 2008), a capital chinesa ganhou atenção por ter um gigantesco mercado consumidor.

 

 Concomitantemente ao progresso, a poluição ascendeu. No centro da cidade, em alguns períodos, a visibilidade é de menos de 200 metros de distância. O governo chinês já encara o fato como um dos mais alarmantes e gastou, segundo divulgado, mais de US$ 10 milhões em uma década para cuidar do fato.

 

 Apesar de ser conhecida pelas inúmeras bicicletas que circulam pela capital, são os carros um dos maiores fornecedores de poluentes para o ar de capital. Segundo estimativas oficiais, mil automóveis entram em circulação todos os dias nas ruas de Pequim. O próprio COI já analisa alternativas de mudança de local a algumas provas olímpicas a céu aberto na capital, como a maratona e competições de ciclismo.

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