Partido Comunista Português

O principal partido revolucionário da esquerda em Portugal foi o Partido Comunista Português (Partido Comunista Português -- PCP). O PCP teve uma longa história de desafio à ditadura de Salazar, e muitos dos líderes do partido passaram longos anos na prisão ou no exílio. Muitos membros do Partido, mantiveram-se em Portugal, onde trabalharam no subsolo formaram associações e organizando o sindicato trabalhista Intersindical. O partido foi fortemente estalinista e orientado para Moscovo.

Regressados do exílio, em 1974, os dirigentes do PCP, dos quais muitos de renome, capazes e  excelentes políticos, tentaram agarrar o poder por meio de um golpe, aliaram-se com elementos revolucionários do Movimento das Forças Armadas ( MFA). O partido esteve perto de tomar o poder em 1975, mas falhou. porque elementos moderados das forças armadas e os outros partidos políticos, que queriam um regime político como o das democracias ocidentais. Foi também grande a ajuda financeira dos países ocidentais a estes partidos políticos, o que  contribuiu para a derrota final do PCP.

O PCP, juntamente com os seus aliados extrema - esquerda, obteve 17% dos votos na primeira eleição democrática em Portugal, em 1975, e nas várias eleições que ocorreram depois a sua posição baixou para cerca de 12 a 19 por cento dos votos. Porém, durante a década de 1980, como Portugal afastou o radicalismo político de meados da década de 1970 e começou a prosperar economicamente, a popularidade do  PCP  diminuiu para menos de 10% dos votos.

O partido manteve-se forte nos sindicatos, mas os mais jovens membros do partido desafiaram a velha liderança e questionaram a linha  dura das  posições  do partido estalinista . Alguns destes jovens oposicionistas  foram expulsos do partido. O colapso do comunismo na Europa, o envelhecimento da liderança do partido (o partido tinha sido liderado por Álvaro Cunhal desde 1941) e da sua composição, bem como os pobres resultados do partido nas eleições,  mostraram que o partido tem que transformar-se fundamentalmente ou desaparecer como uma força política.