Procura-se
patrocinador para este site - Podem ser anúncios - Email joanjos@clix. |
Beatas e Santas
Portuguesas Veja
este site também em http://es.geocities.com/atoleiros |
|
|
|
- Pagina em construção
-
-
-
Beata Sancha de Portugal
Sancha de Portugal, ou Sancha Sanches,
O. Cist. (c.
1180 -
Mosteiro de Celas,
Coimbra,
13 de Março de
1229) foi a segunda filha do
rei
Sancho I de Portugal, sendo também
conhecida como Rainha Santa Sancha.
Por morte de Sancho I de Portugal, Sancha deveria receber, segundo as
disposições testamentárias do pai, o
castelo de Alenquer, com o resto do
termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o
título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo.
Isto gerou uma luta com seu irmão
Afonso II de Portugal, que desejando
centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai,
impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que
tinha direito - de facto Afonso II temia que esta pudesse passar a
eventuais herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava,
criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo
quase o país ao meio.
Devotada à vida religiosa, fundou o
mosteiro de Celas, no qual viveu a
maior parte da sua vida; o seu corpo foi depois depositado no Lorvão,
regido pela sua irmã
Teresa.
A
13 de Dezembro de
1705 Sancha foi
beatificada pelo
Papa Clemente XI, através da
bula Sollicitudo Pastoralis Offici,
juntamente com a sua irmã
Teresa. A Igreja celebra-a no dia
11 de Abril.
-
|
-
-
Beata Mafalda de Portugal
Mafalda de Portugal, ou
Mafalda Sanches
O. Cist. (c.
1200 -
Amarante,
1 de Maio de
1256), infanta de
Portugal e rainha de
Castela por um breve período de tempo,
sendo ainda considerada
beata pela
Igreja Católica, e venerada sob o nome
de Rainha Santa Mafalda.
Por morte de Sancho I de Portugal, Mafalda deveria receber, segundo
as disposições testamentárias do pai, o
castelo de Seia, com o resto do termo
da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o título de
rainha enquanto senhora desse mesmo castelo; recebia também o
mosteiro de Bouças.
Isto gerou uma luta com seu irmão
Afonso II de Portugal, que desejando
centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai,
impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que
tinha direito - de facto Afonso II temia que esta pudesse passar a
eventuais herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava,
criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo
quase o país ao meio.
Mais tarde, tornou-se monja
cisterciense, e fundou a abadia de
Arouca. Faleceu no mosteiro de
Rio Tinto, nas proximidades do
Porto. Quando o seu corpo foi mais
tarde exumado para ser trasladado para a abadia de
Arouca, foi descoberto incorrupto, o
que gerou uma onda de fervor religioso em torno do corpo da infanta.
A
27 de Junho de
1793 foi
beatificada pelo
Papa Pio VI, acompanhando assim aos
altares as suas irmãs
Teresa e
Sancha, já declaradas beatas no início
desse século. É festejada no dia
2 de Maio pela
Igreja Católica.
|
-
-
-
Beata Teresa de Portugal ou Teresa Sanches,
O.S.B.
(Coimbra,
1181 –
Lorvão,
18 de Junho de
1250), também chamada, ao tempo de
Tarasia ou Tareja, e mais tarde, a Infanta-Rainha ou
Rainha Santa Teresa, era a filha mais velha de
Sancho I de Portugal, e esposa de
Afonso IX de Leão.
Teresa foi mãe de três filhos de Afonso (Sancha,
Dulce e Fernando), mas devido ao facto
de serem primos, o casamento foi declarado inválido; Teresa regressou
então a
Portugal, ao
Lorvão, onde viria a fundar
um convento
beneditino ao qual se recolheu; pouco
tempo mais tarde, transformou o mosteiro em abadia
cisterciense, com mais de trezentas
monjas.
Por morte de Sancho I de Portugal, Teresa deveria receber, segundo as
disposições testamentárias do pai, o
castelo de Montemor-o-Velho, com o
resto do termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo
usar o título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo.
O testamento previa também terras e castelos para as suas irmãs
Sancha e
Mafalda, tendo-se formado um partido de
nobres afectos às infantas, liderado pelo
infante D. Pedro (que se acolheu a Leão
sob a protecção de Teresa e tomou algumas praças
transmontanas), mas que acabaria por
sair derrotado; só com a morte de Afonso II, o seu filho
Sancho II resolveu o problema,
concedendo os rendimentos dos castelos às tias, nomeando os seus
alcaides de entre os nomes que estas
propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas -
assim se estabeleceu enfim a paz no reino, em
1223.
Após esta querela dinástica, Teresa retornou ao Lorvão e finalmente
tomou os votos conventuais após anos de vivência como monja. Aí morreu
em
18 de Junho de
1250 de causas naturais.
A
13 de Dezembro de
1705 Teresa foi
beatificada pelo
Papa Clemente XI, através da
bula Sollicitudo Pastoralis Offici,
juntamente com a sua irmã
Sancha.
É festejada pela Igreja Católica a
17 de Junho.
|
-
- Santa Isabel de Aragão, Rainha de
Portugal
-
- Isabel de Aragão,
OSC (ou, usando a
grafia
medieval
portuguesa,
Helisabeth;
Saragoça,
1271 -
Estremoz,
4 de Julho de
1336), foi uma
infanta
aragonesa e, de
1282 até
1325,
rainha consorte de Portugal.
Passou à história com a
fama de santa, tendo sido beatificada e posteriormente canonizada. É
popularmente conhecida como a Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A
Rainha Santa.
Origens
Isabel era filha do rei
Pedro III de Aragão
e de
Constança da Sicília.
Por via materna, era descendente do grande
Imperador Romano-Germânico
Frederico II, pois
o seu avô materno era
Manfredo de Hohhenstauffen,
rei da Sicília,
filho de Frederico II. Teve cinco irmãos, entre os quais os reis
aragoneses
Afonso III e
Jaime II, para além
de outro monarca reinante,
Frederico II da Sicília.
Para além disso, por via materna estava também relacionada com a sua tia
Santa Isabel da Hungria,
também considerada santa pela
Igreja Católica.
-
|
-
-
Casamento
Casou-se por procuração com
o soberano
português
D. Dinis em
Barcelona, aos
11 de Fevereiro de
1288, tendo celebrado a boda ao passar a
fronteira da
Beira, em
Trancoso, em
26 de Junho do mesmo ano. Por esse
motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue
às rainhas (a chamada
Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a
partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prebendas
destinadas à manutenção da sua pessoa, e entre as quais se encontravam,
por exemplo, as vilas de
Óbidos,
Alenquer,
Torres Vedras, bem como outras povoações
da região hoje conhecida como
Oeste).
O rei não lhe teria sido
inteiramente devotado, e parece que visitaria damas nobres para os lados
de
Odivelas. A rainha, ao saber do sucedido,
ter-lhe-á apenas respondido: Ide vê-las, Senhor. Com os tempos, de acordo
com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las originou o moderno
topónimo Odivelas (versão, contudo, que não é sustentada pelos linguístas).
Apesar de tudo, Isabel
parece ter sido muito piedosa e passou grande parte do seu tempo em oração
e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da
reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte.
As rainhas de Portugal
contaram, desde muito cedo, com os rendimentos de bens, adquiridos, na sua
grande maioria, por doação. D. Isabel de Aragão recebeu como dote, em
1281,
Abrantes,
Óbidos e
Porto de Mós. Posteriormente deteve ainda
os castelos de
Vila Viçosa,
Monforte,
Sintra,
Ourém,
Feira,
Gaia,
Lamoso,
Nóbrega,
Santo Estêvão de Chaves,
Monforte do Rio Livre,
Portel e
Montalegre, para além de rendas em
numerário e das vilas de
Leiria e
Arruda (1300),
Torres Novas (1304)
e Atouguia (1307).
Eram ainda seus os reguengos de
Gondomar,
Rebordões,
Codões, para além de uma quinta em Torres
Vedras e da lezíria da
Atalaia.
Rainha da paz
Na
década de 1320, o seu filho e herdeiro,
Afonso IV de Portugal, sentindo em perigo
a sua posição em favor de um filho bastardo do rei Dinis, também chamado
Afonso, declarou abertamente a guerra a seu pai, chegando-se quase à luta
na
peleja de Alvalade. No entanto, a
intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em
1325 nessa
mesma povoação dos arredores de
Lisboa, foi evitado um conflito armado
que teria ceifado muitas vidas inutilmente.
Pouco depois da morte do
marido, Isabel recolheu a um convento franciscano em
Coimbra (Santa
Clara-a-Velha) vestindo o hábito de
Clarissa mas não fazendo votos (o que lhe
permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair
dele uma vez, pouco antes da morte, em
1336. Nessa altura, tendo Afonso
declarado guerra ao seu sobrinho, o
rei de Castela,
Afonso XI, filho de Constança, infanta de
Portugal, e, portanto, neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este
infligia à sua esposa
D. Maria (filha do rei português), a
rainha Santa Isabel, não obstante a sua idade avançada e a sua doença,
dirigiu-se a
Estremoz, onde mais uma vez se colocou
entre dois exércitos desavindos (entre o seu filho e seu neto materno) e
de novo evitou a guerra.
Falecimento
e legado
Isabel faleceu pouco tempo
depois, em
Estremoz, em
4 de Julho de
1336 tendo deixado expresso em seu
testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha,
em Coimbra, (onde hoje em dia, após ter estado por 400 anos parcialmente
submerso pelo
Mondego, decorre uma escavação
arqueológica) sendo a viagem demorada havia o receio do cadáver entrar em
decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da
viagem debaixo de um calor abrasador começou o
ataúde a abrir fendas e por elas escorria
um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual
não foi, porém a surpresa quando notaram que na vez do mau cheiro esperado
saída do ataúde um aroma suavíssimo. O rei Dinis, seu marido, repousa em
Odivelas no
Convento de São Dinis.
Foi beatificada pelo
Papa Leão X em
1516, vindo a ser canonizada, por
especial pedido da
dinastia filipina, que colocou grande
empenho na sua santificação, pelo
Papa Urbano VIII em
1625. É reverenciada a
4 de Julho, data do seu falecimento.
Com a invasão progressiva
do mosteiro de Santa-Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do Mondego,
houve necessidade de construir um mosteiro novo (Santa-Clara-a-Nova) no
séc. XVII, para onde se procedeu à transladação da Rainha Santa.
No
século XVII, a Rainha
D.Luísa de Gusmão, Regente em nome de seu
filho
D.Afonso VI, transformou em Capela
o
quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no
castelo de Estremoz.
Actualmente, inúmeras
escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É ainda padroeira
da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua
memória (4 de Julho).
|
|
Milagre das rosas
|
-
A lenda do
milagre das rosas
Conta-se que, certa vez,
numa manhã de
Inverno, a rainha, decidida a ajudar os
mais desfavorecidos, teria enchido o regaço de seu
vestido com
pães, para os distribuir. Tendo sido
apanhada pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço,
a rainha exclamou: São
rosas, Senhor!, ao que este, com
desconfiança, inquiriu: "Rosas, no Inverno?". Com efeito, ao
abri-lo, teriam brotado rosas do regaço do vestido da soberana, ao invés
dos pães que ocultara. Este evento ficou conhecido como milagre das rosas.
Observe-se que esta
lenda é versão de outra, que se conta a
propósito da sua tia, também canonizada
|
|
-
-
Santa Beatriz da Silva,
OFM (Ceuta,
1424 –
Toledo,
9
de Agosto de
1492), nobre
portuguesa e
santa
católica.
Beatriz era a oitava filha de Rui
Gomes da Silva,
alcaide
da
vila
fronteiriça de
Campo Maior, e de Isabel de Menezes, filha de
D. Pedro de Menezes,
conde de Vila Real; assim, por via materna, descendia não só dessa
casa senhorial, como também das dos
condes de Ourém e
Barcelos, linhagens antiquíssimas que tinham em
D. Sancho I o seu remoto antepassado. D. Pedro de Menezes teria dado a
mão da sua filha Isabel ao cavaleiro Rui Gomes da Silva, após este
participar com bravura na tomada de
Ceuta,
tendo aí permanecido a cumprir o serviço militar. Pensa-se, por isso, que
a jovem Beatriz terá nascido naquela praça-forte
magrebina.
Descendente de reis e neta de senhor tão influente, foi desde cedo foi
preparada para a vida na
Corte,
tornando-se dama da
infanta D. Isabel, filha do
infante D. João, o penúltimo dos filhos de
D. João I, a qual era quatro anos mais nova que Beatriz.
Ao que parece, Beatriz da Silva seria uma jovem de grande beleza,
conforme testemunha um relato da época: «além de vir de sangue real,
era mui graciosa donzela e excedia a todas em formosura e gentileza».
Em
1447,
contava a infanta D. Isabel dezanove anos, o seu tio
Pedro, Duque de Coimbra, regente do reino, promoveu os seus esponsais
com
João II de Castela, que então se achava
viúvo. Uma vez rainha, Isabel,
ambiciosa, começou por afastar a influência do todo-poderoso condestável
de Castela,
D. Álvaro de Luna, e não tardou a criar intrigas na corte, algumas das
quais envolvendo a jovem Beatriz, cuja beleza não passara despercebida.
Embora fosse ama e confidente da rainha, tal não impediu que Isabel se
enciumasse daquela, maquinando contra a sua própria vida.
Assim, segundo reza a lenda, teria fechado Beatriz num estreito baú,
onde eventualmente a falta de
oxigénio
acabaria por ceifar lhe a vida. Durante três dias andou desaparecida, até
que o seu tio,
D. João de Menezes, que também se achava na corte, estranhando a sua
ausência, teria questionado a rainha sobre o paradeiro da sobrinha, tendo
esta conduzindo-o ao baú onde a encarcerara, certa de encontrar já um
cadáver.
Para seu grande espanto, Beatriz tinha sobrevivido – segundo se diz,
por haver invocado a
Virgem Maria, tendo esta aparecido-lhe e comunicado que a salvaria, se
esta fundasse uma ordem religiosa que celebrasse o mistério da
Imaculada Conceição.
Beatriz acabou por perdoar à rainha, que se arrependera, e retirou-se
da Corte, ingressando num mosteiro em
Toledo.
Aí viveu monasticamente, sem contudo tomar as ordens sacras, preparando-se
a ela mesma, e a um pequeno grupo de outras monjas, para ingressar na nova
ordem que planeava fundar.
Não foi fácil criar a Ordem, mas com o apoio da rainha
Isabel, a Católica, filha da rainha portuguesa
D. Isabel, conseguiu
enfim estabelecer a
Ordem da Imaculada Conceição, ou das
Concepcionistas Franciscanas, um ramo da
Ordem dos Frades Menores, trajando de azul e branco (as cores de Nossa
Senhora da Conceição), destinado unicamente à
contemplação. A bula Inter Universa, que autorizava a
constituição das Concepcionistas, foi expedida enfim pelo
Papa Inocêncio VIII em
1489.
Beatriz faleceu em
Toledo três anos mais tarde. Cedo ganhou foros de santa, sendo
cultuada pelo povo mesmo antes ainda de a
Santa Sé
a santificar. De facto, a Igreja Católica só a elevou aos altares já no
século
XX, quando o
Papa Pio XI, em
28
de Julho de
1926, lhe reconhece o título de
beata e
aprova enfim o culto que já lhe era devido, desde há muito, pelos leigos.
Por fim, em
3
de Outubro de
1976, o
Papa Paulo VI canonizou-a, declarando-a santa. É celebrada no dia
1 de Setembro],
sendo particularmente reverenciada em Campo Maior e
Espanha,
onde instituiu a sua obra e faleceu; só aí se situam mais de 90 conventos
da Ordem, que conta com cerca de 120 casas monásticas espalhadas pela
Europa e
América Latina.
|
|
Santa Joana
-
|
-
-
Santa Joana, Princesa de Portugal
Santa Joana de
Portugal,
OP (também chamada Santa Joana
Princesa) (6
de Fevereiro
1452 —
12 de Maio
1490) foi uma princesa portuguesa da
Casa de Avis, filha do rei
D. Afonso V e de sua primeira mulher, a
rainha
D. Isabel. Joana, foi jurada
Princesa herdeira da Coroa de Portugal,
título que manteve atá ao nascimento do seu irmão, o futuro rei
D. João II.
Joana foi regente do
reino em
1471, por altura da expedição de D.
Afonso V a
Tânger. Após recusar veementemente
várias propostas de casamento, Joana professou votos de freira
dominicana no
Convento de Jesus de Aveiro, em
1475. Foi também uma grande apoiante do
irmão, o rei
João II de Portugal. Joana foi
beatificada em
1693 pelo
Papa Inocêncio XII.
|
|
Alexandrina
de Balasar |
-
- Beata Alexandrina Maria da
Costa
-
- Alexandrina Maria da Costa, mais
conhecida como Alexandrina de Balasar ou Santinha de Balasar,
declarada beata pela Igreja Católica em 25 de Abril de 2004, nasceu no
lugar de
Gresufes, freguesia de
Balasar (Póvoa
de Varzim), em
Portugal, no dia
30 de Março de
1904, e faleceu no lugar do Calvário,
da mesma freguesia, em
13 de Outubro de
1955.
Nascida no meio católico e rural de Balasar,
para frequentar a escola primária, a Alexandrina mudou-se em 1911 para
Póvoa de Varzim, onde viveu na pensão de um marceneiro, na Rua da
Junqueira. Ao fim de dezoito meses, regressou à aldeia natal, para o lugar
do Calvário.
Começou a trabalhar cedo na lavoura, como
era usual na altura. Era uma menina vigorosa, a ponto de afirmar na
Autobiografia que a equiparavam aos homens no que diz respeito ao
rendimento do trabalho. Aos 12 anos adoeceu, provavelmente de
febre tifóide, ficando a sua saúde, a
partir desse momento, algo comprometida.
-
|
|
-
- Com 14 anos, no dia de Sábado Santo
(antes da
Páscoa) de
1918, estando a trabalhar em costura
com a sua irmã Deolinda e outra menina, deu um
salto do quarto onde estava para se
defender de agressores que invadiram a casa, numa atitude semelhante à de
Santa
Maria Goretti que morreu em defesa da
sua virgindade.
Até aos seus 19 anos
ainda se conseguia movimentar sofrivelmente, tendo gosto em ir à igreja.
Contudo, a paralisia foi-se agravando até
14 de Abril de
1925, data em que ficou, definitivamente,
de cama, durante trinta anos.
A sua intenção inicial era tornar-se
missionária e, por isso, orava à virgem Maria para que ficasse curada. Em
1928, chegou à conclusão de que a sua vocação era compartilhar
misticamente o sofrimento de Cristo, oferecendo-se então como vítima pelos
pecadores.
De
3 de Outubro de
1938 a
24 de Março de
1942, todas as sextas-feiras, alegou
viver os sofrimentos da
Paixão de Cristo: superando a paralisia,
descia da cama e, dando mostras de sofrimento físico, repetia, por três
horas e meia, as etapas da
Via Sacra. Existe um registo filmado de
um destes êxtases e um circunstanciado relato de um outro, publicado pelo
Pe. José Alves Terças nas páginas de "A Paixão Dolorosa" (este
escrito, ilustrado com alguns desenhos, pôs pela primeira vez a
Alexandrina nas bocas do mundo, para grande mágoa sua).
O padre jesuíta
Mariano Pinho, seu director de
1933 a
1942, exortou-a a ditar as suas vivências
místicas. A sua obra escrita (autobiografia, cartas, diário) enche cerca
de 5 000 páginas.
Em
1936, por intermédio do mesmo director,
fez vários pedidos à Santa Sé no sentido de que o mundo fosse consagrado
ao
Imaculado Coração de Maria, o que fez
despertar o interesse do
Vaticano pelo seu caso (houve, mesmo,
contactos com o Arcebispo de
Braga). A
31 de Outubro de
1942, o Papa Pio XII satisfez esse
desejo, numa mensagem transmitida a partir de Fátima (celebravam-se os 25
anos das Aparições), repetindo-se este acto na
Basílica de São Pedro no dia
8 de Dezembro do mesmo ano.
A partir
27 de Março de
1942 é alegado que deixou de se alimentar
nos seguintes 13 anos de vida, vivendo exclusivamente da
comunhão diária.
Para verificar a inédia, em
1943, foi internada no Refúgio de
Paralisia Infantil, na
Foz do Douro. Foi aí submetida à
vigilância de um grupo de médicos, dirigidos pelo Dr. Henrique Gomes de
Araújo, membro da Sociedade Portuguesa de Química e da Real
Academia de Medicina de Madrid, por um período de 40 dias. No final,
asseguraram que era "absolutamente certo" que durante aquele tempo
não tinha comido, bebido, defecado ou urinado.
O mesmo Dr. Henrique Gomes de Araújo,
a quem o Dr. Azevedo pedira "o estudo das faculdades mentais da
doente", descreveu-a nestes termos:
«A expressão de Alexandrina é viva,
perfeita, afectuosa, boa e acariciadora; atitude sincera, sem pretensões,
natural.
Não há nela ascetismo, nada untuoso, nem
voz tímida, melíflua, rítmica; não é exaltada nem fácil a dar conselhos.
Fala de modo natural, inteligente, mesmo
subtil; responde sem hesitações, até com convicção, sempre em harmonia com
a sua estrutura psíquica e a construção sólida de juízos bem delineados em
si e pelo ambiente, mas sempre, repetimo-lo, com ar de espontânea bondade
que o clima místico que desde há tempos a circunda e que, parece, não foi
por ela provocado, não modificaram.»
Sobretudo nos anos finais da sua vida,
começou a desenvolver-se em torno da Alexandrina um fenómeno de
popularidade, que levou muita gente em peregrinação até ao seu leito em
busca de aconselhamento espiritual.
Entre os estudiosos da sua vida e escritos,
que tornaram viável a abertura, desenvolvimento e conclusão do Processo
Diocesano para a beatificação e canonização, destacam-se, além do já
citado Pe.
Mariano Pinho, o italiano Pe.
Humberto Pasquale e o
Casal Signorile. Os livros escritos
por este Casal (os professores Chiaffredo e Eugénia) são referência
importante para o conhecimento da obra de Alexandrina (alguns deles, como
a recorrentemente citada «Figlia
del Dolore Madre di Amore» estão disponíveis on-line).
Os seus devotos consideram-na uma das
maiores figuras de toda a história da Igreja, equiparando-a a
Santa Teresa de Ávila,
Santa Catarina de Siena, etc. Veja-se,
por exemplo
aqui.
A divulgação da sua vida iniciou-se em
Balasar, mas atingiu larga escala a partir do Norte de
Itália, onde trabalhou o Padre Humberto
Pasquale, e da organização irlandesa «Alexandrina
Society», cujo boletim é, ainda hoje, publicado para vários
países de todos os continentes. Em Balasar publicou-se um boletim
durante duas décadas e meia. Hoje, a divulgação faz-se em larga medida
pela Internet. Veja-se por exemplo
aqui.
A
beatificação de Alexandrina Maria da
Costa assentou numa cura ocorrida em
Estrasburgo com uma emigrante oriunda da
freguesia de
Esmeriz,
Vila Nova de Famalicão; esta cura foi
declarada inexplicável à luz dos actuais conhecimentos da
medicina.
As obras do Casal Signorile
dedicadas à Beata Alexandrina podem ser encontradas
aqui.
O Dr.
Manuel Augusto Dias de Azevedo, seu
médico assistente desde Janeiro de 1941, até à morte de Alexandrina, foi
também um dos seus mais activos defensores e o criador e redactor do
boletim que se publicou em Balasar.
|
|
- Jacinta Marto
|
-
- Jacinta Marto
-
-
Jacinta Marto (Aljustrel,
Fátima,
11 de Março de
1910 —
Lisboa,
20 de Fevereiro de
1920) foi uma dos
três pastorinhos que viram
Nossa Senhora na
Cova da Iria, entre
13 de Maio e
13 de Outubro de
1917.
Filhos mais novos de
Olímpia e Manuel Marto, Jacinta Marto e
Francisco eram crianças típicas do
Portugal
rural da época. Não frequentaram a
escola, e trabalhavam como pastores em
conjunto com a sua prima
Lúcia. De acordo com as memórias de
Lúcia,
Francisco Marto era um rapaz muito calmo,
gostava de música, e muito independente nas opiniões. Jacinta era mais
afectiva e muito mimada, emocionalmente mais frágil.
|
|
Texto do Vaticano
. «Nasceu em Aljustrel, Fátima, a 11 de Março de 1910. Foi baptizada em 19
de Março de 1910.
Vítima da pneumónica, adoeceu em
Dezembro de 1918.
Esteve internada no Hospital de Vila
Nova de Ourém e por fim em Lisboa, no Hospital de D.Estefânia onde morreu às
22.30 horas do dia 20 de Fevereiro de 1920.
De 21 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 1920, esteve no Orfanato de Nossa
Senhora dos Milagres, na Rua de Estrela, em Lisboa, casa fundada pela
D.Maria Godinho, a quem a Jacinta chamava "Madrinha". Foi celebrada Missa
de corpo presente na Igreja de Nossa Senhora dos Anjos, em Lisboa, onde o
seu corpo esteve depositado até ao dia 24, dia em que foi transportada a
urna para o cemitério de Vila Nova de Ourém. Aí, ficou no jazigo da família
do Barão de Alvaiázere. Foi trasladada para o cemitério de Fátima a 12 de
Setembro de 1935, data em que a urna foi aberta.
Em 1 de Maio de 1951 foi finalmente trasladada para a Basílica do
Santuário.
Além das 5 Aparições da Cova da Iria e
1 dos Valinhos, Nossa Senhora apareceu à Jacinta mais 4 vezes em casa
durante a doença, 1 na Igreja paroquial numa quinta-feira da Ascenção, e
ainda em Lisboa no Orfanato e no hospital. O Poço do Arneiro teve uma visão
do Santo Padre, e outra no Cabeço.
A sua vida foi caracterizada pelo
espírito de sacrifício, o amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos
pecadores.
Levada pela preocupação da salvação dos
pecadores e do desagravo ao Coração Imaculado de Maria, de tudo oferecia um
sacrifício a Deus, como lhes recomendara o Anjo, dizendo sempre a oração que
Nossa Senhora lhes ensinara:"Ò Jesus, é por Vosso Amor, pela conversão dos
pecadores (e acrescentava, pelo Santo Padre) e em reparação pelos pecados
cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
|
|
-
Voltar a Mulheres na História de Portugal
|
-
-
-
|