Biografia de Agustina Bessa Luis
 

 Bento XVI ( Cardeal Joseph Ratzinger )

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Biografia

A infância e a guerra. Joseph Ratzinger nasceu num Sábado de Aleluia em Marktl am Inn, na Baviera, em 16 de Abril de 1927, e foi batizado no mesmo dia. Filho de uma doméstica e de um comissário da polícia, viveu em várias cidades alemãs ao ritmo dos destacamentos frequentes do seu pai.

Ratzinger começou a estudar latim e grego ainda criança e em 1939, aos 12 anos, entra para o seminário de Traunstein - tendo pertencido à Juventude Hitleriana, o que era obrigatório no sistema de ensino. Quatro anos mais tarde, em plena II Guerra Mundial, é convocado com outros colegas de seminário para o destacamento antiaéreo Flak, responsável pela proteção de uma fábrica da BMW em Munique. No meio dessas tarefas, e do caos em que a Alemanha de Hitler se ia transformando, continua a frequentar as aulas em Munique, no Maximilians-Gymnasium, três vezes por semana.

Em 1944, quando atingiu a idade militar, o jovem Joseph é dispensado da Flak e alista-se na infantaria alemã. Na Primavera de 1945, porém, com a aproximação dos exércitos aliados, deserta do exército e foge para a casa de família em Traunstein. É vítima das ironias da guerra um destacamento americano ocupa a vila e resolve instalar o quartel-general na casa dos Ratzinger. Joseph é identificado como soldado alemão e, em seguida, enviado para um campo de prisioneiros de guerra. Libertado meses depois, regressa ao seminário acompanhado pelo irmão.


 

 
Um "teenager" da teologia. Em 1947 Ratzinger entra no Herzogliches Georgianum, um instituto teológico associado à Universidade de Munique, e, paralelamente, estuda Filosofia na Escola Superior de Freising. No dia 29 de Junho de 1951, aos 24 anos, é ordenado padre.

 As qualidades intelectuais do jovem padre são rapidamente visíveis e, dois anos depois, a sua tese de doutoramento em Teologia é largamente aplaudida. Pouco depois publica o seu primeiro trabalho importante, "O povo e a Casa de Deus na doutrina de Santo Agostinho para a Igreja", e dedica a tese de pós- doutoramento à história da teologia. Em 1959 começa a leccionar como professor titular de Teologia na Universidade de Bona, onde permaneceu até 1969, e na Universidade de Monstros (de 1963 a 1966).

Tornou-se bastante conhecido e, em 1966, consegue uma cadeira em Teologia Dogmática na Universidade de Tübingen, tendo a sua indicação sido fortemente apoiada pelo teólogo progressista suíço Hans Küng. Este, décadas mais tarde, seria um dos principais críticos da guinada conservadora que Ratzinger imprimiu a partir dos anos 80 à doutrina da Igreja - tendo sido por isto suspenso pelo Vaticano da sua cátedra de Teologia.

 


 

 


Essa imagem rebelde, todavia, passa depressa. Em 1969, Joseph regressa à Baviera e vai leccionar Teologia Dogmática e História do Dogma na Universidade de Regensburg, onde chega a reitor.

No início dos anos 70 Ratzinger é já o principal conselheiro teológico dos bispos alemães. O seu prestígio, aliás, é reforçado pela direcção que imprime ao jornal trimestral teológico Communio, que se transforma num dos mais influentes jornais católicos do mundo. Em 1977, pela primeira vez, a influência ideológica de Ratzinger concretiza-se na hierarquia Paulo VI investe-o arcebispo de Munique e Freising e, meses depois, é-lhe atribuído o Ministério Pastoral da Grande Diocese da Baviera.
 

Naquela altura, porém, o jovem Joseph era uma espécie de "estrela" da teologia, lutando pela "abertura da Igreja" e, ao mesmo tempo, combatendo o ateísmo e o marxismo que se popularizavam entre os jovens. Nas palavras do teólogo Michael Schmanz (à época muito importante), que criticou a sua passagem pelo Concílio Vaticano II como perito convidado, era um irritante "teenager da


 

 
 

 

 

 

Em 1977 Joseph Ratzinguer ascende, pela mão do Papa Paulo VI, à púrpura cardinalícia - tem 50 anos. E as mudanças de pontífice que se seguem favorecem a sua carreira em 1981, um ano depois de ter sido eleito Papa, João Paulo II nomeia-o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. E dedicam-se ambos a contrariar com tenacidade, nos fundamentos básicos, a modernização da Igreja iniciada no Concílio Vaticano II.
 

O ideólogo conservador. "Com o Concílio Vaticano II passou-se da autocrítica à autodestruição", afirmou em 1984 o cardeal Ratzinger numa entrevista à revista italiana Jesus em que aprecia negativamente o concílio, os teólogos, o ecumenismo e a colegialidade episcopal. "O balanço parece negativo", disse sobre o Vaticano II. "Este período foi desfavorável para a Igreja Católica", conclui, "entre as tarefas do cristão está recuperar a capacidade de se opor a muitas tendência da cultura ambiente, renunciando à solidariedade demasiado eufórica pós-conciliar". Ao longo dos anos - e, mais recentemente, na missa que deu início ao conclave que o elegeu - recuperou esta trave mestra do pensamento político.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para Joseph Ratzinger há quatro grandes heresias modernas que urge combater.

Primeira pouca importância dada a Deus, primeira pessoa da Trindade - "Está demasiado sublinhada a natureza humana de Jesus porque não se aceita a ideia de Deus a quem há que dirigir-se de joelhos", afirma.

Segunda não considerar a Igreja como mistério - "A Igreja para muitos é uma sociedade, uma organização puramente humana, cujos membros seriam livres de a estruturar a seu bel-prazer".

Terceira a fé no momento - "Cai a fé na fundação divina".

Quarta a forma como a Escritura é lida - "Todo o católico deve saber que a sua fé supera todo o novo magistério dos peritos, dos intelectuais".

Ratzinger, o novo Papa, tem um programa. "Combater o cansaço da fé", disse há anos em Fátima. "

 

 

Os deveres do Novo Papa ( Condensado de artigo de opinião de José António Saraiva )

Nas vésperas da eleição do sucessor de João Paulo II, não há comentador que não fale sobre os desafios da Igreja e aquilo que o próximo Papa terá ou não de fazer. Representantes do PS, do PCP, do PSD, do CDS e até do Bloco de Esquerda pronunciam-se sobre a «agenda» do novo Papa e as transformações que ele terá de introduzir na Igreja.

Não percebem que, se a Igreja aceitasse o aborto, elogiasse a homossexualidade, aprovasse a adopção de crianças por casais homossexuais, tornar-se-ia igual ao Bloco de Esquerda, ao PCP ou ao PS.

A igreja distingue-se exactamente por ser diferente.

Distingue-se por ter posições que, bem ou mal, resultam de valores e de princípios e não mudam ao sabor da moda.

É essa a força da Igreja.

A ideia de que é uma instituição sólida e impermeável à «novidade»- numa época em que tudo é relativo, efémero, transitório, volátil.

É natural que os partidários do Bloco de Esquerda ou do Partido Comunista não gostem da Igreja.

Mas também devem perceber que não têm de gostar.

Como os católicos não gostam dos comunistas.

É tempo de se perceber que a Igreja tem de evoluir de acordo com o que pensam e sentem os católicos (e estou à vontade para o dizer, porque não sou católico) e não de acordo com o que pensam os seus adversários.

 
O Papa Bento XVI e o presidente Vladimir Putin se reuniram ontem (14) no Vaticano. A audiência privada durou 25 minutos.

Falando em alemão, os dois dirigentes abordaram temas como paz e justiça no mundo, liberdade religiosa, a estabilização no Oriente Médio, desde o Iraque ao Irã e à Síria, a criação de um Estado palestiniano, com a garantia do respeito pela existência do Estado de Israel.

 Falaram também de maneiras de diminuir as tensões entre os católicos romanos e os cristãos ortodoxos e em uma plataforma comum para denunciar a intolerância e o extremismo, informa um comunicado  emitido pela Santa Sé.

O comunicado não mencionou nenhum convite feito por Putin para que o Papa visite a Rússia, refletindo, assim, o desconforto por parte da Igreja Ortodoxa Russa sobre o tema. O porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi, disse que uma visita do pontífice a Moscou não esteve entre os assuntos tratados.

 Uma viagem do Papa a Moscou, que só será possível com o acordo do Patriarca russo Aleksi II, colhe o apoio de Vladimir Putin, que deixa porém para o Patriarca Ortodoxo a última palavra.

Uma possível visita do Papa à Rússia deve gerar tensão com a Igreja Ortodoxa. A Igreja Russa acusa a Católica de tentar pregar e converter em áreas tradicionalmente pertencentes à primeira. O Vaticano rejeita as acusações de proselitismo, afirmando que deseja apenas cuidar de seu pequeno rebanho católico na Rússia. Uma disputa centenária por terras e propriedades também ajuda a afastar as duas igrejas.

O presidente Vladimir Putin, felicitou hoje (16) na conversa  telefónica o Papa Bento XVI  por seu 80º aniversário e destacou o grande papel do Pontífice na consolidação dos valores cristãos no mundo todo, informa agência EFE. 

Durante a conversa, Putin confirmou ao Papa o interesse da Rússia em "desenvolver as relações com o Vaticano", informou o serviço de imprensa do Kremlin.

Por causa do aniversário do Papa e do segundo aniversário de seu pontificado, na quinta-feira, Putin também enviou a Bento XVI um telegrama de felicitação e um presente.

O presidente disse que lembra "com emoção" a reunião de março com Bento XVI na Cidade do Vaticano, que confirmou que a Rússia e a Santa Sé têm "posições similares" em relação a muitos dos problemas que a humanidade enfrenta.

Putin assinalou que o diálogo entre Rússia e Vaticano se desenvolve sobre uma "sólida base", para que haja compreensão entre os povos da Europa e todo o mundo.

Condensado do Pravda.ru

 


 

 


 

 

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