Porto Medieval 

Porto 2001 - Capital da Cultura

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Sé do Porto

 

 
Designação : Zona histórica da cidade do Porto

Localização : Porto, Porto, Miragaia, São Nicolau, Sé e Vitória

Acesso : A área é delimitada pelas seguintes ruas e praças: começa junto ao rio Douro, a E., nas Escadas dos Guindais, R. de Arnaldo Gama, R. de Augusto Rosa, Pç. da Batalha, R. de 31 de Janeiro, Pç. da Liberdade, R. dos Clérigos, Cpº dos Mártires da Pátria, R. do Dr. António de Sousa Macedo, Passeio das Virtudes, R. de Francisco da Rocha Soares, Escadas do Caminho Novo, Cais da Alfândega, terminando novamente no rio Douro, a O.

 

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Enquadramento : 
 
Urbano. Inclui a parte da Cidade interior ao traçado da muralha Fernandina (do séc. 14), as zonas adjacentes que dão continuidade a um mesmo denso tecido urbano de características medievais e modernas, bem como a Ponte de D. Luís e o Convento da Serra do Pilar. Duas elevações dominam este espaço delimitado a S. pelo rio Douro: o Morro da Sé / Cividade e o da Vitória. Definida pelas vertentes das duas elevações, surge a depressão do Vale do Rio da Vila.
 
 
Mais detalhes na página da Internet da DGMN www.monumentos.pt

 

 

 

 

Utilização Inicial : Residencial / comercial / cultual / administrativa / militar

Utilização Actual : Residencial / comercial / cultual / administrativa / turística / marco histórico-cultural

Propriedade : Pública: estatal, municipal; privada: Igreja Católica, pessoa singular

Afectação :

Época Construção : Idade Média / Idade Moderna

 

 

Cronologia : 

Séc. 8 a.C. - ocupação no Bronze Final do Morro da Cividade / Penaventosa; 

sécs. 5 / 4 a.C. - vestígios de ocupação na Penaventosa (Cerâmicas de tradição púnica); 

séc. 3 / 2 a.C. - a continuidade da ocupação na Penaventosa está documentada por restos de casas pré-romanas, com lareira; 

séc. 3 - construção de uma cintura defensiva no Morro da Penaventosa: o povoado já deveria organizar-se com uma zona aberta ribeirinha e uma zona alta fortificada; 

séc. 4 - Calem é referida no Itenerário Antonino como a última estação viária antes de Braga; 

589 - Portucale é sede da diocese no IIIº concílio de Toledo; 

716 - conquista de Portucale pelos Àrabes; 

868 - presúria do Conde Vímara Peres; 

1112 - nomeação do bispo D. Hugo; 

1120 - a rainha D. Teresa entrega ao bispo a jurisdição do burgo e território limítrofe;

 1123 - o bispo concede Carta de Foral; 

séc. 12 - reconstrução da cerca amuralhada no Morro da Penaventosa e edificação da catedral românica; 

séc. 13 - expansão urbana na zona ribeirinha, a Vila Baixa, marcada pela construção dos mosteiros de S. Francisco (1234), de S. Domingos (1238) e criação da capelania de S. Nicolau (1249); 

c. 1325 - início da construção das Casas da Alfândega (localizadas na actual Casa do Infante); 

334 - inicia-se a construção da nova muralha unindo os Morros da Penaventosa / Cividade e da Vitória à zona baixa junto do rio; 

séc. 14 - o Lg. de S. Domingos constitui um nó de circulaçãofundamental na rede viária intramuros; 

éc. 14, 2ª metade - durante o reinado de D. Fernando surge a Casa da Moeda do Porto (localizada na actual Casa do Infante) e é concluída a construção da nova cerca defensiva; 

1386 - D. João I autoriza a constituição de uma judiaria no Morro da Vitória, intramuros; 

1395 - inicia-se a construção da R. Nova ou Formosa (actual Infante D. Henrique) que reorganiza o urbanismo ribeirinho; 

1405 - transferência da Mitra para a Coroa da jurisdição do burgo e respectivo couto; 

1416 - inicia-se a construção do convento de Santa Clara próximo da Catedral; 

séc. 15, meados - reedificação da casa-torre dos Paços do Concelho junto da Sé; 

séc. 16, 1º quartel - construção de dois importantes eixos no sopé do Morro da Vitória, a R. de Belmonte e a R. das Flores; 

séc. 16, finais / séc. 17, inícios - reetruturação da ocupação do Morro da Vitória com a construção do Convento da Vitória e da Casa do Tribunal e Cadeia da Relação do Porto; 

1677 - importante reforma das Casas da Alfândega onde se viria a restabelecer em 1688 a Casa da Moeda; 

1691 - primeiro projecto de praça quadrada no Campo das Hortas, extramuros (actual Pç. Liberdade); 

1718 / 1727 - é definida a urbanização do Campo das Hortas segundo um novo projecto; 

1725 - inicia-se a actividade de Nicolau Nasoni na cidade do Porto; 

1762 - criação da Junta das Obras Públicas que desenvolverá importante acção reformadora sob a direcção dos Almadas; 

1769- iniciam-se importantes trabalhos de urbanização intramuros: reforma da Pç. da Ribeira, abertura da R. S. João e criação da Pç. de S. Roque; 

séc. 18, 2ª metade - tem início em grande escala a demolição da muralha do séc. 14 ao mesmo tempo que são construídos importantes edifícios públicos: Hospital de Sto. António, Feitoria Inglesa, Cadeia da Relação, Casa Pia (actual Governo Civil), Academia da Marinha (actual Fac. de Ciências), Igreja da Trindade, Igreja dos Terceiros de S. Francisco; 

1834 - A Associação Comercial instala-se no arruinado Convento de S. Francisco conduzindo à construção do Palácio da Bolsa (1842) e à urbanização de toda a área pertencente às cercas de S. Francisco e S. Domingos; 

1843 - construção da Ponte Pênsil; 

1859 - inicia-se a construção da nova Alfândega em Miragaia; 

1875 - plano para a abertura da R. Mousinho da Silveira; 

1885 - construção da ponte de D. Luís I; 1900 - construção da Estação de S. Bento; 

1911 - construção do Teatro de S. João; 

1915 / 1917 - plano para a construção da Av. dos Aliados; 

1920 / 1957 - reconstrução do edifício da Câmara Municipal; 

séc. 20, 1ª metade - criação da Pç. do Infante, construção do Mercado Ferreira Borges e abertura da Av. da Ponte; 

 

 

1996, 5 Dez. - a cidade do Porto é classificada como Património Mundial.

 

Tipologia : Conjunto urbano constituído pelo centro histórico de uma cidade, com vários estilos artísticos, mas onde predominam edificações em estilo barroco.

Caracteristicas Particulares : Mostra vestígios de ocupação humana desde o séc. 8 a.C. Apresenta um denso tecido urbano que foi fortemente condicionado por uma geomorfologia de traços muito marcados. Teve duas cinturas de muralhas que condicionaram sucessivamente o seu processo de expansão urbana. Resulta da sobreposição de planos urbanísticos de épocas muito diversas como a época romana, a medieval ou a dos Almadas. É objecto de um processo de recuperação urbana iniciado há mais de 15 anos (1995).

 

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