Países Lusófonos -
Guiné Bissau
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- A Guiné-Bissau é um país localizado
na costa ocidental de
África, estendendo-se, no litoral, desde o
Cabo Roxo até a ponta Cagete. Faz fronteira, a norte, com o
Senegal, a este e sudeste com a
Guiné e a sul e oeste com o
Oceano Atlântico. Além do território
continental, o país integra ainda cerca de oitenta ilhas que constituem o
arquipélago dos
Bijagós, separado do Continente pelos
canais do
rio Geba,
Pedro Álvares,
Bolama e
Canhabaque.
Foi uma colónia de
Portugal, desde o século
XV até à sua independência, em
1974. O primeiro navegador e explorador
português a chegar à Guiné-Bissau foi
Álvaro Fernandes em
1446. A vila de
Bissau foi fundada em
1697, como fortificação militar e
entreposto de tráfico negreiro, que mais tarde viria a ser elevada a cidade,
e a capital da Guiné-Bissau após sua independência. Faz parte da
CPLP (Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa),
Nações Unidas,
PALOP e
União Africana
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- História
Guiné-Bissau foi previamente uma parte do
reino de Gabu, pertencente ao
Império Mali; partes do reino existiram
até o
século XVIII. Apesar dos rios e costa
dessa área terem sido uma das primeiras partes colonizadas pelos
portugueses, o interior só foi explorado a partir do
século XIX. Uma rebelião começada em
1956 pelo
Partido Africano para a Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC), liderado por
Amilcar Cabral, consolidou o seu controle
sobre o país em
1973. Independência foi declarada
unilateralmente em
24 de Setembro de 1973, e só reconhecida
na
Revolução dos Cravos, em
1974. O país foi controlado por um
conselho revolucionário até
1984. As primeiras eleições
pluripartidárias aconteceram em
1994, mas um golpe militar em
1998 depôs o presidente e mergulhou o
país numa guerra civil (1998-1999). Eleições novamente ocorreram e em
2000, Kumba Yala foi eleito.
Em Setembro de
2003, outro golpe militar aconteceu, e
desta vez o presidente Yala foi preso, alegando-se que ele era incapaz de
resolver problemas. Após ter sido adiada por inúmeras vezes, eleições
legislativas aconteceram em Abril de
2004. Um motim em diversas facções das
forças armadas em Outubro de 2004 resultou na morte do comandante mor das
forças do país, causando comoção por todo o país.
Em
2005 houve novas eleições presidenciais
ganhas por João Bernardo "Nino" Vieira (o presidente deposto em 1998),
ainda que envoltas em polémica.
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- Política
Na Guiné-Bissau, em 1989, o partido em comando,
Partido Africano pela independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) sob o
controlo do presidente Vieira começou o esboço de um programa de
liberalização política, reformas essas que abriram caminho para uma
democracia pluripartidária que incluiu a exclusão de vários artigos da
constituição que privilegiavam o papel de liderança exercido pelo PAIGC.
Leis foram ratificadas para permitir a formação de outro partidos políticos,
livre imprensa, e sindicatos independentes com permissão para fazer greves.
As primeiras eleições pluripartidárias para
presidente e parlamento na Guiné-Bissau aconteceram em 1994. Logo após o fim
da guerra civil 1998-1999, novas eleições foram convocadas, levando ao poder
Kumba Yalá, líder oposicionista e seu
partido, PRS. O PRS actualmente ocupa 28 dos 102 assentos na Assembleia
Nacional e 18 dos 25 gabinetes de governo. Yalá foi deposto em um pacífico
golpe em Setembro de
2003, Henrique Rosa assumiu o posto. A
transição da Guiné-Bissau de volta à democracia será complicada pela sua
debilitada economia, devastada pela guerra civil.
Feriado nacional: Independência, 24 de
Setembro (1973)
Constituição: 16 de Maio de 1984,
revisada em: 4 de Maio de 1991, 4 de Dezembro de 1991, 26 de Fevereiro de
1993, 9 de Junho de 1993, e 1996
Sufrágio: Universal a partir dos 18
anos. A área da Guiné é de 36.120 Kms quadrados e a sua população de
1.345.479 habitantes.
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- Economia
Guiné-Bissau está entre as nações menos
desenvolvidas do globo e entre os 20 países mais pobres, e depende
fortemente da agricultura e da pesca. O preço das castanhas de caju aumentou
invejavelmente em anos recentes, e hoje o país encontra-se em sexto na
produção mundial do produto. A Guiné-Bissau exporta peixe e mariscos
juntamente com amendoim, semente de palma e madeira. As licenças para a
pesca são uma fonte de receitas do governo. O arroz é o cereal mais
produzido e comida típica.
As lutas intermitentes entre as tropas
revolucionárias apoiadas pelo Senegal e a junta militar que controlava o
país destruiu grande parte das infra-estruturas do país e causaram danos em
todas as suas regiões em 1998; a guerra civil fez cair o PIB em 28% naquele
ano, com uma recuperação parcial em 1999. A produção agrícola caiu à volta
de 17% durante o conflito, assim como a produção de castanhas de caju caíram
até 30%. Piorando a situação, no ano 2000 o preço das castanhas caíram em
50% no mercado internacional, aumentando a devastação começada com a guerra
civil.
Antes da guerra, as reformas mais bem
sucedidas do governo foram a reforma comercial e a liberalização dos preços,
tudo sob a tutela do FMI (Fundo Monetário Internacional). A austeridade
fiscal e o incentivo ao desenvolvimento do sector privado deram novo fôlego
à economia. Após a guerra civil, as medidas de recuperação lançadas pelo
governo (novamente com a ajuda do FMI e também do Banco Mundial) trouxeram
alento à debilitada economia e recuperaram o PIB em 8% em 1999. Em Dezembro
de 2000 a Guiné-Bissau tentou uma ajuda internacional de de U$800 milhões
para a estratégia de redução da pobreza, que deverá ser colocado em prática
em 2002. O país só começará a receber boa parte da quantia quando responder
a necessidades básicas da população, condições para o empréstimo.
Devido aos altos custos, a prospecção de
petróleo e de fosfato e outros recursos minerais não são objectivos de curto
prazo.
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- Cultura
Guiné-Bissau possui uma
herança cultural bastante rica e diversificada. Esta cultura, que varia de
etnia para etnia, passando desde a diferença linguística, a dança, a
expressão artística, a profissão, a tradição musical até as manifestações
culturais.
A dança é, contudo, uma
verdadeira expressão artística dos diferentes grupos étnicos.
Os povos animistas
caracterizam-se pelas suas belas e coloridas coreografias. No dia a dia,
estas fantásticas manifestações culturais podem ser observadas na altura
das colheitas, dos casamentos, dos funerais, das cerimónias de iniciação.
Nas cidades, a música é
dominada pelo conhecido gumbe Guineense. O Carnaval guineense é
completamente original, com características próprias, tem evoluído
bastante, constituindo uma das maiores manifestações culturais do País.
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- Clima
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- A Guiné-Bissau tem um
clima tropical. Situada sensivelmente a
meia distância entre o
equador e o
trópico de Câncer, a Guiné-Bissau tem um
clima quente e húmido característico das regiões tropicais. Tem duas
estações: a quente e da da época das chuvas. A época das chuvas começa em
meados do mês de Maio e estende-se até meados de Novembro. Os meses de
maior pluviosidade são Julho e Agosto. A estação seca e fresca corresponde
aos restantes meses do ano. Os meses de Dezembro e Janeiro são os mais
frescos. No entanto, as temperaturas são muito elevadas durante todo o
ano.
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