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- José Maria Ferreira de Castro, nasceu a 24 de Maio de 1898,
na aldeia de Salgueiros, freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis.
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- Era o filho mais velho de José Eustáquio Ferreira de Castro
- que faleceu quando o futuro escritor tinha oito anos - e de Maria Rosa Soares de Castro. jornalista e
novelista, considerado com um dos pais da ficção contemporânea portuguesa social-realista ou Neorealista.
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A 7 de Janeiro de 1911, Ferreira de Castro embarcou em Leixões a bordo do
vapor "Jerôme" com destino ao Pará. «Tinha eu, então, 12 anos, 7 meses e 14 dias...».
Vive, assim, entre 1911 e 1914, no seringal ironicamente chamado "Paraíso", nas margens do rio Madeira,
território da tribo Parintintim, em plena Amazónia. Embora trabalhasse como caixeiro num armazém, marcá-lo-ia
fortemente a convivência com os cearenses e paraenses, vítimas de todas as dependências, a exemplo do que
sucedeu com os operários ingleses na Revolução Industrial.
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A par de pequenos contos e crónicas escritos para vários jornais,
redigiu o seu primeiro romance, "Criminoso por Ambição", que viria a publicar em 1916, já no Pará,
editando-o a expensas próprias.
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Em 1915 começa a colaborar do Jornal dos Novos , publicando no ano
seguinte - além de Criminoso por Ambição, que distribui em fascículos de porta em porta - a peça Alma
Lusitana.
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Com João Pinto Monteiro, funda e dirige o semanário Portugal. Aí
publica, parcialmente, o seu segundo romance, Rugas Sociais, nunca editado em livro.
Em Setembro de 1919 regressa a Portugal, a bordo do "Desna", .
Duas novelas, Emigrantes ( 1928 ) e a Selva ( 1930 ), traduzidas em mais de uma dúzia de línguas)
lançaram Ferreira de Castro no Mundo literário e ofereceram um retrato quási fotográfico de uma região
exótica e as suas tensões humanas em drama intenso. Nas suas
últimas novelas, o autor vira a sua atenção para os temas regionais oportugueses das áreas rurais; típicas
deste período são Terra Fria ( 1934 ), A Lã e a Neve ( 1947 ) e A Curva da Estrada ( 1950
). Ferreira de Castro teve também uma larga carreira no jornalismo e
considerou a sua escrita de ficção como uma extensão da sua acção de reportagem. Deu a essas reportagens uma
cor e um cor humana que ele pensava ser fiel ao realismo social.
Condensado da informação da Enciclopédia Britanica
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