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Templo de Diana
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- IPA : Monumento
Designação :
Templo Romano de Évora / Templo de Diana Localização
: Évora, Évora, Sé Acesso : Lg. Conde de Vila Flor
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Templo de Diana
Évora
Templo de Diana Mérida
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- Enquadramento : Urbano, quase na cota suprema da acrópole de Évora,
isolado, destacado. Rodeado pela Sé , Paço dos Inquisidores de Évora, Tribunal da Inquisição , Igreja e Convento dos Lóios
, Biblioteca Pública e Museu.
Descrição : Restam o pódio quase completo, onde se marca com evidência
o desmorono da escadaria, a colunata intacta do topo N. (6 colunas), com respectiva arquitrave e fragmentos do
friso, 4 colunas a E., com arquitrave e um fragmento do friso, e a O. 3 colunas completas, uma sem capitel e uma
base, fragmentos da arquitrave e um do friso. Pódio
edificado em cantaria incerta de granito, opus incertum, rematado nos cunhais por cantaria esquadriada, com vestígios
de almofadas salientes; tem c. de 25 m de comprimento, para 15 m de largura e 3,5 m de altura.
Colunas coríntias de fustes profundamente canelados, constituídos
por 7 tambores de altura irregular, perfazendo c. de 6,2 m, para c. 1,2 m; assentam em bases circulares de mármore
branco de Estremoz, directamente sobre a moldura superior e são rematadas por capitéis lavrados, também em mármore,
com três ordens de acanto e ábacos ornamentados de florões, malmequeres, girassóis, rosas. Os restos do
entablamento são em cantaria de granito.
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- Utilização Inicial : Cultual
Utilização Actual : Marco histórico-cultural Propriedade : Pública: estatal Época Construção : Séc. 1 (HAUSCHILD, 1988) / Séc. 2 / 3
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- Cronologia :
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- Séc. 1 - edificação durante a época de Augusto (HAUSCHILD:
1988);
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- Séc. 2 / Séc. 3 - edificação, segundo a cronologia
tradicionalmente aceite, empreendida no quadro de uma campanha radical de redefinição urbana da cidade, quando o
culto e o estatuto imperial lhe imposeram a distinção do espaço da cidadela, que um pesado muro granítico
passa a cingir (070513040);
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- Séc. 5 - destruído durante as invasões bárbaras;
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- Séc. 14 - teria servido de casa-forte ao castelo da vila;
Fernão Lopes refere-o como açougue;
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- 1467 - carta de D. Afonso V autorizando Sueiro Mendes a
retirar pedras dos açougues;
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- Séc. 16 - representado no Foral manuelino de Évora;
difunde-se antiga tradição que atribui a fundação do templo a Sertório (paladinos da fundação sertoriana
André de Resende e Mendes de Vasconcelos);
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- Séc. 17 - o Padre Manuel Fialho cria a lenda do Templo de
Diana;
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- 1789 - James Murphy concebe reconstituição iconográfica
do templo;
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- Séc. 19 - mantem ainda os merlões piramidais de tradição
mudéjar - manuelina e as empenas cegas de onde apenas despontava a colunata;
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- 1836 - deixa de funcionar como açougue;
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- 1840 - Cunha Rivara, na qualidade de Director da Biblioteca
Pública de Évora obtem a cedência dos edifícios da Inquisição, em tempos anexos à fachada N. do Templo e
aos quais este se unia por passadiço, e que serão então demolidos desafrontando o monumento; inicia-se então
aquela que será a primeira grande escavação arqueológica em Portugal, tendo-se descoberto os tanques dum
primitivo aqueduto;
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- 1863 - o tecto abate parcialmente e o edifício ameaça ruína;
já destruídos em parte os tanques durante os trabalhos de embelezamento do largo;
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- 1869 - Filipe Simões propõe a demolição urgente das
estruturas medievais defendendo o repor da feição primitiva do templo;
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- 1871 - a direcção da obra de restauração é entregue a
José Cinatti que faz demolir os vestígios medievais preconizados por Filipe Simões e executa um programa de
restauro integral idealista e romântico do templo.
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- Tipologia : Arquitectura religiosa romana. Templo de linhas
muito clássicas, de um tipo que se desenvolveu particularmente na Hispânia, caracterizado pelo sólido
embasamento e pela estrutura hexastila, com paralelo em Mérida.
Características Particulares : Equilibrada e harmoniosa convivência entre o granito e o
mármore. A sua feição actual, que o leva a ser considerado como uma das mais bem conservadas ruínas romanas da
Península, é fruto da restauração romântica de Cinatti e evidencia de modo paradigmático as teorias de
restauro então praticadas.
Dados Técnicos : Estrutura autónoma. Materiais : Cantaria granítica irregular e opus incertum no pódio,
cantaria de granito no restante, excepto nos capitéis e bases das colunas em mármore branco de Estremoz.
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