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- As Caravelas
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- A partir de 1441 os portugueses passaram a
utilizar caravelas nas suas viagens de exploração atlântica. Tal tipo de navio veio a
revelar-se o mais adequado para a realização deste tipo de expedições em que eram
necessárias embarcações que velejassem bem, tendo em conta a possibilidade de encontrar
ventos variáveis, e a necessidade de percorrer zonas marítimas de águas pouco profundas
e rios africanos desconhecidos.
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- No Século XV a caravela portuguesa foi considerada o melhor
veleiro da época. Era um navio de pequeno ou médio calado, que podia ter um porte que
oscilaria em média entre os 40 e os 60 tonéis, com uns 14 metros de quilha. Geralmente
tinha dois mastros com velas latinas, embora as maiores pudessem apresentar três mastros.
Tinha apenas um castelo de popa e uma coberta.
- Na documentação quatrocentista há curiosa referência a
um tipo de navio denominado "caravela de descobrir". Tal caravela deveria ser um
navio aperfeiçoado pelos portugueses, com um casco bem proporcionado e onde a maior
originalidade residiria em apresentar vergas latinas de grandes dimensões, o que permitia
ampliar consideravelmente a superfície das velas, que seria muito superior à de outros
navios de velame latino.
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- A tripulação de uma caravela poderia rondar os 15 ou 20
homens em média, mas havia algumas que podiam levar até 63 pessoas, como as que em 1490
realizaram a embaixada de Rui de Sousa ao Congo. As caravelas que realizaram os
Descobrimentos podiam realizar viagens com apenas uma unidade, mas para as missões que se
revestiam de maior dificuldade e importância seriam constituídas pequenas armadas de
duas a três unidades.
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- No Século XVI a importância da caravela diminuiu, sendo
destinada sobretudo a missões de apoio. Também nesse século apareceu um novo tipo de
caravela no qual um dos mastros passou a armar uma vela redonda, pelo que se denominou
caravela redonda ou de arma-da, podendo atingir os 150 tonéis.
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- As Naus
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- Com a primeira viagem de Vasco da Gama às
Índias e nas viagens que se lhe seguiram, passaram a predominar as naus, onde o velame
mais importante era de pano redondo.
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- A nau que fazia a "Carreira da
Índia" permitia o transporte de maior tonelagem de mercadorias e tornara-se viável
porque aumentara o conhecimento das rotas adequadas para o aproveitamento dos ventos mais
favoráveis à progressão das naus.
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- As chamadas "naus da
Índia" deveriam ser as de maior porte, rondando em média os 300 a 500 tonéis. A partir de
finais do Século XVI, algumas, com quatro cobertas, chegaram a ultrapassar os mil
tonéis, quando se verificou uma tendência para o aumento da tonelagem dos navios, embora
este assunto se tivesse sempre mostrado muito polêmico entre as autoridades e os
técnicos.
- Para alguns historiadores a nau
feita em Portugal ou em Espanha corresponderia (ou assemelhar-se-ia) às urcas alemãs ou
às carrancas italianas.
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- Havia ainda outros tipos de navios,
como os patachos (de 80 a 100 tonéis) e os galeses, estes últimos difíceis de serem
diferenciados das naus, apontando-se entre as suas principais características a de
estarem melhor preparados para funções militares.
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- Em Portugal, no Estado da Índia e
no Brasil várias povoações eram dotadas de tercenas - local onde se construíam
embarcações. A mais importante era sem dúvida a
Ribeira das Naus, em Lisboa.
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- Condensado da página da Internet
" Cabral o viajante do rei" publicada para comemorar os 500 anos do
Descobrimento do Brasil.
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www.cabral.art.br.
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