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- O Início do escambo
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fundação
da feitoria permitiu o início do sistema regular de trocas entre ameríndios e
portugueses, denominado escambo. Os indígenas abatiam as árvores, desbastavam-nas,
descascavam-nas e transportavam as toras até a feitoria.
Em troca de pau-brasil e
de papagaios, recebiam instrumentos metálicos (machados, facas, tesouras) e outros
objetos (pentes, espelhos, manilhas etc). Não tardou a aparecer a concorrência normanda,
iniciada após a viagem de Paulmier de Gonneville (1503-1505) que, com dois pilotos
portugueses, tentou a alcançar o Oriente, mas, por erro de navegação,
aterrou no sul do Brasil.
Dali foi para o
nordeste, onde carregou pau-brasil, retornando à França. A partir de então, a costa
brasileira foi alvo dos interesses comerciais de armadores normandos e bretões.
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O Livro
da Nau Bretoa, documento referente ao navio que esteve fundeado ao largo da feitoria do
Cabo Frio entre o início de junho e o final de julho de 1511, constitui excelente fonte
para a compreensão das peculiaridades do escambo, especialmente do ritmo de carregamento
de pau-brasil (5.008 toras) e de escravos (em número de 35), bem como de papagaios,
sagüis (pequenos macacos) e gatos maracajás.
A
intensificação da presença francesa no Brasil e a chegada dos espanhóis ao rio da
Prata levaram D. Mauel a tomar, em 1516, diversas medidas, entre elas a de transferir a
feitoria para Igaraçu ("canoa grande"), na costa pernambucana, e criar a armada de guarda-costas, cujo comando confiou a
Cristóvão Jacques, com a finalidade de patrulhar o litoral. No mesmo ano, foi atacada a
feitoria do Cabo Frio por caravela da flotilha Castelhana de João de Solis, que
regressava do Prata.
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- Condensado da página da
Internet " Cabral o viajante do rei" publicada para comemorar os 500 anos do
Descobrimento do Brasil. www.cabral.art.br.
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