|
|
|
|
Do século XVII em diante, o interesse dos portugueses passou a ser a procura por ouro e pedras preciosas. Então, os bandeirantes Fernão Dias Pais e seu genro Manuel Borba Gato, concentraram-se nestas buscas desbravando Minas Gerais. Depois outros bandeirantes foram para além da linha do Tratado de Tordesilhas e descobriram o ouro. Muitos aventureiros os seguiram, e, estes, permaneceram em Goiás e Mato Grosso dando início a formação das primeiras cidades. Nessa ocasião destacaram-se: António Pedroso, Alvarenga e Bartolomeu Bueno da Veiga, o Anhanguera. Outros bandeirantes que fizeram nome
neste período foram: Jerónimo Leitão (primeira bandeira conhecida),
Nicolau Barreto (seguiu trajecto pelo Tietê e Paraná e regressou com
índios capturados), António Raposo Tavares (atacou missões jesuítas
espanholas para capturar índios), Francisco Bueno (missões no Sul até o
Uruguai).
Como conclusão, pode-se dizer que os bandeirantes foram responsáveis pela expansão do território brasileiro, desbravando os sertões além do Tratado de Tordesilhas. Por outro lado, agiram de forma violenta na caça de indígenas e de escravos foragidos, contribuindo para a manutenção do sistema escravagista que vigorava no Brasil Colónia.
|
|
|
Os tipos de bandeiras
Houve três tipos de bandeiras: as de tipo apressador, para a captura de índios (chamado indistintamente o gentio) para vender como escravos; as de tipo prospector, voltadas para a busca de pedras ou metais preciosos e as de sertanismo de contrato, para combater índios e negros (quilombos).
De início, eram aprisionados os índios sem contacto com o homem branco. Posteriormente, passaram a aprisionar os índios catequizados, reunidos nas missões jesuíticas. Grandes bandeirantes apressadores foram Manuel Preto e António Raposo Tavares, que forneciam índios às fazendas do Brasil que necessitavam de mão de obra escrava e não contavam com suficiente quantidade de escravos negros.
|
As Bandeira Iniciais
Muitas vezes o governo financiava a expedição; outras vezes, limitava-se a fechar os olhos para a escravização dos índios (ilegal desde 1595), aceitando o pretexto da "guerra justa". D. Francisco de Sousa patrocinou as bandeiras de André de Leão (1601) e Nicolau Barreto (1602) que, esta, se estendeu por dois anos. Teria chegado à região do Guairá, regressando com um número considerável de índios, que algumas fontes estimam em três mil.
Em Agosto de 1628, quase todos os homens adultos da Vila de São Paulo estão armados para investir contra o sertão. Eram novecentos brancos e três mil índios, formando a maior bandeira até organizada, com destino ao Guaíra, para expulsar os jesuítas espanhóis e prender quantos índios pudessem, e vendê-los Bahia, carente de braços.
As Bandeiras em busca de ouro
As bandeiras de prospecção nasceram na metade final do século XVII. Na década de 1690 foi descoberto ouro nas serras gerais, o chamado Sertão do Cuieté, hoje o Estado de Minas Gerais. A interiorização do povoamento deu origem às capitanias de Minas (separada da capitania de São Paulo ainda na década 1720), Mato Grosso e Goiás. Principais bandeirantes foram Fernão Dias Pais, Antônio Rodrigues Arzão, e Bartolomeu Bueno da Silva. Havia também figuras como Carlos Pedroso da Silveira, sócios e procuradores dos bandeirantes, com papel igualmente importante
Legislação
Ainda se sonhava com ouro, em Espanha e Portugal. Prova, em 15 de Agosto de 1603, o «Regimento das Minas do Brasil», feito em Valladolid por Filipe III em que diz o Rei: «que sou informado que nas partes do Brasil são descobertas algumas minas de ouro e prata e que facilmente se poderão descobrir mais» etc. Está registado no Rio de Janeiro em 29 de Maio de 1652 e São Paulo a 9 de Outubro de 1652 e, tardiamente, em São João del-Rei em 27 de Outubro de 1729.
Os paulistas, porém, só guerreavam índios, acostumados à vida das armas e tirando lucro de sua venda, não queriam ficar sedentários nem administrar as minas que desde 1603 o Rei lhes franqueara, mediante o pagamento do quinto.
Uma mudança de tratar as minas, quando descobertas, se lerá no verbete dedicado ao governador-geral e capitão-mor D. João de Lencastre. Os Bandeirantes famosos foram dezenas.
|
Home |