O Brasil Moderno - República -  Resumo Geral

 
 
  Campos Salles

 

O Brasil Moderno

 

A transição brasileira do império à república foi turbulenta.

 

No governo do presidente Campos Salles, com a ajuda de um grande empréstimo estrangeiro, a economia brasileira começou a recuperar-se. Não obstante, ela dependia muito do café e da borracha, e quando os preços internacionais desses produtos baixavam, começava um novo período de recessão e, consequentemente, de descontentamento popular.

 

A primeira guerra mundial significou um alívio para a economia brasileira, pois os preços das matérias-primas subiram. No entanto, durante os anos 20, houveram novos problemas económicos, e mais revoltas. Em 1930, o representante da oligarquia cafeicultora Júlio Prestes ganhou as eleições presidenciais, mas antes da posse, seu opositor Getúlio Vargas liderou um golpe de estado e tomou o poder.

 

Vargas foi ao mesmo tempo um ditador e um reformista. Incluiu na nova constituição de 1933, artigos sobre o voto feminino, a previdência social e os direitos dos trabalhadores, mas quando ameaçado pela oposição recorria à lei marcial, aos poderes absolutos e a censura à imprensa. Apesar de inspirar-se nos fascistas, Vargas só se opôs ao Terceiro Reich depois de descobrir agentes alemães infiltrados no país. Com isso, o Brasil se uniu aos Aliados na Segunda

 

 

 



Getúlio Vargas





Juscelino Kubitschek

Guerra Mundial

 

Em 1945, Vargas foi forçado a renunciar e foi sucedido pelo presidente Dutra que rompeu todas as relaciones com a URSS. Em 1951, Vargas foi democraticamente eleito para um governo da coalizão. Os problemas económicos, as actividades clandestinas dos comunistas e a pressão cada vez maior da oposição conservadora levaram Vargas ao suicídio, em 1954.

 

Juscelino Kubitschek foi seu sucessor e conseguiu ter o apoio da direita e da esquerda, impulsionando um novo período de crescimento baseado em empréstimos estrangeiros. Para estimular o desenvolvimento do interior, a capital foi transferida para Brasília, em 1960. No entanto, a inflação continuava subindo, a dívida externa crescia cada vez mais e prosseguia a insatisfação popular.

 

Plano de Metas de Juscelino

 

No começo de seu governo, JK apresentou ao povo brasileiro o seu Plano de Metas, cujo lema era “cinquenta anos em cinco”. Pretendia desenvolver o país cinquenta anos em apenas cinco de governo. O plano consistia no investimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento económico, principalmente, infra-estrutura (rodovias, hidroeléctricas, aeroportos) e indústria.

Desenvolvimento industrial 

 

Foi na área do desenvolvimento industrial que JK teve maior êxito. Abrindo a economia para o capital internacional, atraiu o investimento de grandes empresas. Foi no governo JK que entraram no país grandes montadoras de automóveis como, por exemplo, Ford, Volkswagen, Willys e GM (General Motors). Estas indústrias instalaram suas filiais na região sudeste do Brasil, principalmente, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e ABC (Santo André, São Caetano e São Bernardo).

 

As oportunidades de empregos aumentaram muito nesta região, atraindo trabalhadores de todo Brasil. Este fato fez aumentar o êxodo rural (saída do homem do campo para as cidades) e a migração de nordestinos e nortistas de suas regiões para as grandes cidades do Sudeste.


 

Brasília - Congresso Nacional


Construção de Brasília: a nova capital

 

Além do desenvolvimento do Sudeste, a região Centro-Oeste também cresceu e atraiu um grande número de migrantes nordestinos. A grande obra de JK foi a construção de Brasília, a nova capital do Brasil. Com a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, JK pretendia desenvolver a região central do país e afastar o centro das decisões políticas de uma região densamente povoada. Com capital oriundo de empréstimos internacionais, JK conseguiu finalizar e inaugurar Brasília, em 21 de Abril de 1960.

Balanço do governo JK 

 

A política económica desenvolvimentista de Juscelino apresentou pontos positivos e negativos para o nosso país. A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou nosso país mais dependente do capital externo. O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola. O país ganhou uma nova capital, porém a dívida externa, contraída para esta obra, aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural descontrolados fez aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do sudeste do país.




Jânio Quadros

Em 1961, o direitista Jânio Quadros foi eleito presidente, mas renunciou antes de fazer um ano de governo. Seu vice-presidente Goulart, que era socialista, teve grande dificuldade em governar o país e foi tirado do poder pelos militares, em 1964.

 

A ditadura militar durou 20 anos e foi marcada pelo crescimento económico, pela subida da inflação, pela insatisfação popular, pelas atividades da guerrilha de esquerda e pela repressão. Em 1985, os militares entregaram o poder pacificamente ao civil, Tancredo Neves, que morreu antes da posse.

 

Tanto os problemas quanto a recuperação económica continuaram no governo de Sarney, primeiro presidente civil (1985-1989), que deixou o poder com uma inflação recorde de 80% em seu último mês no governo.

 

 

 

Fernando Collor derrotou por pouco o socialista Luiz Inácio Lula da Silva nas primeiras eleições democráticas depois do fim da ditadura. Após tomar medidas drásticas para conter a inflação e começar a abrir a economia brasileira, sofreu um impeachment sob alegações de corrupção em 1992. Seu sucessor e vice-presidente Itamar Franco manteve a política económica e implementou o Plano Real, dirigido pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

 

Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente duas vezes. Conseguiu estabilizar a economia e atraiu novos investimentos estrangeiros, mas não pode concluir as reformas tributária, social e da previdência social, necessárias para estimular o crescimento do Brasil.

 

Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente com uma plataforma socialista. Seu primeiro ano no poder foi marcado pela austeridade fiscal e por algum progresso nas reformas.

 

 

-
    

 

 

Home

 

   
1