O Brasil Moderno - Independência (1822)

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Pedro I

Proclamação da Independência (1822)

 

A oposição irritante dos políticos de Lisboa a essa situação e a influência de conselheiros brasileiros atraíram o jovem príncipe para a causa da Independência. Em um período de menos de um ano após o retorno do Rei para Portugal, em 7 de Setembro de 1822, o Príncipe da Coroa proclamou a Independência do Brasil como um Império e se fez coroar solenemente como Imperador Pedro I, em 1º de Dezembro de 1822.

 

O mentor intelectual da Independência brasileira foi José Bonifácio de Andrada e Silva, um destacado geólogo e escritor brasileiro, que se tornou o mais importante e confiável dos conselheiros do Príncipe.

 

Enquanto os Vice-Reinos espanhóis na América tiveram que lutar veementemente por sua Independência (terminando em 18 repúblicas distintas), Portugal e Brasil resolveram a questão por meio de negociação, tendo a Grã-Bretanha como mediadora.

 

A dominação Inglesa, já fortalecida pelas políticas de liberalismo económico, se tornou ainda mais completa após a Independência. Como condição para o reconhecimento da soberania brasileira, o Governo britânico obteve a revalidação e a expansão dos privilégios de 1810, o que confirmaria a dependência da economia brasileira ao centro mundial do comércio. Após um período de turbulência (1822-1824), o Brasil tornou-se Império sob Dom Pedro I que, entretanto, continuou a ser também sucessor ao trono português. 

 

O Império - Pedro I (1822-1831)

 

O primeiro administrador do Brasil independente tinha uma personalidade marcante. Ele deu contribuição importante para a evolução política e social do século XIX, propiciando ao Brasil, em 1824, e a Portugal, dois anos mais tarde, constituições extremamente avançadas para a época, as quais quebravam o tabu do direito divino dos Reis. Em 1826, com a morte de D. João VI, Dom Pedro herdou o reinado de seu pai.

 

Entretanto, abdicou ao trono de Portugal em favor de sua filha, Maria da Glória, ainda criança, que se tornou a Rainha Maria II. Em 1831, abdicou ao trono do Brasil em favor de seu filho, Dom Pedro II, que era menor de idade. Tal decisão, tomada em parte por divergências com o parlamento brasileiro, foi motivada também por um espírito de aventura que o levou de volta a Portugal para destronar seu irmão, Miguel, que havia usurpado o trono da jovem Rainha Maria.

A República - Fim do Império: Abolição da Escravatura (1888)

 

A abolição da escravatura é frequentemente citada como a causa mais imediata para a queda da Monarquia. Com o imperador na Europa, sua filha, a Princesa Isabel, actuava como Regente. No dia 13 de Maio de 1888, diante do colapso da escravatura como um sistema funcional e cedendo a pressões dos abolicionistas, ela assinou a chamada "Lei Áurea", que aboliu a escravatura no Brasil. A abolição foi, na realidade, resultado da antiga política britânica de pressionar o Governo brasileiro para encerrar o comércio de escravos.

 

A luta contra esse comércio ocorreu em função dos planos de expansão das produções nas colónias britânicas (açúcar), favorecendo, portanto, o crescimento do capitalismo industrial britânico. Convém notar que, ao final do século XIX, a escravidão no Brasil declinou sob pressão dos trabalhadores imigrantes, cujos salários custavam menos que manter escravos. Entretanto, a "Lei Áurea" desencadeou uma reacção entre os donos de escravos, que rapidamente abalou as bases políticas da Monarquia.

 

Após alguns meses de crise no Parlamento, o Imperador foi deposto no dia 15 de Novembro de 1889, por um movimento militar que proclamou o fim da Monarquia e o estabelecimento da República. A transformação institucional, embora profunda, foi sem derramamento de sangue. Embora tratados com merecido respeito, o Imperador e sua família foram convidados a deixar o País.

 

Acompanhados por alguns amigos mais próximos, foram para o exílio na França. Muitos líderes do País emprestaram seu apoio e colaboração ao novo regime, entre eles um dos maiores estadistas do Brasil, o Barão do Rio Branco. Sua sabedoria e habilidade diplomática capacitaram o País a encerrar, por tratados ou arbitragem, praticamente todas as suas disputas de fronteiras.

 

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