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Ponte Romana de Alcântara
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Condensado
da página da internet www.ku.edu/history
Veja este site também
http://es.geocities.com/atoleiros
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ponte de Alcântara
É indescritível a
impressão que produz a ponte, monumento sem par no mundo entre os do
seu género e época, cuja grandiosidade apenas somos capazes de
compreender. O assombro que causa contemplar a ponte desde cima, sendo
imenso, não é comparável ao que produz vista debaixo, desde a orilha do rio.
Pilares e arcos
alçam-se no espaço com arrogância e firmeza inverosímeis, criando
naquele que os contempla o duplo complexo da pequenez e da grandeza
humana, porque se sente insignificante junto a aquela mole de pedra e
orgulhoso ao pensar que é obra do homem.
Esta imensa mole de
pedra granítica, foi concluída entre os anos 105 e 106 da
nossa Era. Fez-se a expensas de onze municípios da Lusitânia, sob a
direcção de Cayo Julio Lacer, reinando Trajano, na via
de Norba (Cáceres) a Conimbriga (Condeixa-a-Velha).
Salva com só seis
arcos os 194 metros de comprimento do profundo
barranco que o rio Tejo abre entre os penhascos de um lugar donde não
houve cidade romana e cavalga entre dois recodos do caudal do rio
que atenuam o ímpeto da corrente, mas donde a acumulação
de agua impede multiplicar os pilares.
A cota de la via e as grandes
crescidas obrigaram a descomunal altura de 48 metros
para os dois arcos centrais que com a sua grande largura de 27,34
e 28,60
metros ocupam o caudal das águas e deixam fácil passo à
corrente; de 24 metros os seguintes e tão só de 18,47 os laterais,
formam seguro contraforte da pressão do central. A Altura total é de
71 metros.
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- Na ponte há um
tabuleiro de mármore com inscrição do ano de 105 a 106 de J. C. dedicada a Trajano,
e mais outras duas onde aparecem os nomes dos municípios da Lusitânia que
contribuíram para a obra, Igaeditani, Lancienses, Oppidani, Talori,
Interannienses, etc., o que demonstra que a ponte não foi obra do estado,
mas sim comunal.
No lado esquerdo da
ponte há uma inscrição que diz que foi o arquitecto Cayo Julio Lacer
que edificou esta ponte e que diz "que esta ponte durará tanto
quanto o mundo durar".
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Ponte Romana de Alcântara concluída entre 105 a 106 DC e dedicada a
Trajano |
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Acima da ponte, no leito do rio,
encontra-se uma barragem hidroeléctrica , a mais
importante, no seu tempo, da Europa Ocidental (3 162 milhões de m3). A
superfície inundada é de 10 400 há e a longitude do açude é de 91 km.
Desde o século XIII até hoje, um dos arcos foi várias vezes
cortado nas guerras e reconstruído depois.
Em 1475, nas lutas de Castela e Portugal, quando pensavam derruba-lo
para evitar que Alfonso V o cruzasse, se salvou pela galhardia do
português que mandou dizer a seu inimigo o duque de Villahermosa que ele
daria um rodeio, pois "não queria o reino de Castela com menos aquele
edifício".
Mais tarde foi recomposto por Carlos V em 1543 desfigurando o perfil do
arco central, depois por Carlos III e novamente, em 1860, por dona
Isabel II. Nesta última restauração, séc. XIX, taparam-se as juntas das
pedras.
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- Historia
A sua situação
junto ao rio Tejo, e sua proximidade à fronteira portuguesa, serão
dois factores determinantes de seu passado histórico e artístico.
Conservam-se
magníficas obras artísticas que abrangem desde os tempos
pré-históricos até a Idade Moderna, por isso Alcântara pode
considerar-se como uma população excepcional, por conter um rico
património artístico. Foi o berço de São Pedro de Alcântara, místico
reformador da Ordem Franciscana.
A existência
de grupos populacionais nas suas imediações durante a pré-história nos
o certifica o achado de sepulcros megalíticos e um povoado fortificado
da Idade do Ferro. Durante a dominação romana se levará a cabo uma
importante empresa construtiva, como é a realização de uma ponte sobre
o rio Tejo.
Esta ponte
comunicava vários municípios do norte do Tejo com a região do sul. No
entanto não parece que seja até a dominação árabe quando se estabeleça
na actual Alcântara um grupo populacional permanente, então denominada
"Cántara-as-Saif" (ponte da espada), que teria como missão principal o
controlar o passo pela ponte.
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Durante a Reconquista, Alcântara foi um
ponto muito cobiçado, devido a sua situação estratégica e pela presença
da ponte, com o qual se controlava a passagem de exércitos e ganhos.
Após uma etapa de instabilidade, na
qual passou sucessivamente a mãos cristãs e muçulmanas, será
definitivamente conquistada por Alfonso IX de Leão em 1213 e, após
pertencer à Ordem Militar de Calatrava, será cedida em 1218 à Ordem
Militar de São Julião de Pereiro, que transladarão a Alcântara sua Casa
matriz e mudarão sua denominação pela de Ordem Militar de Alcântara.
Devido a seu lugar fronteiriço com
Portugal, Alcântara foi palco de numerosos eventos bélicos durante os
séculos XVlI e XVIII, chegando as tropas portuguesas a ocupar a praça em
diversas ocasiões.
Esta breve revisão do passado
histórico da população, permite-nos compreender a existência de uma
série de construções significativas, pelas quais podemos comprovar o
papel histórico que desempenhou Alcântara.
Provavelmente a ponte romana, os
restos da muralha árabe, a presença da Conventual de São Benito, casa
matriz da Ordem de Alcântara, a existência de numerosos palácios
senhoriais e as reformas efectuadas nos tempos modernos da primitiva
muralha, sejam os principais elos do seu passado histórico.
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