Pecado no Paraíso  
Lições do terceiro capítulo de Gênesis

Satanás é um espírito e, para agir com mais eficiência neste mundo, precisa de corpos. Naquele momento, narrado em Gênesis 3.1, não havia homem disponível para ser usado, pois Adão e Eva ainda não tinham pecado. Por isso, o inimigo usou uma serpente que estava no jardim. Ocorreu, então, o primeiro caso conhecido de possessão satânica.

Os répteis foram citados em Gn.1.26 entre as criaturas que seriam dominadas pelo homem. Por quê Deus os citou especificamente e deixou de listar outras tantas classes de seres? Talvez por saber que um réptil seria usado na primeira tentação.

Para iniciar uma conversa com Eva, a víbora lhe perguntou: “Foi assim que Deus disse: não comerás de toda árvore do jardim?” Nota-se que o inimigo usa a palavra de Deus, porém de forma distorcida (Mt.4.6). Assim também muitas religiões usam a bíblia, mas só isso não é suficiente para garantir que elas sejam boas e verdadeiras. Muitos enganadores e exploradores usam a bíblia para dar força aos seus argumentos. O uso legítimo das Escrituras é aquele voltado para a salvação através de Jesus Cristo, e não um discurso humanista focalizado no materialismo.

O réptil asqueroso perguntou: “Foi assim que Deus disse?” É de fundamental importância que saibamos o que o Senhor falou, para que possamos dar a resposta certa quando for preciso. Se não soubermos, já entramos em desvantagem na batalha contra o mal. Portanto, é necessário lermos e estudarmos a bíblia.

Satanás continuou: “Não comerás de todas as árvores do jardim?” Assim, ele aumentou demais a abrangência do que Deus tinha falado. Algumas pessoas têm essa idéia a respeito do cristianismo, pensando que tudo o que é bom é proibido para o cristão. Esse pensamento é de origem maligna pois não condiz com a realidade. Deus não proíbe tudo, mas apenas aquilo que seria prejudicial. Quando Deus disse: “Não comerás”, ele não pretendia que Adão passasse fome, mas apenas que controlasse o seu apetite. O homem tinha muito alimento à sua disposição, mas não podia comer tudo o que achasse pela frente. Ele precisava conhecer e respeitar os limites determinados por Deus. Nós também precisamos.

COMUNHÃO COM AS TREVAS

O Diabo não podia tocar em Eva (mesmo porque serpente não tem mão), mas ele podia falar com ela. Assim também, ele não pode tocar nos filhos de Deus (IJo.5.18), mas manda suas setas através de mensagens, tentando nos derrubar. Você não vai sentir Satanás puxando sua perna no meio da madrugada, mas poderá ouvir a voz dele em qualquer horário e lugar.

O inimigo se aproxima com aparência de amigo (IICor.11.13-15). Parece que ele procura o benefício do homem. Ele não diz: “faça isso para mim”, mas sim “faça isso para você: coma deste fruto; tire proveito desta situação”. No fim, o lucro é todo dele.

Eva dialogou com a serpente. Aquela que estava acostumada ao relacionamento com Deus, aceitou um momento de comunhão com o Diabo. Uma conversinha rápida não faria mal. Será? “Não vos enganeis. As más conversações corrompem os bons costumes” (ICo.15.33). A mulher devia expulsar o inimigo, exercendo a autoridade que recebera, mas não o fez.

Nós, que somos servos de Deus, não vamos viver isolados do mundo. Entretanto, nem toda conversa merece nossa participação. O Diabo tem por aí seus agentes tentando levar os bons para o caminho da perdição. Conversas, amizades, relacionamentos ou sociedade com pessoas malignas podem trazer danos morais e espirituais ao cristão (Sal.1.1; Pv.1.10-19). Se o propósito do diálogo é nos fazer errar, devemos cortá-lo imediatamente.

Alguns líderes têm o hábito de entrevistar demônios quando os mesmos se manifestam nas pessoas. Isso não é proibido, mas pode ser arriscado. Não é bom dialogar com os espíritos maus, pois eles são astutos e mentirosos. Não podemos confiar no que dizem nem depender de suas informações para fazermos nossas orações, doutrinas ou aconselhamentos.

Deus havia dito a Adão e Eva que, se comessem do fruto proibido, certamente morreriam. Satanás disse o contrário: “certamente não morrereis”. Depois da ordem divina vem o teste, a prova, a tentação. Depois que Deus falou conosco, o inimigo vem dizer exatamente o oposto, procurando nos tirar da nossa posição de fé e obediência. Ouvimos uma mensagem no domingo e passamos o resto da semana ouvindo o contrário. Precisamos ter cuidado, sendo apegados à palavra de Deus.

Aparentemente, Adão e Eva não morreram. Então, a serpente estava certa? De modo nenhum. Eles foram condenados à morte física e, um dia, faleceram. Outra questão importante é a morte espiritual que ocorreu no momento em que o primeiro pecado foi cometido. Vejamos o que Paulo disse sobre esse tipo de morte: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” (Ef.2.1). Esse lado espiritual do episódio não pode passar despercebido. É o que acontece no dia-a-dia: muitas decisões são tomadas com base nos aspectos visíveis, exteriores e temporais, enquanto que o que é invisível, interior e eterno fica esquecido.

INTERVALO COMERCIAL

A serpente, junto à árvore do conhecimento do bem e do mal, comportou-se como um vendedor desonesto que faz propaganda enganosa do seu produto, escondendo as desvantagens e anunciando as vantagens, quer sejam verdadeiras ou falsas. Esse tipo de comerciante também procura esconder o preço, geralmente alto. Se for muito baixo, é possível que a mercadoria seja ruim. É comum colocar-se em destaque uma prestação irrisória, enquanto que o número de parcelas, a taxa de juros e o valor total, geralmente absurdo, estão em letras miúdas.

As propagandas atuais são verdadeiras obras de arte, cada vez mais bonitas e sofisticadas, com a intenção de atrair, convencer e, às vezes, enganar. Por exemplo, quando vemos fotos de sanduíches sobre os balcões das lojas, eles parecem enormes, com cores nítidas, brilhantes. Quando compramos, costumam ser bem menores, pálidos e sem sabor. Felizmente, nem sempre é assim.

De acordo com a cobra possuída, o fruto traria os seguintes benefícios: abrir os olhos; tornar o homem igual a Deus, fazendo-o conhecedor do bem e do mal. Isso seria verdade? E, se fosse, seria benéfico? Eva achou que sim.

O que os ameaça não é apenas a mentira, mas a verdade usada para o mal.

É verdade que os olhos de Adão e Eva seriam abertos, mas isso não seria bom. O mundo atrai, principalmente os mais jovens, com promessas verdadeiras de prazer, mas isso não significa que, depois, tudo ficará bem.

O ser humano já era semelhante a Deus e jamais se tornaria igual a ele. O pecado que Satanás cometeu no céu, quando quis ser igual a Deus, era o mesmo que estava sendo proposto para Eva naquele momento.

As desvantagens foram camufladas: “Certamente não morrereis”. Parecia que o “produto” seria gratuito. Entretanto, até hoje a humanidade não acabou de pagar a conta.

CINCO SENTIDOS

A tentação e o pecado envolvem o uso dos sentidos físicos do homem: audição, visão, tato, olfato e paladar. Eva ouviu a voz do Diabo, viu o fruto (agradável aos olhos), tomou-o em suas mãos e o comeu. Só não sabemos se ele tinha cheiro, mas é provável que sim. As investidas malignas sempre procuram nos atingir através dos sentidos. Contudo, existem também os sentidos do espírito, que precisam ser desenvolvidos para que sobrepujem as faculdades físicas.

A visão é muito decisiva nas escolhas humanas. A publicidade explora bastante essa questão. A aparência e a embalagem ajudam bastante na venda de um produto. O homem é muito atraído pelo que vê, quando se trata de algo belo e interessante. Por isso, Deus proibiu a fabricação de imagens de ídolos (Ex.20.4-5), pois uma maravilhosa obra de arte pode iludir os incautos, que passam a crer que aquele objeto inanimado possa corresponder a uma pessoa no mundo espiritual. Às vezes corresponde mesmo: a um demônio (ICo.10.20). A idolatria é uma praga. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (IJo.5.21). As grandes catedrais e a pompa das celebrações religiosas não devem ser o que nos leva à crença e à devoção.

A audição também é muito importante, pois, através dela as emoções são estimuladas. A sedução e a persuasão ocorrem principalmente por este meio. É bom destacar aqui o poder da música, levando mensagens e influenciando comportamentos. Quando ritmo e melodia são agradáveis, o questionamento sobre o teor da mensagem é deixado em segundo plano. Deus usa a música, mas o Diabo também o faz todos os dias.

A tentação se dirige aos nossos sentidos. Pode ser através de um perfume ou de um jantar saboroso que o pecado se aproxima.

“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (IICo.11.3).

O PECADO COMETIDO

Ouvir mensagens malignas pode levar à mudança de conceitos. Eva concluiu que a árvore era boa (Gn.3). Que absurdo! Cuidado com a mentalidade mundana e pecaminosa que nos pressiona todos os dias. Hoje, é ensinado que adultério, prostituição e homossexualismo são coisas normais. Pode até não ser dito com estas palavras, mas esta é a mensagem que se passa através dos meios de comunicação, nos filmes, novelas, etc.. Nossos conceitos precisam ser construídos sobre o que Deus falou.

A mulher podia ter dito: “Vou conversar com Deus e com o meu marido sobre o assunto”. Pelo contrário, ela decidiu na hora, por si mesma. “Fechou um mau negócio” precipitadamente. Antes de tomarmos decisões importantes e arriscadas precisamos orar e buscar conselho.

Depois que a mente de Eva já tinha sido convencida, o ato físico foi mera conseqüência. O pecado foi então consumado. O primeiro casal cometeu a primeira loucura humana.

O pecado, com acontece quase sempre, foi simples, fácil e rápido. Aí está o problema: não é difícil pecar. Entretanto, o trágico desdobramento que se seguiu foi bastante complexo. É muito fácil furar um cano que está dentro da parede. Depois, fica difícil ou impossível controlar a água que jorra. A transgressão desencadeou uma série de fatos incontroláveis.

OLHOS ABERTOS

Adão e Eva tiveram seus olhos abertos e o que viram? Maravilhas que antes não conheciam? Viram que estavam nus e se envergonharam. Eles não eram cegos antes do pecado. Eles enxergavam. Contudo, agora, viam as coisas de uma forma diferente. Acabou a inocência e a pureza do olhar.

Tendo comido do fruto do conhecimento, agora conheciam um pouco mais e isso lhes trouxe sofrimento. Os animais não sabem que vão morrer um dia. Nós sabemos, e isso nos faz sofrer.

Quando seus olhos foram abertos, o homem olhou para si mesmo e sua auto-imagem foi destruída. O pecado faz isso. A pessoa tem vergonha de ser o que é.

Adão olhou também para Eva. O pecado muda nossa forma de ver o próximo. A impressão que tiveram um do outro foi tão negativa que se apressaram em fazer roupas para se cobrirem. A nudez se tornou vergonhosa. Antes não conheciam sentimentos negativos, nem mesmo o mais leve constrangimento.

Quando seus olhos foram abertos, eles passaram a ter também uma nova idéia sobre Deus e se esconderam dele. O pecado nos faz pensar no castigo e destrói nossa relação com o Senhor.

MODA JARDIM

Ao se verem nus, Adão e Eva confeccionaram roupas de folhas de figueira, algo totalmente inadequado (e deve ter ficado horrível). Como as folhas foram insuficientes, resolveram se esconder atrás das árvores. Vemos, nessas iniciativas, o esforço humano para cobrir o pecado e suas conseqüências.

As obras das mãos humanas não podem resolver o problema do pecado. Muitas “roupas” têm sido feitas como um disfarce para a maldade humana. Religiões, obras de caridade, educação, filosofias, muito tem sido feito na tentativa de melhorar o homem. Muitas são as ações no sentido de se tentar uma compensação pelo pecado, mas isso não é possível.

OS EFEITOS DEVASTADORES DO PECADO

O pecado traz conseqüências imediatas e futuras, afetando o presente e o futuro, a curto, médio e longo prazo. É como as bombas atômicas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki. Milhares de pessoas morreram queimadas no mesmo instante, mas até hoje a radioatividade causa aleijões em algumas crianças que nascem ali.

Quando Eva pecou, a primeira conseqüência foi o segundo pecado: de Adão. Um pecado leva a outro e a outro e a outros tantos. Imediatamente, o ser humano começou a experimentar a vergonha, a culpa e o medo do próprio Deus. O texto não diz, mas eles devem ter sentido também decepção, tristeza, angústia, remorso, e outras coisas ruins. Começava ali a história do sofrimento humano.

O primeiro pecado continua provocando males até hoje. Cuidado. A transgressão de uma pessoa pode prejudicar seus descendentes através de suas conseqüências.

Como um veneno ingerido, que vai corroendo de dentro pra fora até matar sua vítima, o pecado foi destruindo o homem. Todos os descendentes de Adão nascem profundamente contaminados pelo pecado (Rm.3.10-18) e carentes da obra regeneradora de Jesus Cristo.

A iniqüidade traz conseqüências que alcançam um futuro muito mais distante do que aquele que se possa imaginar, pois afeta a eternidade do homem, podendo conduzi-lo ao inferno. Portanto, o sabor do fruto proibido não compensa os danos que o acompanham. O prazer de um rápido momento de ilicitude trará sofrimento intenso e duradouro.

Não podemos focalizar apenas o instante presente. É necessário olhar para frente e pensar nos efeitos das nossas decisões atuais.

O ENCONTRO COM DEUS

“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia” (Gn.3.8). Adão e Eva podiam nunca mais ouvir a voz de Deus, mas não foi isso que aconteceu. O criador continuou amando o homem, mesmo após o pecado. Ouvir a voz de Deus significa nova oportunidade.

Deus veio ter comunhão com o homem ao cair da tarde. Parece que isso acontecia sempre, mas, naquele dia, Adão e Eva faltaram ao encontro com Deus. Quando o indivíduo se afasta da comunhão, some da igreja, muitas vezes isso indica a prática de algum pecado. A pessoa se sente como se estivesse nua e, por isso, se esconde.

Embora tivessem seus olhos abertos e conhecimento do bem e do mal, Adão e Eva não conheciam bem ao Senhor. Eles achavam que era possível se esconder dele. Ficaram então quietinhos atrás das árvores.

De repente, ouve-se um brado: “Adão, onde estás?” Deus veio ao encontro do homem. Que maravilha! Caso contrário, o ser humano jamais encontraria Deus. A iniciativa sempre é dele, pois não somos capazes de alcançá-lo através dos nossos recursos.

Deus procura o homem: “Adão, onde estás?” O Senhor continua procurando por todos aqueles que estão longe dos seus caminhos e propósitos. Deus continua chamando o homem através de sua palavra, da bíblia, e da pregação do evangelho.

Deus perguntou onde Adão estava, mas isto não significa que ele não soubesse. É evidente que sabia. Entretanto, o Senhor questiona para que o homem possa refletir sobre sua localização e condição. Ele quer que o homem responda, se mostre, se manifeste e confesse o seu pecado.

Onde você está? Avalie sua vida, condição espiritual e posição diante do plano de Deus. Atrás de qual árvore você está se escondendo? Responda ao chamado de Deus.

Adão atende ao chamado e Deus lhe pergunta: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” Ao que o homem responde: “A mulher que tu me deste me deu da árvore e eu comi”. Adão acusou Eva, acusou o próprio Deus, mas parece que ele não estava consciente a respeito da ação da serpente. Da mesma forma, muitas vezes acusamos as pessoas que estão à nossa volta, com razão ou não, mas não podemos nos esquecer do lado espiritual da questão. Satanás pode estar agindo e nós não percebemos. Lutamos contra a carne e o sangue e nos esquecemos de lutar contra os poderes das trevas (Ef.6.12).

JUÍZO INICIAL

Após a narrativa do pecado, o texto apresenta elementos próprios de um julgamento. Temos ali o juiz, os réus, a acusação em forma de pergunta, os argumentos de defesa (que são rejeitados), e a sentença. Adão e Eva tentaram se justificar diante de Deus. A serpente, porém, antes tão tagarela, ficou muda.

Adão tentou transferir sua culpa para a mulher e esta para a serpente. Não façamos o mesmo hoje. Se pecamos, precisamos reconhecer nosso erro, confessar e pedir perdão. Adão e Eva não pediram perdão. Apenas sofreram as conseqüências.

Nos capítulos 1 e 2 de Gênesis, vemos Deus abençoando (1.22,28; 2.3). Nos capítulos 3 e 4, Deus amaldiçoa por causa do pecado (3.14-19; 4.11-12). Quem ler apenas os primeiros 2 capítulos poderá ter uma idéia errada sobre Deus, pensando que ele é apenas amor e bondade. O pecado traz à tona a face da justiça divina, com juízo e punição.

Entretanto, a misericórdia de Deus continua prevalecendo. Ele podia ter exterminado o ser humano naquele momento, mas não o fez. O Senhor poupa a vida do homem, embora a sentença de morte estivesse determinada e Adão fosse voltar ao pó um dia. Deus ainda fez roupas para o homem e lhe prometeu um descendente, Jesus Cristo, que haveria de esmagar a cabeça da serpente.

ROUPA NOVA

Deus fez roupas de pele para Adão e Eva (O Greenpeace não ia gostar). Eis um gesto de misericórdia, amor e carinho do Senhor para com as suas criaturas. Agora sim, eles tinham vestimentas de qualidade, resistentes, duráveis e capazes de protegê-los do frio e de outros elementos. Para que as vestes fossem feitas, um animal precisou morrer. Aquele foi o primeiro sacrifício e nos faz pensar na obra de Cristo na cruz. Ele morreu para cobrir os nossos pecados. Sua morte é nossa garantia de vida.

Ao pecar, o homem perdeu a glória divina que o envolvia (Rm.3.23). Por isso, se viu nu. Quando recebemos o Senhor Jesus, somos revestidos espiritualmente com a sua justiça e podemos nos apresentar diante de Deus sem motivo de vergonha ou medo.

EXPULSOS DO ÉDEN

Embora tenha sido misericordioso com Adão e Eva, Deus os expulsou do jardim do Éden. Não se deve pensar que o pecado ficará impune. Não se deve imaginar que aquilo que Deus nos deu ficará eternamente à nossa disposição, haja o que houver e façamos o que fizermos. Não é assim. Por exemplo, o emprego que Deus deu pode ser perdido se o indivíduo não trabalhar direito. Se o Senhor nos deu algo, devemos valorizar e guardar (Ap.3.11).

Nos capítulos 1 e 2 de Gênesis, o homem ganhou muitas coisas. No capítulo 3 ele perdeu grande parte. O pecado traz muitas perdas e prejuízos. Afinal, a mercadoria do Diabo não sai de graça.

Adão sabia que a desobediência traria a morte, mas não imaginava que, antes dela, muitos outros males aconteceriam. Ele não sabia que seria expulso do jardim. O pecado traz conseqüências imprevisíveis. Portanto, vale a pena evitá-lo.

Deus não abandonou o homem, mas fez um plano de salvação para ele. A promessa de um descendente para vencer a serpente se cumpriu na pessoa de Jesus Cristo. É por meio dele que temos a possibilidade de voltar ao paraíso. A serpente não voltará e está fazendo de tudo para nos impedir de chegar lá.

“Ao que vencer, dar-lhe-ei de comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.” (Ap.2.7).

Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia
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