T R A V E S S I A .

P�r do sol, lusco - fusco, cinzento, caminhonete gemia, entrou no lugarejo, Paulo Affonso s� amanh� ...lama nas ruas, salpico nas casas, no tronco das �rvores, na grama queimada, ele trazia consigo a poeira da estrada, dentro do ve�culo, nos poros, no cabelo, no bigode, parou na pra�a, pediu dire��o de uma pens�o...� dona Luiza, l� do outro lado...estacionou, entrou, dor da �lcera , cheiro de lenha queimada , odores f�tidos, corredor estreito, mulher de idade indefinida, rosto vincado, sofrimento, doen�a, mis�ria?... � senhor?...� cama e mesa!... levado ao dormit�rio, sal�o dividido por tabiques, cama turca, varal, cadeira, janela, jogou a bolsa no ch�o...� jantar?...� tem, sim sinh� !...macaxeira, carne de sol, �leo de dend�, coca cola, multinacional em todas, chupou laranja...� caf�?...� sim!...acendeu seu �ltimo cigarro...no quarto, cama preta, centenas de besouros....saiu, pra�a de novo, atravessou, boteco...� conhaque!...� uma garrafa? e cigarros!...atravessou a pra�a pela segunda vez, banco, igreja � frente, sentou, colocou a garrafa ao seu lado, acendeu um cigarro, olhou ...

...levanta, sobe escadaria, tenta entrar, porta trancada, volta ao banco, a garrafa sentinela...o caminho para o inferno � pior que o pr�prio inferno...um longo gole pelo gargalo, mais cigarro, mais conhaque...terr�vel noite a caminho...estatueta num pedestal...� a Virgem?... olha fixo , ajuda, ajuda...um sorriso?

... gole sem fim...

Hosted by www.Geocities.ws

1