Faze o que queres há de ser toda a Lei


O Teatro

Por em movimento o “retorno de si mesmo ao anel dos anéis”. Nada se perde no inextinguível archote Desejo. O sêmem que se vai retorna em prazer, e o corpo, este Único, se faz Duplo.

Este palpitar é necessário, força motriz imperativa da imaginação. A força sensação trabalhando num ponto anterior à configuração. Um abalo no impacto dos sons e uma imagem anteposta ao compreender.

Aficcionar-se e desagregar-se pela inoculação ao sentido/sensação/re-açao. E se da o retorno. Toma-se a origem das paulas e a provocação da carne como análise ultra-imediata de estímulos e sua reação, respectivamente.

Explodir-se em si e para si, Explodir-se em outro, para si. Tornar-se voz de autoridade ao outro. Terrorismo provocativo onde o que o outro sente é por minha vontade, mesmo em suas variações, devido à multiplicidade de imagens e suas correlações, não por desejo próprio, mas por ter-se permitido sentir. Minha visão se impõe ao deleite/desespero do outro.

Não haverão mais pontos despercebidos ao imaginário. Tudo será visto/sentido e re- sentido e, ainda, re-tornado, imediatamente auto-associando-se ao seu fragmento somático/emocionante.

A ação da imagem. Sua palpitação. Sua adaptação à mobilidade e à acustica que lhe passarão a ser próprias. E tudo é próprio da imagem. Re-tornar à imagem e a si. Um descobrindo e, com este, outro. Cabe ao olfato/paladar da imagem sua associação.

Dionisiacamente re-tornar aos alimentos de emoções, continuamente aprendendo onde por pausas, impedindo assim que se o outro desfaleça antes da superação. Mais uma vez retornar, como nos eternos retornos sadeanos, à nova imagem/palpitação/desejo, sendo tudo isto o ato do visionário e sendo também atitude suprema.

Frater Shaddai
08/04/92

Amor é a lei, amor sob vontade.



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