Faze o que queres há de ser toda a Lei


O que é Magick?

A definição de Magick vinda do próprio Crowley, é tão completa que realmente não encontro palavras para extendê-la. Por isso decidimos reproduzir o seguinte texto de seu livro "Magick Without Tears" (Magick sem Lágrimas):

O que é Magick? Por que alguém deveria estudá-la e praticá-la? Muito natural; as óbvias perguntas preliminares sobre qualquer assunto. Devemos clarificar bem a matéria e não temas pois exporei o assunto tão suscintamente possível, mas por completo, com toda lucidez e o mais convincente possível, dentro das minhas possibilidades em fazê-lo. Ao menos não necessito perder tempo em dizer-lhe o que Magick não é; ou contar a estória de como a palavra passou a ser mal empregada em brincadeiras ou em fraudar milagres tais como o que hoje em dia são feitos por charlatões trapasseiros, dentro ou fora da Comunhão Romana, para uma boquiaberta platéia de devotos imbecís.

I. Definição.

Magick é a Ciência e Arte de provocar Mudanças de acordo com a Vontade. (Ilustração: é meu desejo informar ao mundo certos fatos do meu conhecimento. Eu, portanto, tomo as "armas mágicas"", caneta, tinta e papel; escrevo "encantamentos" estas frases-em linguagem mágica, isto é, a qual é entendida por pessoas que desejo instruir. Invoco "espírítos" tais como tipógrafos, editores, livreiros, e assim por diante, e os instruo a passar minha mensagem àquelas pessoas. A composição e distribuição é um ato de Magick pelo qual provoco Mudanças de acordo com minha Vontade.)

II. Postulados.

Qualquer mudança que se queira, pode ser conseguida com a aplição da Força do tipo e grau próprios, de maneira apropiada, através de meio adequado ao objeto desejado. (Ilustracão: Desejo preparar uma "onça" de Clorido de Ouro . Preciso pegar o tipo certo de ácido, nitro-hidroclorídrico e nenhum outro, na quantidade suficiente e com energia adequada, e colocá-lo em um recipiente que não se quebrará, quebrará ou que possa haver corrosão, de tal maneira que não produza resultados indesejáveis, com a quantidade suficiente de ouro, e assim por diante. Toda mudança tem suas próprias condições. No presente estado de nosso conhecimento e poder, algumas mudanças não são possíveis na prática; não podemos causar eclipses, por exemplo, ou transformar chumbo em lata, ou gerar homens a partir de cogumelos. Mas é teoricamente possível provocar em qualquer objeto, qualquer mudança da qual este objeto é capaz por natureza; e as condições são descritas no postulado acima).

III. Teoremas:

(1) Todo ato intencional é uma ato de Magick.

(2) Todo ato bem sucedido enquadra-se ao postulado.

(3) Todo fracasso prova que um ou mais requisitos do postulado não foram atendidos.

(4) O primeiro requisito para provocar qualquer mudança é através do entendimento qualitativo e quantitativo das condições.

(5) O segundo requisito para se provocar qualquer mudança é a habilidade prática para se colocar em movimento as forças necessárias.

(6) Todo homem e toda mulher é uma estrela. Quer dizer, todo ser humano é intrinsecamente um indivíduo independente com seu papel e direção próprios.

(7) Todo homem e toda mulher tem um curso, dependendo parcialmente do indivíduo e parcialmente do ambiente, que é natural e necesssário para cada um. Qualquer um que seja forçado a sair de seu próprio caminho, por não entender a si mesmo ou por oposição externa, entra em conflito com a ordem do Universo, e sofre de acordo.

(8) Um homem cujo o desejo consciente disputa com sua Verdadeira Vontade está disperdiçando sua forças. Ele não pode esperar influenciar seu ambiente com eficiência.

(9) Um homem que faz sua Verdadeira Vontade tem a inércia do Universo para ajudá-lo.

(10) A Natureza é um fenômeno contínuo, embora não saibamos, em todos os casos, como os fatos são conectados.

(11) A ciência nos torna aptos a tirar proveito da continuidade da Natureza pela empírica aplicação de certos princípios cuja intera-ação envolve diferentes tipos de pensamentos, conectados uns aos outros de modo além de nossa atual compreensão.

(12) O homem ignora a natureza de seu próprio ser e seus poderes. Até mesmo sua idéia e limitações estam baseados em suas experiências do passado, e cada passo no seu progresso aumenta seu império. E não há, portanto, razão para se designar limites teóricos ao que se possa ser, ou meso o que ele possa fazer.

(13) Todo homem sabe, mais ou menos, que sua individualidade compreende diversos tipos de existência, até mesmo ele sustenta que seus pricípios mais sutís são simplesmente mudanças sintomáticas em seu corpo físico. Preceito similar pode ser extendido a toda Natureza.

(14) O Homem é capaz de ser e usar qualquer coisa que percebe; porque tudo que ele percebe é, de certo modo, uma parte de seu ser. Ele pode, desta forma, subjulgar todo o Universo do qual ele é ciente a sua Vontade Individual.

(15) Toda força no Universo é capaz de ser transformada em qualquer tipo de força pelo uso dos meios adequados. Há, deste forma uma inesgotável fonte de qualquer tipo de força que precisemos.

(16) A aplicação de qualquer força afeta todo tipo de existência que esteja no objeto ao qual ela é aplicada, e qualquer um dos dois tipos é diretamente afetado.

(17) Um homem pode aprender a usar qualquer força, para servir a quais quer propósitos, tirando proveito dos teoremas acima.

(18) Ele poderá atrair para si mesmo, qualquer força do Universo, tornando-se um receptáculo adequado para isto, estabelecendo a conecção adequada às condições para que a natureza desta força faça fluir através dele.

(19) O senso que o homem tem de si mesmo como sendo um ser à parte e oposto a alguma coisa, o isola. O Universo é uma barra condutora de energia.

(20) O homem pode somente atrair e empregar as forças para as quais ele é realmente apto.

(21) Não há limite para a extensão das relações de cada homem com o Universo em essência; porque tão logo o homem se faça uno com qualquer pensamento, os meios de meditação param de existir. Mas seu poder em utilizar esta força é limitado por seu poder mental e capacidade, e pelas circunstâncias de seu ambiente.

(22) Cada indivíduo é essêncialmente suficiente a si mesmo. Mas, ele é insastifatório a si mesmo até que estabeleça um correta relação com o Universo.

(23) Magick é a Ciência de entender a si mesmo e suas condições. E a arte de aplicar este entendimento à ação.

(24) Todo homem tem o direito de ser o que é.

(25) Todo homem que pratica Magick, cada vez que age ou pensa, visto que o pensamento é um ato interno cuja influência afeta, embora isto talvez não ocorra no momento.

(26) Todo home tem o direito, o direito da auto-preservação, para satisfazer-se ao extremo.

(27) Todo homem deveria fazer Magick a chave de sua vida. Deveria aprender suas leis e viver por elas.

(28) Todo homem tem o direito de satisfazer seus desejos sem temer que isto possa interferir com o desejo dos outros; porque se ele estiver em seu caminho, a falha será dos outros caso interfiram com ele. Mas, há um sendo restrito e convencional, no qual a palavra pode ser usada sem deixar muito de lado a posição filosófica acima: "Magick é o estudo e uso daquelas formas de energias que são: a) mais sutis que os tipos físicos e mecânicos comuns; b) acessíveis somente aqueles que são (de um modo ou de outro) �Iniciados�. Temo que isto possa parecer obscurum per obscuris; mas este é um dos casos � estamos aptos a encontrar vários no decorrer de nossas pesquisas � o qual entendemos, bem o bastante para todos os propósitos práticos, e o que desejamos, mas que nos fogem com mais e mais frequencia, por mais que lutemos para definir sua importância. Poderíamos fazer até coisa pior se tentássemos clarear as coisas fazendo listas de fatos históricos, tradições ou experiências e classificando isto como sendo, e aquilo como não sendo, verdadeiramente Magick. Os casos limiares poderíamos nos confundir e nos deixar perdidos.

Amor é a lei, amor sob vontade.



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