Luis Filipe Esteves

 

Pergunta-me: Amas-me?

 

Quero que saibas que eu sei do que necessitas, até mesmo quando não te posso dar.
Minhas próprias limitações impedem o meu desempenho, mas sei que a minha maior contribuição para a tua vida será ajudar-te a amar a ti própria, a pensares melhor e mais gentilmente em ti.
A aceitar as tuas próprias limitações mais pacificamente na perspectiva de uma pessoa inteira.
Dar-te tudo que necessitas requereria uma inteireza em mim que não possuo.
Nem sempre posso estar ao teu lado quando necessitas de mim.
Mas posso prometer-te isto, tentarei o máximo que possa.
Tentarei sempre mostrar-te o teu real valor, único e sem preço.
Tentarei ser um espelho da tua beleza e bondade.
Tentarei ler o teu coração e nunca os teus lábios.
Tentarei sempre entender-te em lugar de julgar-te.
Nunca exigirei que tu satisfaças as minhas expectativas, como preço de admissão ao meu coração.
Assim, não me perguntes por que eu te amo.
Tal pergunta convidaria somente a dar uma resposta de amor condicional.
Não te amo porque tu me olhas de um certo modo, ou fazes certos actos, ou praticas certos valores.
Pergunta-me somente isto... Amas-me?
E eu, poderei-te sempre responder: Sim! Oh Sim.... Como eu te Amo!

©2002 Luis Filipe Esteves

~ Não fora o Mar ~

Não fora o mar,
E eu seria feliz na minha rua,
Neste primeiro andar da minha casa,
A ver, de dia, o Sol, de noite, a Lua,
Calado, quieto, sem um golpe de asa.

Não fora o mar,
E seriam contados os meus passos,
Tantos para viver, para morrer,
Tantos os movimentos dos meus braços,
Pequena angústia, pequeno prazer.

Não fora o mar,
E os meus sonhos seriam sem violência
Como irisadas bolas de sabão,
efêmero cristal, branca aparência,
e o resto, pingos de água em minha mão.

Não fora o mar,
e este cruel desejo de aventura
seria vaga música ao sol-pôr,
nem sequer brasa viva, queimadura,
pouco mais que o perfume duma flor.

Não fora o mar,
e o longo apelo, o canto da sereia,
seria apenas ilusão, miragem,
breve canção, passo breve na areia,
desejo balbuciante de viagem.

Não fora o mar,
e resignado, em vez de olhar os astros,
tudo o que é alto, inacessível, fundo,
cimos, castelos, torres, nuvens, mastros,
iria de olhos baixos pelo mundo.

Não fora o mar,
e o meu canto seria flor e mel,
asa de borboleta, rouxinol,
e não rude halali, garra cruel
de águia real que desafia o Sol.

Não fora o mar,
e este potro selvagem, sem arção
crinas ao vento, sem arreio,
meu altivo, e indomável coração,
não fora o mar e comeria à mão,
não fora o mar e aceitaria o freio!
© Luis Filipe Esteves

 


Luis Filipe Esteves   

 

 

 
 
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