SEMENTES DE BELEZA
Na imensidão do espaço sideral
a terra, a nossa terra tão querida,
é apenas isto: um ponto. Ao léu?! Perdida?!
E quanto a mim? Que sou? Sou animal
mas racional. Percebo ter na vida
também a dimensão espiritual
que me concede ser transcendental
E quanto à terra? Um ponto?!! Está esquecida?!
No espaço sideral, na imensidão,
a terra é qual semente, um ponto humilde.
Porém tem importância, esta reside
em ter a nós, humanos, na função
de ir espalhar por toda a natureza
sementes fecundantes de beleza
A
sementinha
Em
vez de cultivar tristeza ou dor,
centrado
em mim, prefiro celebrar
o
vento a luz do sol a luz do luar
o
belo que há na música e na cor;
em
vez de alimentar desesperança
pretendo
semear útil semente,
que
se transforme em planta e que alimente
a
alegria: de velhos... de crianças...
Se
minha sementinha não brotar
ou,
se brotar, a planta não vingar
ou,
se vingar, não der nenhum botão,
e,
sem botão, nem fruto, eu semearei.
Se
alguém disser que eu nada fiz, direi:
Diógenes
Pereira de Araújo
