AOS QUE AMAM O JOVEM  J. P. D.

 

 

 

Despedimo-nos, não importa a dimensão vivida, num até breve, sempre.

 

 

A nossa felicidade será completa quando nosso coração estiver habitado por toda a humanidade, sem exclusão de nenhum filho de Deus. Quando nosso coração der abrigo a todos.

 

Nossas conquistas, nossas derrotas, são conseqüências de muitos fatores. Podemos achar que todo o mérito é nosso, que toda a culpa é dos outros. Escondemo-nos. Os obstáculos são nossa desculpa, nossa bandeira, nosso discurso. Temos medo. Ainda não aprendemos o que fazer com a liberdade de andar pelos campos de Deus.

 

 

Magoamos com freqüência a quem nos ama; não sabemos levar um pouco de felicidade, nem hastear a bandeira branca, pois nossa alma pesa com o gosto do sofrimento orgulhoso, armada até os dentes...

 

 

Nosso olhar fica carregado de indiferença, com o peso da aritmética, na busca dos culpados. Temos que enxergar também pelo prisma do coração materno, quando avó é dose dupla, que nem sempre acerta, mas que ama e protege. Se não deu as orientações mais firmes e acertadas foi porque teve sérias dificuldades entre a razão e a emoção. Também sofreu.

 

 

Entre irmãos, nossas vidas enfrentam, por vezes, as mesmas lágrimas, as mesmas angústias e decepções. Isto não nos faz melhores. Temos um lado rebelde que agride, que sangra e faz sangrar.

 

 

Quando jogamos fora nossa vida carnal na lata do lixo dos vícios, do desamor, da irresponsabilidade, rejeitamos a oração que Deus nos endereçou.

 

 

Na natureza terrestre, com o tempo, tudo se recicla, assim também o é com a natureza humana. Não há dor que seja para sempre, porque ao contrário do "homo sapiens", Deus nos ama; não os nossos contornos, aparências; ama a nossa essência, nosso íntimo. Da maneira que somos. E nos coloca na maior e melhor escola que se possa freqüentar: o universo.

 

 

Aprendemos nestas andanças pelos mundos. Sim, em nossa evolução percorremos muitos mundos; percorremos, inclusive, as estradas do nosso espírito, onde a compreensão humana se expande aos poucos.

 

 

O bem-querer é uma prece. O agradecimento também é prece. É como aquele que sai à janela para orar: vê um céu convidativo à contemplação; árvores no balanço da brisa; aves cortando os ares; as mãos ao alto justapostas com a alma; percebe-se, assim, que o planeta e a vida que nele pulsa é a prece de Deus por nós.

 

 

Quando algum irmão próximo vai habitar outros "campos" do universo, e o coração humano, inconsolável, não aceita a morte carnal, achando que é "para nunca mais", pedimos, então, licença ao rabino Henry Sobel, para fazer esta verdadeira prece, levar assim um pouco de conforto e esperança:

 

 

"Imagine que você está à beira-mar e que você vê um navio partindo.

 

 

Você fica olhando, enquanto ele vai se afastando e afastando, cada vez mais longe, até que finalmente parece apenas um ponto no horizonte, lá onde o mar e o céu se encontram. E você diz: Pronto, ele se foi.

 

 

Foi para onde? Foi a um lugar que sua vista não alcança, só isto. Ele continua tão grande e tão bonito e tão importante como era quando estava perto de você. A dimensão diminuída está em você, não nele. E naquele exato momento em que você está dizendo ele se foi, há outros olhos vendo-o aproximar-se e outras vozes exclamando com júbilo: ele está chegando".

 

 

N.A.:  J.P.D., criado pela avó, sofreu em sua alma a lacuna da ausência de seus pais. Faleceu brutalmente em 25 de fevereiro de 2001. Deixou uma filha de pouco mais de 1 ano de idade.

 

 
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