TUDO E NADA

   

Eu falei com os olhos.  

Eu insinuei com as palavras.  

Eu me apaixonei. Mas você insiste em propalar aos quatro cantos, o frio da sua solidão.  

Eu subo nos telhados.  

Eu me agarro nas caudas dos cometas, viajo.  

Eu me precipitei?  

Mas você acostumou-se em ser solo em seu filme; no diálogo em que quer ter com a vida; e nem desconfia.  

Eu sou seu cachorrinho amigo e tolo abanando a cauda, na esperança de chamar atenção.  

Eu sou o ombro confortante que engole em seco os desabafos das suas desilusões.  

Eu sou somente quem ouve do outro lado da linha as suas indagações e revoltas com a vida.  

Mas você atribui o carma viajante de vidas passadas pelo seu jardim sem flores.  

Eu faço das nuvens coração flechado que sangra gostoso por você.  

Eu me faço nave-resgate sem rota, sem mapa, a buscar os seus sonhos que se perderam.  

Eu a homenageio jogando-lhe pétalas e suave perfume a fim de sentir-se realeza.  

Mas você reclama o caminho torto

Como é mesmo intrigante esta coisa de amor, de paixão, de querer:

Eu querendo ser tudo, não sou nada.  

Você achando que é nada, é tudo.

 

 
Ateliê da Alma
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