ALQUIMIA
 
 
                        O “minuto” que inclui você em minha vida fez-se eternidade.
                        Estou nas alturas.
                        Tento acalmar meu corpo alpinista.
                        Não tem jeito.
                        Lembro-me do caldeirão de alquimista, no sótão.
                        Com a determinação e consciência de quem sabe o que faz, num passe, vou até a Barra do Sahy pegar uma “pitada” daquele sol, que banha as paixões.
                        É de suma importância um pouco daquela areia. Ajuda na consistência e efervescem o desejo.
                        Posto-me sobre a rede – a mesma que não dá descanso aos casais. No balanço do vaivém vou até você, abraçar seu corpo todo e trazer a “sensação” do bom atrito, do seu sorriso e de suas vontades íntimas, para vitalizar tal poção.
                        Percebo que você está na mesma agonia.
                        Misturo tudo, calmamente, pensativo...
                        Desejo você nua.
                        Os elementos estão compostos. A postos.
                        Não se preocupe, a química processada é só de bons sentimentos – a pedra filosofal que procuro é o amor.
                        Estou envenenado de desejos.
                        Só me resta uma saída: tomar dessa poção, feita de você.
                       
                        E assim foi...
 
                        Agora você está aqui comigo.
                        É madrugada. Estou com frio.
                        Desperte!
                        Vire-se, quero beijar sua nudez.
                        Apóie-se em meu peito, para não cair dessa rede que deixa os casais sem descanso.
                        Vamos brincar de amar. Deve-se fazer desse ato, levitação.
                        Num passe de alquimista, em cerimônia de amor, podemos ir à Barra do Sahy, esperar o sol nascer e conversarmos sobre nosso fim e princípio, veneno e antídoto, nas mesmas areias que dão consistência e efervescem os desejos de se apaixonar...
                        Na conquista diária, buscá-la no firmamento oriental para incendiar de luz minha alma, que já foi solitária, é um ato de diminuir distância, é um ato de vida.
                        Procurá-la entre as estrelas é uma forma de rever sua fotografia no meu álbum da saudade.
                        Para tal cerimônia, é sempre louvável que eu me demore num banho de poesias, de barba bem feita, loção de sensualidade e por roupa somente a pele, em brasa.
Encontrar-nos como agora é a possibilidade de  alcançar a felicidade.
                        Saiba, meu coração está cheio de ilusão concreta.
                        Como é bom amar, mantendo assim a chama da vida; mantendo você dentro de mim.
                        É a alquimia do amor, meu amor.

 

 

 
Ateliê da Alma
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