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DIÁRIO DE BORDO DO NOSSO AMOR

 

 

 

Por seus instigantes olhos verde-mar,

Imaginei pudesse eu ser alguém,

A navegar por essa imensidão para me perder e amar.

Mais do que um alguém eu teria que ser um homem:

 

Que reverenciasse a exuberância do seu corpo,

E, sem medo, em seu fogo se queimasse,

Cuidando com atenção de seus sentimentos,

Com a clareza de seu ser, sem nenhum disfarce.

 

Em suas águas afoito quis pular.

Sem saber nadar, levaram-me as correntezas

Até ao fundo, onde seu canto de sereia pôde me salvar.

Livre para amar, você apagou minhas tristezas.

 

Você está aprendendo a ser mar,

E eu a navegar; realidade e miragem.

Homem, mulher e prazer, mesmo ar,

Juntos na mesma viagem...

 

Umas vezes as águas são mansas,

Outras são rebeldes, mesmo por instantes.

Se não tomamos cuidado com nossas manhas,

Nos separamos, ficamos muito distantes.

 

Na noite escura você é a estrela do meu cruzeiro,

E eu um bruto marinheiro sem curso,

Saindo de mim rumo ao estrangeiro,

Em primeira viagem de longo percurso.

 

Às vezes a viagem é cheia de sutileza

Forçando o mar a se evaporar.

Tudo se torna deserto, decepção e rudeza,

Instigando o marinheiro a querer voar.

 

Nem sempre o mar é generoso,

Nem sempre o marinheiro é corajoso.

 

Em condições de igualdade o marinheiro,

Depois de muito navegar, compreende:

Em rio é necessário se transformar,

Para no mar desaguar e se misturar.

 


 

 

 
Ateliê da Alma
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Página atualizada em: 14/11/2003
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